Princípios Filosóficos do Behaviorismo Radical e Prática Clínica

por Viviane Gabriela de Oliveira- Acadêmica de Psicologia

TEMA: 6 Princípios filosóficos do Behaviorismo Radical e prática clínica

Visão Monista

Não há uma distinção entre físico e metafísico no ser humano, pois o mesmo é considerado como portador de uma natureza material, por isso acaba afastando a metafísica e o dualismo “mente-corpo”. Na clinica analítica-comportamental, a fim de compreender o que o indivíduo está passando a busca de aspectos não físicos não acontecem, pois o comportamento é uma relação entre eventos naturais entre o organismo e o ambiente, e de acordo com Skinner o organismo não armazena experiências e é modificado por elas.

Determinismo

Característica das ciências naturais, o pressuposto básico, é que na natureza um evento não ocorre por acaso, mas em decorrência de um ou mais fenômenos. Para compreender o determinismo, é necessário explicar o presente a partir do passado, sendo assim o futuro não pode explicar o presente. Quando o assunto é o comportamento, o determinismo é facilmente aceito em relação ao restante da natureza do que em relação com o indivíduo.

O modelo clínico analítico-comportamental segue a partir de queixas do cliente, primeiramente é necessário compreender os fenômenos comportamentais relacionados a essas queixas, ou seja, é preciso investigar e isso se torna uma postura terapêutica com melhor vinculo “ terapeuta-cliente”, aumentando assim a chance do cliente se autodescrever. A investigação dos determinantes dos comportamentos clínicos relevantes do cliente caracteriza-se como uma tarefa fundamental da clínica.

Interacionismo

Define-se, segundo o Behaviorismo Radical, como interação discretas por meio de contingências. Com relações de dependência entre eventos, e na Psicologia entre comportamentos e eventos ambientais.

A compreensão de como o cliente se comporta é feito por meio de uma relação e raciocínio de interação, ou seja, apresenta comportamentos públicos na presença de sentimentos específicos. O comportamento é um fenômeno histórico, e para isso o behaviorista radical clínico, precisa entender as concepções e quais delas ocorrem, e não portanto, onde ou como estaria armazenado. Essa terapia Analítico-comportamental é voltada para como o cliente se comporta sobre a vida, ou seja, sobre as contigências.

Contextualismo

Refere-se ao comportamento no contexto, e baseia-se nas relações funcionais, não lineares, entre comportamento e ambiente. O contextualismo fucional vê os eventos comportamentais como a interação entre o organismo como um todo e um contexto que é definido tanto historicamente quanto situacionalmente.

Externalismo

É o que determina é o que tem dentro da pessoa. O ambiente que determina o comportamento, sendo ele privado ou não. A visão Skinneriana não exclui o mundo dentro do indivíduo, não atribuindo causa e nem uma dimensão metafísica. As contingências ambientais são as variáveis independentes, enquanto os comportamentos são as variáveis dependentes.

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