PSICOLOGIA DO TRABALHO E DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS WORKAHOLISMO
Por: Rafaella Lauria Holanda • 5/11/2015 • Resenha • 2.031 Palavras (9 Páginas) • 411 Visualizações
IBMR – INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO
PSICOLOGIA DO TRABALHO E DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
WORKAHOLISMO
BIANCA MONTEIRO
CLEONALDO HOLANDA
JULIANA FERNANDES
MARIANA JANIQUES
RAFAELLA HOLANDA
RIO DE JANEIRO – RJ – 2015
- INTRODUÇÃO
- DEFINIÇÕES E TIPOLOGIAS DE WORKAHOLISMO
- ANTECEDENTES DO WORKAHOLISMO
- CONSEQUÊNCIAS DO WORKAHOLISMO
- PESQUISA
5.1 MÉTODO
5.2 INSTRUMENTO
5.3 RESULTADOS
5.3.1 RESULTADOS DO WART
5.3.2 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- INTRODUÇÃO
O trabalho pretende a partir da apresentação do artigo, O EXCESSO DE TRABALHO MATA OU DÁ PRAZER? UMA EXPLORAÇÃO DOS ANTECEDENTES E CONSEQUENTES DO WORKAHOLISMO, abordar os antecedentes e consequentes do termo WORKAHOLISMO.
Os autores do artigo, Jorge F. S. Gomes do Departamento de Psicologia Social e das Organizações, Investigador do CIS (Centro de Investigação e Intervenção Social) e do CIEO (Centro de Investigação sobre Espaço e Organizações) e Patricia Soares, consultora independente.
Artigo foi revisto e aceito para publicação sob a responsabilidade da anterior direcção da revista Psicologia, volume 25, número 1, na cidade de Lisboa, em junho de 2011.
Utilizou-se o Work Addiction Risk Test (Robinson, 1998) para identificar os indivíduos que, numa empresa de cosméticos, maiores valores registaram no teste. Posteriormente, esses indivíduos foram entrevistados, a fim de explorar e conhecer as suas perspectivas relativamente aos conteúdos sob observação.
Na sociedade contemporánea as pessoas passam uma considerável parte do seu tempo trabalhando ou se preparando para tal. O trabalho cumpre um papel central nas suas vidas e na satisfação de diversas necessidades, sendo visto, até, como uma actividade saudável. Contudo, em alguns casos, as pessoas assumem um compromisso demasiado pesado com o trabalho prejudicando suas próprias vidas e da dos seus familiares. O termo workaholismo é utilizado para descrever este envolvimento excessivo com o trabalho (Seybold & Salomone, 1994).
E, no entanto, uma dedicação integral e uma vida centrada no trabalho parece ser a regra de sobrevivência nas empresas modernas e o único caminho para alcançar sucesso na carreira (Serva & Ferreira, 2006). Os autores apresentam o aumento da carga de trabalho e da quantidade de horas que se consome no trabalho, assim como o maior envolvimento com a organização. No Japão este trabalho excessivo é o responsável por muitas mortes, sendo que a família de alguém que se comprova ter morrido por karōshi (morte por excesso de trabalho) tem direito a uma elevada indemnização (The Economist, 2007).
O texto tem início com a revisão da literatura, explorando-se o conceito, tipologias e dimensões; depois analisam-se os antecedentes e consequências do fenómeno. A revisão culmina com o objectivo da investigação. Na segunda parte expõe-se o trabalho empírico, e por fim conclui-se tecendo as necessárias implicações teóricas, práticas, e metodológicas.
- DEFINIÇÕES E TIPOLOGIAS DE WORKAHOLISMO
O Workaholismo foi abordado por Wayne Oates (1971) inicialmente, estava descrito a sua necessidade incontrolável de trabalhar. O Workaholismo foi considerado uma compulsão pelo trabalho, esse termo foi associado a altos níveis de estresse, conflito na vida social e problemas de saúde mental e física. Não existe um conceito só que defina Workaholismo, há autores que veem isso como algo positivo e outros como negativo.
Mosier define Workaholismo nas horas trabalhadas, dizendo que os que trabalham mais de cinquenta horas semanais são workaholicos. Já, Machlowitz diz que são pessoas que dedicam pensamento e tempo mais que o necessário, isso faz deles diferentes de seus colegas, e não seu número de horas trabalhadas.
Naughton apresentou o compromisso da carreira e comportamento obsessivo-compulsivo, quando envolvidos no trabalho apresentam um melhor desempenho em trabalhos exigentes e uma elevada satisfação com o trabalho. Para Killinger o workaholico é aquele que faz para ser aceito e respeitado, seu trabalho é o meio para o sucesso e aceitação.
São workaholicos os viciados em trabalho e nesse século nem estranhamos quem trabalha mais de 14 horas por dia, eles vão além de só obsessão pelo seu trabalho, são compulsivos, perfeccionistas, impacientes e são altamente motivados.
Spence e Robbins propõe três dimensões no Workaholismo: Workaholicos, workaholicos entusiásticos e entusiastas com o trabalho.
Workaholicos: envolvem-se e persistem muito no trabalho, retiram pouco prazer, ficam deprimidos quando não trabalham.
Workaholicos entusiásticos: desenvolvem-se com o trabalho, tem elevada satisfação, mas persistem pouco.
Entusiastas com trabalho: Pontuam alto nos três componentes.
De acordo com os autores identificaram três comportamentos workaholicos foram: Compulsivo-dependente, perfeccionista e orientado para realizações. Foi percebido também que gastam grande parte do seu tempo com o trabalho, abdicando da sua família, amigos e lazer. Tendo impacto negativo no funcionamento familiar.
Os workaholicos retiram prazer no ato de trabalhar, seus pensamentos e comportamentos são dominados pelo seu trabalho. Há algumas discordâncias entre os autores mas todas levam ao fato que o Workaholismo está associado com o vício no trabalho, tendo consequências na saúde e com sua família.
Então, Excesso de trabalho mata ou da prazer?
- ANTECEDENTES DO WORKAHOLISMO
Existem três perspectivas teóricas sobre as causas do workaholismo: disposições individuais , experiências socioculturais e comportamentos reforçados pelo ambiente.
Na perspectiva disposicional , Ng E colegas (2007) sugerem que uma das influências mais importantes é auto estima , os indivíduos com baixa auto-estima estão mais propensos a comportamentos aditivos , e como tal estão mais predispostos a tornarem-se workaholicos.
Disposições individuais : os traços de personalidade relacionados com a realização podem de igual modo predispor os indivíduos a tornarem-se mais dependentes do trabalho. Outro fator é o peso dos valores humanos , o valor da realização , reflete o desejo de ser bem sucedido , capaz, ambicioso e influente. O valor da auto-orientação reflete uma direção para independência, esse valor tende a predispor os indivíduos a tornarem-se excessivamente focados no seu trabalho, em conseqüência, geram um sentimento que o trabalho é uma das tarefas mais centrais da vida.
...