O Silencio de Lara
Por: Sandra Alves • 2/12/2018 • Resenha • 2.375 Palavras (10 Páginas) • 2.138 Visualizações
Maria Eduarda Silva Raimundo RA: 0436/18
Paulo Henrique Vitor Pereira RA: 0572/18
Tiago Henrique do Nascimento RA: 0427/18
João Vitor Araujo Pereira RA: 0651/18
Introdução:
O abuso sexual pode se dar de duas formas: extrafamiliar ou intrafamiliar. O extrafamiliar é quando ocorre fora do seio familiar, ou seja, o abusador é alguém com quem não se tem grau de parentesco algum. O intrafamiliar envolve relação sexual entre pessoas com um grau próximo de parentesco ou que acreditem tê-lo(LIMA,2012).
Normalmente, nos quarto dessas crianças, adolescentes, não há portas ou as vezes chave, para trancá-las, deixando assim as crianças mais vulneráveis para o seu agressor.
Os maus-tratos contra a criança existem desde a Antigüidade, em todas as classes sociais e nas mais diferentes culturas. Estudos históricos mostram que, até o século XVII, as crianças não eram consideradas como seres com particularidades próprias e, portanto, a noção de maus-tratos à infância não era sequer considerada e, até o século XIX, não existiam sequer leis específicas para as crianças . A preocupação com a compreensão dos maus-tratos contra a criança surge tardiamente na história da humanidade, na metade do século XIX, coincidindo com a polarização social em torno da família, como descreve Ariès (1986, p. 11): “A família tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos.” Paralelamente, desde o século XVII ocorreu um movimento de mudança no nível dos costumes, que associava os conceitos de infância aos de inocência e fragilidade, contrariamente à noção partilhada por alguns teólogos, especialmente Santo Agostinho (354-430 d. C.), que justificava a violência física e o castigo corporal pelo argumento da corrupção moral da infância (Machado, 1996). No início da Renascença a preocupação era de que a criança, como toda criatura, era má e tudo levava ao mal. Ainda no início do século XX, as relações entre pais e filhos eram permeadas pela agressão.
Metodologia:
Foi realizado um estudo de caso onde analisanou-se o filme Silêncio de Lara que apresenta a Violência Sexual Doméstica em uma família. Para realização do estudo de caso foi utilizada a análise fílmica.
O silencio de Lara é uma curta-metragem sobre uma menina de aproximadamente 14 anos e que sofre abuso domestico/infantil, pelo marido de sua avó Aparentemente seu avô.. ela sofre abuso desde menor, com ele fazendo ameaças psicológicas de que se ela falasse algo para sua mãe, ele tiraria a sua avó. Então assim ela ficava com medo e fazia o que ele pedia, tirava fotos impróprias pela sua idade.. E pra ele não sentir culpado por aquilo, ele a dava presentes. Contudo, ela se sentia culpada, e com nojo do corpo dela. Ele sempre dava um jeito de ficar sozinho com a Lara. Certa vez ela estava descendo a escada carregando uma pilha de roupas, e caiu uma peça de roupa no chão e ao se abaixar para apanhar a peça acabou aparecendo um pouco de sua barriga, então ele ficou olhando com um certo desejo.
No aniversario de Lara, seu "avô" lhe deu um celular novo, e para não passar em branco o namorado de sua mãe também tinha um presente para dar a ela. Mas então ela com um certo medo, recusou e foi para seu quarto, ela só queria desabafar com alguém, falar o que ocorria ali,.. logo em seguida sua mãe foi atrás para conversar com ela, e dizer que foi pedida em casamento, Lara não ficou muito contente com a noticia, pois tinha medo que ele fosse como o marido de sua avó. Então ela disse para sua mãe que não presenciaria aquele casamento, pois não era a favor, tinha medo, não o conhecia direito, com isso, sua mãe saiu do seu quarto magoada e aos prantos.
Lara não gostava de ir para casa, pois o seu agressor estaria ali, era sempre um desafio ela sair da escola e ir para casa. Um dia ele havia olhado ela se trocar pelo trinco de sua porta em seguida ela o afronta, fala que ele da nojo. E então, ele a segura e faz ela se ajoelhar, nisso Lara diz que se ele a tocasse ela contaria a todos, então ele a ameaçou de morte.. e ai que aconteceu um abuso.
Até que um dia Lara se sente encorajada por um folheto que mantém guardado, passa a lutar contra o medo de quebrar o silêncio e resolve denunciar.
Meses após a denuncia, chega o dia do casamento de sua mãe, quando ela iria se encontrar com seu noivo no altar, Lara para o casamento e resolve desabafar, conta o segredo que tanto lhe perturbava na frente de todos os seus familiares e amigos que ali estavam, pela primeira vez Lara se sente protegida, seu avô foi preso naquele momento por praticar abuso sexual infantil e pedofilia e foi sentenciado por 12 anos de prisão. Muitas pessoas ficaram magoadas por causa de seu sofrimento, principalmente sua mãe. Lara só queria desabafar, por mais que essa ferida não se curasse, tudo que ela queria era ter paz.
Que é a atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz ameaças ou exclui vantagens da vítima que se torna incapaz de negar consentimento. E para o agressor não ter tanto peso de culpa, ele da presentes.
O objetivo da pesquisa e analisar . os abusos domesticos e violencia dentro de casa,na familia.
A análise dos dados do presente artigo foi realizada apenas com base nas denúncias verificadas e comprovadas,diferenciando-se de outras pesquisas que geralmente analisam todas as denúncias e não as denúncias de fatos comprovadas. Portanto dos 400 prontuarios investigados,269 (67,3% do total de amostra) não foram utilizadas por não serem o foco desse estudo. Os casos não comprovados foram analisados separadamente. Para todas as provas estatisticas foi adotado o nivel de significância p < 0,05. As crianças e adolescentes vitimas de maus tratos 48,5% são do sexo feminino e 51,5% do masculino. Quando a idade : 33,8% são sujeitos de zero a quatro anos; 30,8% de cinco a nove anos ; 35,9% de mais de dez anos.
Na primeira tabela , pode-se observar a variação de frequência de idades de acordo com o sexo das vitimas.
Tabela 1 - Apresentação dos dados cruzados entre gênero e idade (em porcentagem)
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A Tabela 1 mostra que a distribuição das idades em relação ao gênero se fez de forma bastante homogênea, podendo-se constatar que não houve diferença estatística significativa (c2 = 1,656; gl = 2; p = 0,437). A maior parte das vítimas (64,6%) tem até nove anos (tanto meninos quanto meninas). Esse dado coincide com o de Pires (1999), o qual constatou que 55,9% das vítimas eram crianças de zero a nove anos.
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