Psicologia Comparada

BEHAVIORISMO RADICAL

Desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner o behaviorismo radical consiste na associação entre um estímulo e a consequência dele. Skinner tenta, então, delinear uma variante para o behaviorismo que trate dos acontecimentos mentais como um comportamento interno, cuja descrição é acessível à observação experimental. O texto do livro “The Operational Analysis of Psychological Terms”, tem por objetivo apontar as causas do comportamento e, nessa investigação, as suposições sobre os sentimentos e outros estados mentais são descartados.

O behaviorismo radical baseia-se na praticidade, não faz distinção entre os mundos subjetivos e objetivos, e se concentra em conceitos e termos, e o objetivo da ciência do comportamento é descrever em termos que se tornem familiares e explicados, buscando a ampliação da nossa experiência natural do comportamento por meio da observação precisa. Ele propõe restaurar a introspecção sob os limites daquilo que pode ser observada dentro da pele humana, nesse sentido, busca observar o corpo e sua interação com o ambiente, equilibrando os acontecimentos externos antecedentes e os ocorridos no mundo privado, interno a cada um. Esse tipo de abordagem facilitaria o estabelecimento de uma linguagem comportamental apta a traduzir os termos mentalistas, sempre do ponto de vista behaviorista.

O behaviorismo radical foi desenvolvido como uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano, as pesquisas experimentais constituem a análise experimental do comportamento, enquanto as aplicações práticas fazem parte da análise aplicada do comportamento. A análise de um comportamento (seja ele cognitivo, emocional ou motor) deve envolver, além das respostas em questão, o contexto em que ele ocorre e os eventos que seguem as respostas. Propõe um paradigma de condicionamento não linear e estatístico, em oposição ao paradigma linear e reflexivo das linhas teóricas precedentes do comportamentalismo. Em suma, Skinner defende que a maioria dos comportamentos humanos são condicionados de modo operante.

CONDICIONAMENTO OPERANTE OU INSTRUMENTAL

Classificamos como operante aquele comportamento que produz consequências e é afetado por elas. Todo comportamento é influenciado por seus resultados, havendo um estímulo reforçador, podendo ser positivo , quando fortalece o tipo de comportamento (recompensa), ou negativo, quando tende a inibir certo comportamento (punição).

COMPORTAMENTO OPERANTE

Ocorre sem qualquer estímulo antecedente externo observável. A resposta do organismo parece ser espontânea , ou seja, não relacionada com qualquer estímulo observável.

CONTIGÊNCIAS

Nenhum estímulo é um reforço, ele torna-se reforçador, dependo da relação deste com o comportamento. Quando uma contingência se diz positiva significa que há apresentação de um estímulo que pode ser agradável ou desagradável; Quando a contingência é negativa significa que há remoção de um estímulo que pode ser agradável ou desagradável.

CONTINGÊNCIAS OPERANTES

Reforço positivo é a apresentação de um estímulo agradável após um comportamento desejado. Aumenta a frequência o comportamento.

Reforço negativo é a remoção de um evento desagradável após o comportamento desejado. Aumenta a frequência do comportamento.

Punição positiva diminui as chances do comportamento voltar a ocorrer, acrescentando um situação aversiva.

Punição negativa diminui as chances do comportamento voltar a ocorrer , retirando o reforço.

Extinção é a suspenção do reforçamento sobre o responder, significa o retorno da probabilidade do respondedor às taxas anteriores.

Na fuga o indivíduo tenta sair de uma situação aversiva. Processo no qual o comportamento reforçado é aquele que termina com o estímulo aversivo em andamento.

Esquiva é o processo no qual os estímulos aversivos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo que permite que o indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência ou reduza a magnitude dos estímulos.

Discriminação é a manutenção de uma resposta na presença de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença do outro.

Generalização é quando um estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de um estímulo similar, mas diferente.

BEHAVIORISMO METODOLÓGICO

John B. Watson, com a publicação do artigo intitulado “Psicologia: como os behavioristas a veem”, inaugura, em 1913, o termo que passa a dominar uma das mais expressivas tendências teóricas ainda