Observação Sobre Racismo Estrutural
Por: Maria Eduarda • 3/3/2021 • Trabalho acadêmico • 753 Palavras (4 Páginas) • 297 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA - PRÁTICAS SOCIAIS E SUBJETIVAS
Nome: | RA: | |
Turno: Noite | Turma: PS5/P48 | Semestre: 5º Semestre |
Professor: | ||
Tema do Grupo: Raça, etnia e religião | ||
Registro nº: 07 |
Relato das observações
Através das pesquisas que fiz sobre o tema escolhido, decidi escrever sobre o que é o racismo estrutural e o por que é importante e necessário pensar sobre isso. Minhas pesquisas foram feitas no dia 18/11/2020 das 16:00h ás 19:00h.
Como sabemos o racismo é toda e qualquer discriminação, preconceito, atitude ou até mesmo ideologia baseada em critérios raciais, étnicos e culturais. Podendo ser manifestado de forma velada ou explicita. O racismo tem como intuito subjugar o outro, sendo um mecanismo de poder, e é por isso que não existe racismo contra brancos, o conhecido racismo reverso.
O racismo estrutural é o modo como se chama a naturalização do racismo e suas práticas no dia a dia da sociedade.
“A gente costuma tratar o racismo como uma anormalidade. O que a noção de racismo estrutural coloca é que o racismo não é algo anormal, e sim algo normal. O racismo, independentemente de a gente aceitar ou não, constitui as relações no seu padrão de normalidade”, (ALMEIDA, 2020).
Ou seja, o racismo estrutural acontece ao encararmos as práticas racistas como coisas costumeiras, sejam elas ações conscientes ou inconscientes, validando assim o racismo, é como se falássemos que é assim mesmo e não tem outro jeito e com isso reforçamos essa estrutura, e esse “funcionamento normal da vida cotidiana”, que machuca muita gente diariamente.
Podemos encontrar alguns exemplos de racismo enquanto estrutura em várias situações presentes no dia a dia. Hoje em dia se fala bastante sobre representatividade em diversos lugares, como por exemplo na televisão, das novelas aos telejornais.
Em novelas brasileiras quase não tinham personagens negros, e quando tinha, normalmente eles eram empregados ou criminosos. Mas, ninguém percebia o quanto isso era problemático. Como exemplo podemos falar da jornalista Maju Coutinho, que se tornou a primeira mulher negra a apresentar o Jornal Nacional, e isso só ocorreu depois de 50 anos em que a primeira edição do telejornal foi ao ar.
Na questão da desigualdade social, a maioria das mulheres negras não tem trabalho remunerado. Além disso, segundo dados o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de 2016 nos mostram que as mulheres brancas recebem 70% a mais do que as mulheres negras.
No Brasil o coronavírus tem se mostrado ser mais letal para a população negra. Se pararmos para pensar que de acordo com os dados do IBGE, 54% da população brasileira se identifica como negra, essas informações ganham outra dimensão. E com esses poucos exemplos podemos ver como o racismo é recorrente e normatizado em nossa sociedade, tendo assim uma espécie de estrutura, condicionando a mesma.
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