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Processos Psicológicos Básicos II

Por:   •  27/9/2019  •  Bibliografia  •  1.166 Palavras (5 Páginas)  •  164 Visualizações

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Teorias de Motivação

Universidade Tiradentes

Discente: Carolina Freitas de Mendonça

Disciplina: Processos Psicológicos Básicos II

Docente: Larissa Leal Moura

Texto: BARRERA, Sylvia Domingos. Teorias Cognitivas da Motivação e a Sua Relação com o Desempenho Escolar. Poíesis Pedagógica - V.8, N.2 ago/dez.2010; pp.159-175.

Citações

  1. O papel da motivação na aprendizagem e no desempenho parece incontestável, não se restringindo à vida acadêmica, mas estendendo-se às diferentes habilidades e situações da vida cotidiana. A motivação é necessária não apenas para que a aprendizagem ocorra, mas também para que sejam colocados em ação os comportamentos e habilidades aprendidos. (p. 160)
  2. Em geral, é possível afirmar que o estudo da motivação trata dos “motivos da ação humana”, isto é, do aspecto dinâmico ou energético da ação, aquilo que move o comportamento. Assim, a motivação é responsável pelo início, manutenção e/ou término de uma dada ação. De acordo com Witter (1984), os conceitos de motivação utilizados nas diferentes abordagens psicológicas, geralmente enfatizam um ou vários dos seguintes aspectos: determinantes ambientais; forças internas do indivíduo (necessidade, desejo, impulso, instinto, vontade, propósito, interesse); incentivo (alvo ou objeto que atrai ou repele o indivíduo) repele o indivíduo). (p. 160)
  3. A princípio, pode-se atribuir à motivação intrínseca os comportamentos que são realizados por si próprios, sendo que o prazer ou o reforço advém da própria realização da atividade. [...] Já a motivação extrínseca ocorre quando a atividade é exercida para atender a outro propósito, por exemplo, quando alguém se dedica a estudar apenas para passar no exame, ou para receber um elogio ou mesmo um prêmio por parte dos pais e/ou professores. (p. 161-162)
  4. A Teoria da Atribuição Causal desenvolvida por Weiner (1985) coloca as cognições no centro do processo motivacional. Weiner enfatiza a capacidade espontânea do ser humano para refletir sobre os acontecimentos passados, de modo a tirar conclusões para orientar o comportamento futuro. (p. 162)
  5. É importante destacar que existe grande variação na maneira como diferentes pessoas interpretam uma mesma situação, de acordo com as informações que selecionam e com a forma pessoal de processá-las. (p. 163)
  6. É possível analisar as diferentes causas ou explicações elaboradas pelas pessoas para explicar seus êxitos ou fracassos, de acordo com três dimensões básicas, as quais, por sua vez, estão diretamente associadas às reações cognitivas, emocionais e comportamentais observadas. Essas dimensões são: o lócus de causalidade, a estabilidade e a controlabilidade (WEINER, 1985). (p. 163)
  7. As consequências emocionais e comportamentais resultantes das diferentes dimensões da atribuição causal podem interferir de forma significativa nos níveis de realização ou desempenho acadêmico, profissional e mesmo no domínio das relações interpessoais. A dimensão estabilidade / instabilidade das causas do sucesso ou fracasso, por exemplo, está associada a expectativas de repetição ou de mudança do resultado em novas situações (aspecto cognitivo) fazendo com que a pessoa sinta-se otimista/confiante ou pessimista/desanimada em relação ao futuro, podendo decidir, em função disso, se vale a pena manter o investimento na tarefa, por meio do esforço e da persistência frente às dificuldades, ou se, ao contrário, desistirá da tarefa, apresentando comportamentos de evitação e/ou fuga2 (WEINER, 1985; FONTAINE, 2005). (p. 164)
  8. [...] apesar dos sucessos e fracassos sempre despertarem emoções agradáveis, no primeiro caso, e desagradáveis, no segundo, ocasionam também, em função da interpretação de suas causas, uma variada gama de reações afetivas que afetarão o comportamento do sujeito. Os sucessos e fracassos atribuídos a fatores internos causam emoções mais intensas, pois afetam a auto-estima da pessoa. Além disso, os afetos associados às atribuições causais influenciam a motivação, determinando a intensidade do investimento na tarefa, ou o grau de persistência frente às dificuldades encontradas. (p. 165)
  9. A Teoria da Atribuição Causal também tem sido utilizada para explicar os comportamentos agressivos, de condenação e de ajuda. Em geral, os sentimentos de raiva e o comportamento agressivo baseiam-se num julgamento prévio da culpabilidade do outro, apoiado na convicção de que a ação julgada era intencionalmente hostil ou, no mínimo, negligente. Quando as causas invocadas são consideradas incontroláveis, tais sentimentos desaparecem ou são fortemente atenuados, embora a tristeza associada ao acontecimento permaneça. Da mesma forma, quando consideramos uma pessoa responsável por seus próprios infortúnios, atribuindo sua situação a causas controláveis, temos maior tendência a condená-la e menos tendência a ajudá-la. O sentimento de piedade e o desejo de ajudar geralmente estão associados a causas ou situações consideradas incontroláveis, sendo maximizados quando tais causas são consideradas também estáveis (WEINER, 1985). (p. 168-169)
  10. As crenças pessoais nas próprias capacidades também estão relacionadas aos processos afetivos, influenciando o nível de stress e depressão experimentados frente a situações percebidas como ameaçadoras. Não é a pura percepção da situação aversiva, mas a crença na ineficácia pessoal para lidar com ela (ou seja, a ausência da percepção de controle sobre a situação), a principal fonte de stress. A crença na ineficácia para executar os objetivos desejados diminui a autoestima, podendo dar origem a sentimentos de depressão (BANDURA, 1989). (p. 171)
  11. As crenças de eficácia pessoal têm origem em quatro fontes principais: as experiências de êxito, as experiências vicárias, a persuasão verbal e os indicadores de estados fisiológicos (BANDURA,1989; BZUNECK, 2001). (p. 172)
  12. Cabe à escola, enquanto ambiente social e educativo privilegiado, contribuir para a construção de representações positivas nos alunos a respeito de suas próprias habilidades, sem escamotear algumas dificuldades que possam existir, porém enfatizando sempre a capacidade do ser humano de superar e transformar a si mesmo, bem como à realidade em que vive. (p. 174)

