O papel da brincadeira e a brincadeira e seu papel na construção da infância: Vygostky

 (Última ou penúltima aula de dezembro/2014)

Zoia Prestes – O papel da brincadeira e a brincadeira e seu papel na construção da infância

Pagina 24 - o Vigostki já começa levantando uma questão: se a brincadeira é uma atividade predominante na vida da criança ou se é a atividade principal?

        A brincadeira não pode ser analisada apenas pelo seu aspecto cognitivo, ele não concorda com Piaget que trata a brincadeira pela sua função simbólica que vai se desdobrar tanto no campo científico quanto na linguagem.

        Piaget – preocupado com construção do pensamento - No jogo simbólico ela se afasta do jogo material. Já o Vigostki traz os motivos que suscitam o brincar, a afetividade, e que motivos são esses?

        Texto do Leontievi – imaginação, me deixa viver, me deixa experimentar, me deixa ser e o “não faça” que vem do adultos ou de qualquer figura ou pessoa que representa uma autoridade à criança. Aquela fala: “brincar é mundo de fantasia e prazer”

        Vigostki diz, brincadeira é conflituosa, bem estruturada, desafiadora, as experiências, os medos e os anseios.

Obs.: Puc rio  revista de psicologia . direitos sexuais das crianças e adolescentes

        A mesma escola que retira a mesa (mesa da história que a prof contou em sala) e os Kens é a mesma escola que coloca a musica da Tati Quebra Barraco para as filhas desfilarem.

        Vigostki não é etapista – brincar – da restrição à situação material empírica – fração: objeto sobre sentido; campo visual perceptivo.

        E passa a ser libertação – ideais –libertação – fração é sentido sobre objeto.

        O objeto passa a ser um pivô que vai estabelecer uma ruptura entre o “cigarro real e o cigarro imaginário”, passa a se relacionar com objeto a partir do significado que ela atribui ao cigarro. A ação da criança se dá… (parei rsrs)

Aula 03/02/15 Psicologia do Desenvolvimento Humano I

Texto Vygostky Cap. 7 Pensamento e palavra, do livro A construção do pensamento e da linguagem

- Pensamento e linguaguem para Vygotsky, partem de raízes genéticas distintas – se são distintas, estão localizadas em pontos distintos também – ocorre que em determinado momento do desenvolvimento, pensamento e linguagem se interpenetram – a questão é saber como se dá essa interpenetração.

- Lembrando que, a relação com o outro é fundante de todo sujeito, e esse sujeito se relaciona com o mundo significando-o, e a grande questão para Vygostky é saber como essa significação passa a dar contorno ao nosso pensamento. Como os significados se desenvolvem ao longo da vida humana?

- Os significados se constituem pelo investimento de conceitos – ressalva que quando Vygostky trabalha com essa palavra “conceito” ele amplia a noção de conceito, considerando conceitos de toda a existência humana.

- O que são as primeiras palavras que a criança começa a falar? São referências para comunicar com essa comunidade falante que ela vive. As primeiras palavras para a criança tem uma materialidade, são palavras que estão muito presas à realidade empírica, com a qual a criança tem relação direta. As primeiras palavras da criança dão conta de um universo, tem essa dimensão. É como se uma palavra desse conta de toda uma sentença, a criança se apropria da palavra sem ter a dimensão que as palavras se diferenciam em seus conceitos e significados, nesse sentido, a palavra dá conta de uma categorização vasta que nada mais é que um processo de significação.

- 1º momento (questão esquemática): É muito complexo para criança arrancar as palavras das coisas, por conta o significado ainda não é um conceito porque as palavras estão presas nas coisas, a esse momento inicial Vygostky denomina de Linguagem exterior ou nominativa, pelo predomínio do fonético – (vocalização) sobre o (semântico) significado. A palavra está acoplada aos seus referentes. Ex: vaca tem chifre, tinta pinta, cocó tem asa.

- Obs.: Vygostky não trabalha com crianças em relação fixa à idade, mas assim: criança em fase pré escolar, criança em fase escolar, etc. Vygostky não está nenhum pouco preocupado com que idade a criança passa para outro nível.

- Momento de transição – A linguagem egocêntrica representa um fenômeno que marca a transição da linguagem exterior para a linguagem ou discurso interior. Nível inter para nível intra:

- Nível interpsicológico é marcado pelos momentos das interações sociais;

- O intrapsíquico é caracterizado por aquilo que foi trocado nas relações sociais e agora é internalizado pelo sujeito;

- Para Piaget a linguagem egocêntrica ocorre no pré operatório, com os monólogos coletivos, quando a criança não está preocupada com o interlocutor. Para Piaget essa linguagem vai desaparecer e passa a dialogar com o outro. Vygostky vai dizer, de jeito nenhum, a linguagem egocêntrica não vai desaparecer, ela se transforma. A criança em um monólogo coletivo está preocupada sim com o interlocutor porque não há linguagem sem a relação com o outro.