O QUE SIGNIFICA O SOCIAL NAS PRÁTICAS CLÍNICAS FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAIS
Por: Lucas Faria • 8/9/2020 • Resenha • 354 Palavras (2 Páginas) • 209 Visualizações
Resenha: “ Afinal, o que significa o social nas práticas clínicas fenomenológico- existenciais? ”
Lucas Faria Pinheiro
O artigo aborda o que seria o social nas práticas Clínicas fenomenológicas-existenciais, faz crítica a uma psicologia alienante na década de 70 -80 durante o regime militar onde a visão do ser era excluída do seu contexto social/cultural/social como um influenciador, componente dos aspectos de sofrimento do ser.
Aborda críticas aos aspectos da psicologia imediatista enraizada na medicina, na objetificação do ser que se dá em nosso presente contexto do capitalismo. Indo mais além o texto nos faz refletir sobre o que seria um atendimento clínico, ele ocorre somente em settings terapêuticos? Precisa ter uma continuação de atendimento para ser considerado como uma psicoterapia? Basta apenas utilizarmos métodos previamente estruturados e teorias previamente aprendidas para realizar um atendimento?
O atendimento psicológico não possui um ambiente especifico para que possa ajudar o paciente e não precisamos curar o paciente de imediato ou uma continuação de atendimentos para que ocorra uma melhora, ajuda, amenização do sofrimento pertencente ao paciente. Podemos atender ‘’pacientes’’ em lugares como delegacias, prontos-socorros por meio de uma escuta que enxerga a totalidade do ser do outro e o nosso próprio dasein.
Ao meu entender sobre as questões explanadas e reflexões do artigo, nos psicólogos temos que descontruir saberes engessados da própria psicologia, sejam teóricos e ou metodológicos. Estando assim abertos ao ser-no-mundo de nós mesmos, o ser-no-mundo do paciente e nas possibilidades do ser-aí, a partir da onde ele ‘’está’’, para assim possa ocorrer a atitude clínica citada no artigo que proporcionará a possibilidade de ajudar o paciente em seu sofrimento.
Devemos ter o esclarecimento de que não existe ser-no-mundo sozinho e que essa existência só se dá na relação entre nós e o outro, nós e o mundo.
Assim não podemos reduzir o sofrimento psicológico do ser humano a apenas algo que somente parte dele e excluímos os aspectos sociais que o constituem, mas sim que se desenvolve em sua relação social, cultural, histórica, política, ética com o mundo e como o indivíduo vivencia tais experiencias e os significados atribuídos as mesmas.
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