PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA
Por: Leticia Bello • 21/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.147 Palavras (5 Páginas) • 359 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA ETOLOGIA
TDE de Etologia.
Leticia Liz Bello, 1º B diurno
Curitiba
2017
Nós mudamos radicalmente a expressão facial quando sentimos dor, mas não somos os únicos. Um estudo feito em 2010 na Universidade McGill e British Columbia no Canadá descobriu que ratos fazem “careta” ao sentir dor. Depois de tomar analgésicos, suas expressões faciais voltaram ao normal. Estudos como esse são encontrados principalmente na Etologia, ciência que tem como principal objeto de estudo, o comportamento animal, o que incluiu também os humanos.
As quatro perguntas básicas de um etólogo,que irão orientá-lo em seu trabalho são: como o comportamento se desenvolve ao longo da vida do indivíduo? (ontogênese); Qual é a causa? (fatores causais próximos); Como se desenvolveu no decorrer da história evolucionária? (filogênese) e qual o motivo pelo qual teria sido selecionado naturalmente? (causa final).
Já a Psicologia tem como principal objeto de estudo, o comportamento humano e o funcionamento da mente humana. Com o enfoque de entender e explicar como funcionam os pensamentos, comportamentos e as emoções.
Conforme as pesquisas a seguir serão evidenciadas as correlações entre essas as duas ciências. No que se diz respeito ao comportamento do ser humano e o animal.
Uma nova pesquisa comprova que os cães se lembram das nossas ações e outros eventos, mesmo quando não têm tanta importância no momento em que aconteceram. A descoberta, publicada na revista Current Biology, acrescenta os cães à curta lista de animais – incluindo ratos, pombos e primatas – que têm a chamada “memória episódica”. Segundo a pesquisadora, as pessoas usam a memória episódica o tempo todo. Por exemplo, se alguém perguntar "qual foi a primeira coisa que você fez hoje de manhã?", você pode voltar ao momento, como se retrocedesse um vídeo, e reproduzi-lo em sua mente. Agora, sabe-se que os cães podem fazer algo bastante semelhante.
Segundo o psicólogo inglês Sam Gosling, professor da Universidade do Texas e fundador do Instituto de Personalidade Animal “A diferença entre os animais e os homens é apenas de grau, não de gênero. Para nós como para eles, é a personalidade que nos torna previsíveis e, por isso, socialmente confiáveis. A personalidade humana é apenas um pouco mais variada”. Gosling aplicou a 34 hienas um teste muito parecido com o que é usado em humanos. O modelo descritivo mais usado em psicologia define que nós temos diferentes níveis de extroversão, altruísmo, criatividade, abertura a novas experiências e estabilidade emocional. As hienas apresentam 4 desses 5 traços. Os 3 primeiros deles são encontrados nos mamíferos, nos polvos e em alguns peixes. O único fator ausente na grande maioria das espécies é a estabilidade emocional, que no jargão de Freud é mais conhecida como superego, ou a capacidade de seguir normas sociais e controlar impulsos.
No dia 17 de abril de 2016, durante o processo de Impeachment da Presidente Dilma Roussef, o deputado Jean Wyllys alegou ter sido ofendido com palavras homofóbicas e segurado pelo braço pelo seu colega, o deputado Jair Bolsanaro, o que o fez reagir cuspindo no rosto do colega e sair correndo. Neste mesmo contexto, em meio a natureza animal, há o exemplo das Lhamas Tanto a lhama quanto a alpaca não são animais agressivos, e utilizam métodos de defesa semelhantes, o cuspe. O cuspe não é o único meio de defesa, mas o principal e é um hábito utilizado para espantar predadores ou quem esteja incomodando. A atitude do deputado Jean Wyllys de cuspir em seu colega, pode ser entendida como uma tentativa de se defender a algo que lhe causou ameaça. No caso das lhamas, o mesmo acontece em termos fisiológicos e evolutivos, onde principalmente o cuspe tem característica de proteção, sendo um comportamento instintivo e não reflexivo.
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