O que é psicologia ecológica?
Projeto de pesquisa: O que é psicologia ecológica?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vaneribas • 6/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.161 Palavras (5 Páginas) • 322 Visualizações
O que é psicologia ambiental?
A Psicologia Ambiental é um campo bem recente na esfera psicológica.
Ela estuda as inter-relações entre o ser humano e o meio ambiente, tanto o artificial quanto o natural, considerando o efeito das condições do ambiente sobre o comportamento humano e do comportamento humano sobre o ambiente.
2A história da Psicologia Ambiental é recente, referindo-se a década de sessenta (POL, 2001). A discussão da Psicologia Ambiental no Brasil está ocorrendo, onde podemos dizer que seu projeto, como uma área de conhecimento, está em permanente construção. Esta tem como objeto de estudo o homem em seu contexto físico e social. Interessa-se pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais, tanto quanto como o indivíduo percebe e atua no seu ambiente, segundo Gunther, Pinheiro e Guzzo (2004). Observa-se que o foco central desta área da psicologia são suas inter-relações e não só suas relações. Moser (1997) considera, também, as dimensões sociais e culturais como elementos que interferem na definição dos ambientes e, por sua vez influenciam na percepção e na avaliação deste indivíduo frente ao ambiente. Para ele, a Psicologia Ambiental estuda esta inter-relação entre o indivíduo e o ambiente de forma dinâmica, quer seja, levando em conta os ambientes naturais como os modificados pela mão do homem. Esta interação, ao longo dos anos vai interferindo e modificando as condutas humanas e o meio ambiente. A Psicologia em geral coloca o homem como o centro da preocupação, levando em conta a inter-relação com o ambiente; ambiente familiar, escolar, do trabalho, do social, sem praticamente considerar o ambiente natural, ecológico. Este olhar ressoa com a visão antropocêntrica, onde aflora o homem como centro separado do ambiente ecológico, o que dificulta ao psicólogo lidar com a subjetividade deste homem, hoje globalizado, a caminho de ser visto como um cidadão do planeta. Este é, segundo Fait-Gorchacov e Guzzo (2002), um desafio aos psicólogos, enfrentar o viver e o sobreviver em uma sociedade sem „fronteira‟, globalizada. Estas e outras questões dificultam conhecer e elencar as atividades da Psicologia Ambiental. Compreender e aplicar os métodos e propósitos de ações tão distintas e complexas leva a uma reflexão sobre o status da Psicologia Ambiental como área de conhecimento. Brunseik (apud FERREIRA, 2004, p. 21) refere-se à necessidade de uma „validação ecológica‟, ou seja, de uma compreensão do nosso cotidiano como um „nicho ecológico‟. Sendo assim, o organismo (a pessoa) estaria fazendo parte deste nicho, favorecendo a Psicologia Ambiental estudar as questões que estejam inseridas na vida dos indivíduos, mantendo presente a equação ambiental. Questões estas queGunther, Pinheiro e Guzzo(2004) apontam como: impacto de diferentes tipos de ambientes sobre populações específicas; conseqüências de desastres naturais; percepções e avaliações ambientais; planejamento e intervenções no tecido urbano, entre outras. De uma visão mais ampla, pode-se dizer que a história do olhar da Psicologia para problemas ambientais construídos teve início no período pós-guerra, especialmente na segunda grande guerra, quando houve um esforço de vários países de reconstruir os espaços da habitação e da convivência social, conforme refere Ferreira (2004). Dentro deste contexto, a Psicologia Ambiental teve uma importante presença, juntamente com arquitetos e engenheiros na reconstrução de habitações e outros equipamentos do espaço urbano. No entanto, só em torno das décadas de setenta e oitenta é que a Psicologia Ambiental teve seu 4valor reconhecido e garantiu sua posição de destaque no âmbito da Psicologia. Evoluiu paraabarcar muitos outros tipos de problemas no âmbito do fazer humano, segundo Gunther, Pinheiro e Guzzo (2004). Perls, Hefferline e Goodman antes do conceito da validação ecológica já diziam que:
Não tem sentido falar, por exemplo, de um animal que respira sem considerar o ar e o oxigênio como parte da definição deste, ou falar de comer sem mencionar a comida, ou de enxergar sem luz, ou de locomoção sem gravidade e um chão para apoio, ou da fala sem comunicadores. Não há uma única função de animal algum, que se complete sem objetos de ambiente, quer se pense funções vegetativas como alimentação e sexualidade querem em funções perceptivas, motoras, sentimentos ou raciocínio (PERLS, HEFFERLINE e GOODMAN, 1997, p. 42). Diante do enunciado acima, esse interagir entre organismo e ambiente em qualquer função pode ser expresso como o „campo organismo/ambiente‟. A Psicologia Ambiental deve ser a nosso ver, um instrumento desse campo interacional. Cabe frisar que o organismo/ambiente humano
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