Pesquisa Sobre as Atitudes Facilitadoras
Por: Laura Gabryelle • 28/10/2023 • Pesquisas Acadêmicas • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 53 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
CAMPUS POETA TORQUATO NETO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
TEC III: HUMANISTAS-EXISTENCIAIS
ATITUDES FACILITADORAS NO PROCESSO TERAPÊUTICO NA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA
TERESINA
2023
Atitudes Facilitadoras no Processo Terapêutico na Perspectiva da Abordagem
Centrada na Pessoa
A abordagem centrada na pessoa foi desenvolvida pelo psicólogo norte americano Carls Rogers, por volta de 1947, que investigou e descreveu uma visão de mundo que defende o valor e a experiência do sujeito na busca por seu crescimento. Com essa perspectiva positiva quanto às potencialidades e possibilidades do indivíduo, Rogers implicou-se em disseminar com ênfase a importância da relação terapêutica que deve ser construída com base em condições necessárias e suficientes para a construção do processo de mudança da personalidade, sendo estas denominadas de atitudes facilitadores: Congruência, Consideração Positiva Incondicional e a Compreensão Empática (FREIRE, 2020). Desse modo, o presente texto visa explicar o significado das atitudes facilitadoras que viabilizam o processo terapêutico de acordo com a visão da ACP.
A priori, a fim de compreender as atitudes facilitadoras na terapia centrada no cliente, é de suma importância entender o conceito de tendência atualizante. Essa noção acredita que todo organismo vivo tende a se desenvolver e se realizar, sendo este dotado de grande potencial ao crescimento, processo e modificação. Diante dessa visão, na abordagem centrada na pessoa, o terapeuta acredita na tendência atualizante de seu cliente, assim, na medida em que o indivíduo sente-se confortável e seguro na experiência da psicoterapia, mais provável é a chance de ascensão de sua tendência atualizante e do desenvolvimento da capacidade de resolver seus conflitos. Assim, o terapeuta promove um clima psicológico de respeito e liberdade para ser o que se é, utilizando as atitudes facilitadoras nesse espaço (ROGERS, 1997).
Nessa linha de pensamento, a congruência ou autenticidade, é a atitude facilitadora disposta pelo terapeuta, na qual este se permite ser genuíno na relação com o cliente, colocando à disposição sua experiência real. Em suas pesquisas e práticas clínicas, Rogers defende que a mudança parece surgir por meio da experiência em uma relação, assim quanto mais genuína essa relação for, maior é a possibilidade de promover mudanças positivas. Desse modo, ter consciência dos próprios sentimentos é essencial para que essa atitude aconteça, e, com isso, o terapeuta pode expressar o que também existe nele, abrindo espaço para que o cliente busque a sua própria experiência. Além de ter consciência, é necessário que ao ser genuíno, o indivíduo esteja disposto a valorizar sua experiência e a do outro, pautando-se na honestidade e na capacidade de deparar-se com a diversidade verdadeira do cliente (ROGERS, 1997).
Dando prosseguimento, Rogers traz a consideração positiva incondicional como segunda condição para o processo de mudança dos indivíduos na ACP, na medida em que é instaurado um clima psicológico favorável facilitado pela aceitação da experiência do outro. Dessa forma, ao aceitar e ter apreço pelo cliente, o terapeuta está viabilizando uma relação permeada por uma consideração afetuosa, independente do estado de sofrimento que o cliente se encontra no momento presente. Com isso, firma-se o compromisso de não rotular ou patologizar o indivíduo, valorizando-o como digno de respeito, como ser único repleto de singularidades. Entende-se, portanto, que apesar de dar importância ao discurso e ao comportamento do cliente, o terapeuta não deve prescrever o que o indivíduo tem que fazer, mas sim ser um facilitador nesse processo de escolha do cliente, tendo em vista o seu potencial (ARAÚJO; FREIRE, 2014).
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