Os Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva
Por: leticiapoletto • 28/5/2021 • Resenha • 1.688 Palavras (7 Páginas) • 336 Visualizações
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva CAP.1
Nesta leitura vamos abordar sobre os principais teóricos e práticos usados pela TC, se baseia na premissa da Inter-relação entre cognição, emoção e comportamento. No nosso dia a dia podemos gerar diferentes formas de sentir e agir em diferentes pessoas, mas não é o evento em si que gera emoções e comportamentos, mas sim o que nós pensamentos sobre o evento. Os eventos ativam os pensamentos, os quais geram como consequência as emoções e os comportamentos. Outra premissa e a distorções cognitivas que levam o indivíduo, a conclusões equivocadas mesmo quando sua percepção está acurada. O objetivo da Tc é corrigir as distorções do pensamento, as situações ativam os pensamentos, que geram uma consequência com resposta emocional, comportamental e física. Beck fala dois tipos de personalidades, o sociotrópico mais voltado em ser aceito e amado por todos, foca nas relações interpessoais e o autônomo mais voltado para sua própria independência pessoal, aquisição pessoal, escolha e conquistas. A TC trabalha em três níveis de cognição: Pensamentos automáticos, pressupostos subjacentes e a crenças nucleares. (Beck e colaboradores 1979)
Segundo Judith beck (1995) as crenças nucleares: São nossas ideias e conceitos mais enraizados e fundamentais a acerca de nós mesmos, elas vão se moldando com o passar do tempo na nossa interpretação psicológica dos eventos. Pode ser dividida em três grupos. Crenças nucleares de desamparo, de desamor, e desvalor. a crença de desamparo a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente) de que é incompetente e sempre será um fracassado. Na crença de desamor a pessoa tem a certeza (irracional/inconsciente) de que será rejeitada. Na crença de desvalor a pessoa acredita ser inaceitável, sem valor algum. Os pressupostos subjacentes são regras, padrões, normas, premissas, e atitudes que adotamos e que guiam nossa conduta. Ex: crença nuclear “Sou incapaz de ser amado” tem o pressuposto “É muito perigoso interagir com as pessoas, pois elas poderão não gostar de mim” e a regra “Para não ter problemas, eu não devo interagir com as pessoas”.
Para uma boa concepção cognitiva o terapeuta deve investigar o paciente em diversos aspectos, na TC é fortemente identificado as intervenções desenhadas para modificar os pensamentos, as emoções precisam ser trabalhadas, a presença do afeto para a reestruturação cognitiva do paciente. Além de considerar os aspectos comportamentais. O terapeuta vai guiando o paciente através de um questionamento socrático, perguntas com respostas aberta, o terapeuta vai orientando o paciente para que ele entenda seu problema, explore possíveis soluções e desenvolva um plano para lidar com as dificuldades. Se o individuo está interpretando incorretamente as situações o objetivo terapêutico é fazer reconhecer que estão interpretando errado, e olhar para a situação de uma maneira mais acertada. Um dos passos é corrigir pensamentos automáticos, e as crenças e construir pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de melhorar o estado de humor do paciente, quando as pessoas tem problemas em algumas vezes é porque elas interpretam os eventos inadequadamente e as consequências reagem de forma de inadequada. (Persons 1989)
De acordo com Beck el al., (1979), J. beck (1995) as distorções cognitivas são necessárias identificar e nomear com o paciente e contrapor as interpretações negativas delas, um método utilizado é o registro de pensamentos disfuncionais (RPD), monitoramento dos pensamentos, emoções, e comportamentos afim de modificação. Tanto na pratica clinica como em ambientes de pesquisa, faz-se necessário o monitoramento do humor do paciente, por meio de medidas objetivas como o inventario de Depressão Beck, o inventario de ansiedade de beck.
Depressão CAP. 10.
Neste Capitulo iremos abordar sobre “Depressão” tem sido um dos transtornos psiquiátricos mais comuns, dentro de uma situação universal. Tem sido a segunda causa de incapacidade no mundo. A leitura traz vários aspectos neuroquímicos e de terapia cognitiva. A depressão é um dos transtornos mentais mais prevalentes e mundialmente estudados. Sabe-se que alterações nos eixos Hipotálamo Hipófise-Adrenal (HHA) e Hipotálamo-Hipófise-Tireóide (HHT) podem estar associadas a prejuízo no funcionamento neuropsiquiátrico, dentre eles o transtorno depressivo. Sabe-se que a Atenção é um instrumento pelo qual nosso cérebro discrimina a informação recebida e será processada cognitivamente, um dos diagnósticos de depressão se dá pela diminuição de capacidade de concentração e isso provoca um viés na atenção diminuindo o foco em direção aos pensamentos que sejam relacionados a ela. (Mcallister-Williams Young 1998)
De acordo com Murphy, Sahakian, O’Carrol( 1998) outro fator não menos importante e reconhecido é a alteração de memória, pacientes com sintomas depressivos lembra-se dos eventos negativos, isso por que realizado um estudo em pacientes com eventos de cunho positivos e negativos, os depressivos tendem a ter mais facilidade com exercícios de cunho negativo. Por conta destes fatores de alteração na atenção, cognição e memoria, a pessoa se sente constantemente ameaçada, com o eixo do hipotálamo-hipófise adrenal sendo frequentemente ativo. A TC corri as distorções provocado pela interpretação de fatos, que pode contribuir para a diminuição da pressão sobre o eixo do hipotálamo-hipófise adrenal. Alguns autores estão mais convencidos que os tratamentos que são associados a farmacoterapia pode ser a primeira escolha de uma depressão unipolar tratada em consultórios, ou para pacientes com depressão grave.
A depressão pode ser causada e mantida por três níveis de cognição: são eles pensamentos automáticos, crenças subjacentes, e crenças nucleares(esquemas). Pensamentos automáticos: Consistem no nível mais superficial dos pensamentos. Diante das situações, eles aparecem rápida e espontaneamente. Eles podem ser positivos ou negativos. São aceitos como verdadeiros, o indivíduo, normalmente, não questiona sua veracidade, acontecem com todos os indivíduos. Crenças intermediárias: São os pressupostos subjacentes ou condicionais, ou seja, um conjunto de regras, atitudes ou suposições. Podem ser mais facilmente identificadas através de afirmações do tipo "se... então" ou "deveria". Elas norteiam os comportamentos do sujeito, são muito imperativas e estão diretamente ligadas as crenças centrais. Crenças nucleares (centrais): São formadas desde a infância, se solidificam e se fortalecem ao longo da vida. Elas são o nível cognitivo mais profundo, consiste em ideias globais, absolutistas e rígidas. Podem ser sobre a pessoa, os outros ou o mundo o que forma a chamada tríade cognitiva. As crenças nucleares são ideias enraizadas e cristalizadas as quais moldam o jeito de ser e agir das pessoas. As crenças centrais podem ser divididas em: Desamor: sentimento de que será rejeitado (sou indesejável, feio, diferente, abandonado, defeituoso, não sou amado, não sou bom o suficiente para ser amado etc.). Desamparo: sentimentos relacionados a incompetência (sou incapaz, inadequado, fraco, inferior, fracasso, vulnerável etc.). Desvalor: sentimentos de não ter valor (sou sem valor, inaceitável, louco, derrotado, mau, não mereço viver etc.) (Beck, 1967;J. beck et al. 1979)
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