O estado de natureza para Freud
Por: Vanessa Nunes • 14/9/2016 • Resenha • 279 Palavras (2 Páginas) • 622 Visualizações
O estado de natureza se mostrou completamente perigoso para o homem. Sem regras ou convenções sociais, é possível fazer o que bem se entende. O problema é que da mesma forma que o indivíduo tem sua liberdade, o outro também a tem, logo, a segurança é inexistente. Nesse cenário, a civilização surge regular a liberdade afim de trazer a sensação de proteção.
A questão é: Quem ou o que irá amparar o homem do poder superior da natureza e suas tempestades, doenças e morte? A tudo isso é atribuido o nome de Destino. A civilização protege o homem de muitas maneiras, mas não desse Destino, que murcha a sua auto estima.
Na infância, a figura é representada pelo pai. Na vida adulta, por Deus. A figura de Deus foi desenvolvida para representar na vida adulta a proteção de alguém mais forte que o homem, contra “as conseqüências de sua debilidade humana”.
A humanização da natureza foi a resposta encontrada, atribuindo seus acontecimentos á vontade dos deuses. Segundo Freud, “é a defesa contra o desamparo infantil que empresta suas feições características à reação do adulto ao desamparo que ele tem de reconhecer - reação que é, exatamente, a formação da religião." Ainda sobre isso ele também diz "Assim, a religião seria a neurose obsessiva das crianças, ela surgiu do complexo de Édipo, do relacionamento com o pai."
Com o objetivo de atender uma demanda de amparo, a religião nas comunidades pré históricas, sem saber, buscam na psicologia a resposta para os eventos da natureza. A ideia de existência de um Deus serviu de apoio para manter a civilização operando de acordo com seu objetivo de domesticar os instintos do homem.
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