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PLano de atividades Psicologia em grupo infantil

Por:   •  18/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.773 Palavras (8 Páginas)  •  953 Visualizações

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Faculdade São Francisco de Assis

Curso de Psicologia

 PLANO DE INTERVENÇÃO ESTÁGIO ESPECÍFICO IV

Porto Alegre

2017

 PLANO DE ATIVIDADE ESTÁGIO ESPECÍFICO IV

Porto Alegre

2017

SUMÁRIO[pic 1]

  1. INTRODUÇÃO ................................................................................................03
  2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL ...............................................................03
  3. PLANO DE INTERVENÇÃO.........................................................................05
  4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................10
  5. OBJETIVOS .....................................................................................................10
  6. JUSTIFICATIVA.............................................................................................11
  7. REFERÊNCIAS

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho fundamenta uma proposta de grupo terapêutico para crianças, essas em contexto de vulnerabilidade social, que foram encaminhadas para atendimento psicológico.

A proposta surgiu ao analisarmos o cenário de necessidades do Instituto Espírita Irmãos Boa Vontade e a partir da demanda observada frente as dificuldades de socialização dessas crianças.

Propusemo-nos então a fazer um grupo, onde acolhemos crianças de 6 a 14 anos, seja toda semana em um processo contínuo, periodicamente ou uma única vez, enquanto os responsáveis realizam anamnese com os Psicólogos ou Fonoaudiólogos.

2 CARACTERIZAÇÃO

  1. Identificação:

  1.  Identificação do estágio:

Área: Clínica Ampliada

Duração: 96 horas

  1. Identificação da instituição:

Nome: Instituto Espírita Irmãos Boa Vontade

Endereço: Rua Machado de Assis, 275 - Partenon

Cidade: Porto Alegre UF: RS

CEP: 90620-260 Telefone: (051)- 3736-1012

E-mail: irmaosboavontade@gmail.com

  1. Identificação da Supervisora:

Nome: Fernanda Schettini Rosa

CRP: CRP 07/18874

Telefone: 51 99415-1555

E-mail: psi.fernanada@hotmail.com

2.5 A INSTITUIÇÃO

A Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC é o órgão gestor da Política de Assistência Social no Município de Porto Alegre, responsável pela oferta de serviços, programas e benefícios que promovam a inclusão de cidadãos, famílias e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social. Por meio de sua rede sócio assistencial, trabalha balizada pelas diretrizes e princípios da Política acional de Assistência Social, a qual define a assistência como direito à proteção e objetiva a consolidação dos direitos sociais a todos que necessitam.

3 PLANO DE INTERVENÇÃO

 3.1 A ESTRUTURAÇÃO, GRUPO TERAPEUTICO E O BRINCAR

A abordagem principal da Psicanálise ao indivíduo adulto, baseia-se nas reminiscências da vida infantil e suas marcas (Abrão, 2001), então, quando maior o suporte para que a criança se estruture e saiba lidar com as vicissitudes da vida, melhor será a construção deste adulto.

A proposta de um grupo terapêutico para crianças surgiu ao analisarmos o cenário de necessidades do Instituto Espírita Irmãos Boa Vontade e a partir da demanda observada frente as dificuldades de socialização dessas crianças. Ganhou o nome de oficina, onde acolhemos crianças de 6 a 14 anos, seja toda semana em um processo contínuo, periodicamente ou uma única vez, enquanto os responsáveis realizam anamnese com os Psicólogos ou Fonoaudiólogos.

A psicologia de grupo tem sua base na psicologia do indivíduo, e especialmente na integração pessoal deste com a continuidade do desenvolvimento emocional. Participando de grupos a criança parte da dependência em direção à independência, e, dessa maneira, o indivíduo sadio poderá ser capaz de identificar-se com grupos cada vez mais amplos sem uma perda da noção de self e de sua espontaneidade (Winnicott, 2005).  

A elaboração de um grupo terapêutico para crianças tem algumas diretrizes, como preferencialmente gerida por um membro do sexo masculino e outro do feminino, para remeter-se a situação familiar (Decherf 1986). As crianças participantes devem ser escolhidas a partir de suas demandas e funcionamentos psíquicos, tal como ocorre na sociedade, além de número equânime de gênero (Decherf 1986).

Em nossa prática, ainda mais em contexto de famílias em vulnerabilidade social, a estrutura e o teórico ideal dificilmente é possível realizar, pois são famílias em formatos confusos, e demanda aleatória. Em base são crianças com patologias como autismo, retardo mental, síndrome de Down, Psicoses, Dislexia, dificuldade de aprendizagem ou agressivas. Essas crianças chegam a nós conforme necessidade do instituto e dos parceiros profissionais, que acham interessante a criança participar e interagir em um grupo.

Na psicoterapia de grupo, o corpo fala muito, sendo necessária maior atenção aos detalhes de como os indivíduos do grupo interagem, trocam olhares, mudam de lugar, deslocam-se no espaço, expressam-se  gestualmente, e estabelecem laços transferenciais múltiplos e mútuos (Ávila, 2007).

A transferência terapeuta e paciente é rapidamente e facilmente notada, tomamos posições simbólicas para as crianças, percebemos suas necessidades, ausências e tendências dessa forma (Pechberty, 2000). Na psicanalise é por essa transferência que se constroem os diagnósticos (PRISZKULNIK, 2000).  

A partir do pequeno Hans, Freud constrói as bases teóricas para uma análise com crianças (Costa, 2007). Este âmbito desenvolve-se muito posteriormente, ao surgirem as possiblidades da escuta do inconsciente infantil através principalmente do “brincar”. Cabe ao Psicólogo então, potencializar esse brincar, dar vasão para que essas fantasias brotem expressando-se plenamente (Costa, 2007), pois nessas expressões simbólicas das fantasias inconscientes das crianças que essa clínica psicanalítica fundamenta-se (Klein, 1975).

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