Texto: As Teorias Motivacionais de Maslow e Herzberg

Citações

  1. [...] o indivíduo contribui para a manutenção e sobrevivência da organização em troca de um incentivo que poderá ser pagamento, participação, reconhecimento ou outro tipo de aliciente. Para estimar o equilíbrio entre o incentivo e a contribuição é necessário avaliar o grau de satisfação do indivíduo, ou seu moral, que decorre do grau em que suas necessidades são satisfeitas. (p. 1)
  2. as forças internas, conscientes ou inconscientes, que levam o indivíduo a determinado comportamento. Essas forças são denominadas necessidades ou motivos. (p. 2)
  3. O psicólogo americano Abraham H. Maslow concluiu que um indivíduo procura satisfazer suas necessidades dentro de uma seqüência lógica, uma espécie de hierarquia, em que as necessidades de nível mais baixo dominam o comportamento do indivíduo até estarem suficiente satisfeitas, quando então entra em ação outra necessidade de nível mais elevado. (p. 2)
  4. Herzberg dividiu os fatores que causam satisfação e insatisfação no trabalho em duas categorias, os que atendem a necessidades instintivas das pessoas e os que atendem a necessidades humanas individualizadas. (p. 5)
  5. Resumindo podemos afirmar que a insatisfação no cargo é função do contexto: se os fatores higiênicos estiverem ausentes, geram total insatisfação, mas se estiverem presentes não geram grande satisfação. Por outro lado, a satisfação no cargo é função do próprio trabalho: se os fatores motivacionais estiverem presentes geram muita satisfação, mas se estiverem ausentes não geram nenhuma insatisfação. (p. 6)
  6. [...] . Em outras palavras, um estado de insatisfação pode ser gerado pela ausência de fatores extrínsecos aos trabalho como qualidade da supervisão, relações interpessoais, salário, condições de trabalho, mas sua presença não gera grande satisfação. (p. 7).

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