Psicologia Da Educaçao
Pesquisas Acadêmicas: Psicologia Da Educaçao. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Naaly • 17/9/2013 • 2.391 Palavras (10 Páginas) • 497 Visualizações
Henri Wallom
Introdução
O trabalho mostrara a vida a obra do grande psicólogo, medico, filosofo e militante Henri Wallon.
Destacara a psicogênese da pessoa completa com ênfase na psicogênese da criança e demonstrara os campos funcionais: Movimento, afetividade, inteligência e a pessoa, expondo também a psicologia genética onde ele acredita que a atividade do homem é inconcebível sem o meio social e sua posições teóricas focando que não há verdades absolutas.
Biografia de Henri Wallon
Henri Wallon nasceu na frança em 15 de junho de 1879, Tornou-se bem conhecido por seu trabalho científico sobre Psicologia do Desenvolvimento, devotado principalmente à infância.
Antes de chegar a psicologia passou pela filosofia e medicina e ao longo da sua carreira foi cada vez mais explicitas a aproximação com a educação. Em 1902, com 23 anos, formou-se em filosofia pela escola normal superior, cursou também medicina, formando-se em 1908.
Viveu num período marcado por instabilidade social e turbulência política, as duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para a libertação das colônias na áfrica atingiram boa parte da Europa e, em especial a frança.
Em 1914 atuou como medico do exercito francês, permanecendo vários meses no front de combate. O contato com lesões cerebrais de ex-comandantes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes. Até 1931 atuou como médico de instituições psiquiátricas.
Paralelamente à atuação de medico e psiquiatra consolida-se seu interesse pela psicologia da criança. Na 2a guerra mundial atuou na resistência francesa contra os alemães, foi perseguido pela Gestapo, teve que viver na clandestinidade.
De 1920 a 1937, é o encarregado de conferencias sobre psicologia das crianças na Sorbonne e outras instituições de ensino superior. Em 1925 publica sua tese de doutorado “A criança turbulenta”. Inicia um período de intensa produção com todos os livros voltados para a psicologia da criança. O ultimo livro “Origens do pensamento na criança, em 1945”.
Em viaja para moscou e é convidado para integrar o circulo da Rússia nova, grupo formado por intelectuais que se uniam com o objetivo de aprofundar o estudo do materialismo dialético e de examinar as possibilidades oferecidas por este referencial aos vários campos da ciência. Neste grupo o marxismo que se discutia não era o sistema de governo, mas a corrente filosófica.
Em 1942, filiou-se ao partido comunista, do qual já era simpatizante, manteve ligação com o partido até o final da vida. Em 1948 cria a revista “Enfase”. Neste periódico, que ainda hoje tenta seguir a linha editorial inicial, as publicações servem como instrumento de pesquisa para os pesquisadores em psicologia e fonte de informação para os educadores. Faleceu em 1962.
Posições Teóricas
A obra de Henri Wallon é perpassada pela idéia de que o processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e possibilidades.
Uma das consequências desta postura é a crítica às concepções reducionistas: Wallon propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. Para Wallon, a cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade.
A Influência do Fator Orgânico e a Ênfase no Fator Social
Wallon reconhece que o fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do pensamento; ressalta, porém, a importância das influências do meio. O homem, para Wallon, seria o resultado de influências sociais e fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode desconsiderar nem um nem outro aspecto do desenvolvimento humano. Por outro lado, para Wallon as potencialidades psicológicas dependem especialmente do contexto sócio-cultural. O desenvolvimento do sistema nervoso, então, não seria suficiente para o pleno desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Desenvolvimento do Pensamento
Wallon define que desenvolvimento é o processo pelo qual o indivíduo emerge de um estado de completa imersão social em que não se distingue do meio para um estado em que pode distinguir seus próprios motivos dos motivos oriundos do ambiente. Deste modo, desenvolver-se torna-se-ia sinônimo de identificar-se em oposição ao mundo exterior.
O desenvolvimento ocorreria, para Wallon, por uma sucessão de estágios, à maneira da teoria de Piaget, mas através de um processo assistemático e contínuo, em que a criança oscila entre a afetividade e a inteligência. O desenvolvimento é movido por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à combinação de acomodação, assimilação e equilibração na teoria piagetiana. Entretanto, ao contrário de Piaget, Wallon acreditava que o processo não é tão bem delimitado, mas constante, podendo haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar a atividades anteriores ao estágio. Um estágio não suprime os comportamentos anteriores, mas sim os integra, resultando em um comportamento que é a acumulação das partes. A teoria de Wallon confronta-se com o Behaviorismo neste ponto. Enquanto um comportamentalista acredita que a aprendizagem é um processo de modelagem onde vários comportamentos são condicionados e posteriormente extintos, Wallon afirma que o comportamento aprendido não é extinto, mas sim integrado ao posterior. Por exemplo, durante a aprendizagem da escrita, a criança primeiro aprende a desenhar algo semelhante a um círculo, para posteriormente "puxar a perninha" e escrever um "a". O comportamentalista afirma que o comportamento de desenhar o círculo foi extinto, mas Wallon vai mais além e afirma que foi integrado a outros comportamentos ou, para usar um termo mais adequado à teoria walloniana, integrado a outras aprendizagens.
Campos Funcionais
Para Wallon, a cognição está alicerçada em quatro categorias de atividades cognitivas específicas, às quais se dá o nome de campos funcionais. Os campos funcionais seriam o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa.
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