Psicologia Da Educação
Monografias: Psicologia Da Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Thaahf • 25/4/2013 • 3.058 Palavras (13 Páginas) • 729 Visualizações
“Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para.” - Cazuza
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO;
2. SIGMUND FREUD;
3. JEAN PIAGET;
4. HENRI WALLON;
5. LEV S. VIGOTSKY;
1. INTRODUÇÃO
O trabalho aqui apresentado tem o objetivo de expor as principais idéias e contribuições teóricas dos grandes expoentes da historia educacional, apontando suas influencias na pratica pedagógica e a relação interdisciplinar entre a psicologia e a educação.
2. SIGMUND FREUD
Freud nasceu em Freiberg, Tchecoslováquia, no dia 6 de maio de 1856. Este foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise e responsável pela revolução no estudo da mente humana. Formado em medicina e especializado em tratamentos para doentes mentais, ele criou uma nova teoria contribuindo com a ciência do século XIX, com a psicanálise. Ou seja, área de conhecimento que abrangia o estudo do inconsciente humano, a fim de entender as doenças mentais e futuramente até o próprio homem. Nessa perspectiva, a contribuição de Freud foi de fundamental importância para o campo científico, haja vista que, agora a mente humana se tornou alvo de estudos e principalmente, graças às conclusões freudianas, o entendimento do funcionamento biológico dos seres humanos ficou mais completo, devido a não separação entre o corpo e a mente. Fato esse que não acontecia nas ciências biológicas nesse período. A teoria psicanalítica, não ficou somente presa ao âmbito da medicina e das ciências biológicas, pelo contrário, Freud buscou desde a fundamentação de sua teoria, relacionar o pensamento filosófico ao pensamento neurológico, ampliando as suas fontes de conhecimento em grandes campos do saber, envolvendo a questão da sexualidade em todos os seus sentidos e principalmente cogitar a influencia que os instintos sexuais atuam em nossos problemas, angústias, sonhos e comportamentos. Até na própria educação e moralidade a teoria psicanalista buscou formular interpretações, problematizando assim o excesso de poder e de repressão que o processo educacional atua nos indivíduos, levantando a hipótese de que várias histerias que acontecem em nossa civilização estão ligadas aos tempos em que a criança está desenvolvendo um processo de aprendizagem e de interação social. As maiores, e principais contribuições de Freud para a educação se encontram a seguir: A Psique é divida em três componentes estruturais: id, ego e superego. Os desejos sexuais acompanham o ser humano desde criança, mas são reprimidos enquanto a criança é educada por não ser certa a demonstração deste perante a sociedade. Os desejos, principalmente os reprimidos, os instintos, e a sensibilidade sensitiva são a parte inconsciente de nossa mente chamada id. Há uma parte que atua como censura sobre o “principio de prazer” chamada ego, e serve como reguladora para nos adaptarmos e controlarmos nossos desejos. O superego age na nossa mente como uma consciência do que se pode ou não fazer. O ego tem a função de regulador do id e do superego. Os três pilares da psicanálise são: a censura, o conteúdo psíquico dos instintos sexuais e o mecanismo de transferência. A censura é representada pelo superego que inibe os desejos sexuais para que não sejam demonstrados. O superego só age depois de certa idade, pois enquanto criança não há noção das leis impostas pela sociedade e é quando podem ocorrer os atos falhos, que vem dos desejos reprimidos. O desenvolvimento psicossexual, ao contrário do que muitos defendem, para Freud inicia-se a partir de quando o bebê sai do ventre de sua mãe. Esse desenvolvimento é dividido em fases, sendo elas: oral, anal, fálica, latência, e genital.
Fase Oral: Que se passa no período de zero a um ano aproximadamente é a mais precoce e reina quase absoluta nos primeiros anos de vida. Nesta época a criança tem um Ego muito pouco desenvolvido: tão pouco desenvolvido como foi a ‘parte racional’ do homem primitivo. Usa da boca como forma de percepção do mundo e geralmente por isso que ela leva tudo o que tateia a boca. O seio da mãe proporciona a alimentação e satisfação do desejo do bebê nessa fase.
Fase Anal: Que vai do período de dois a quatro anos aproximadamente. Diferenciando-se consciente e inconsciente, de modo que a expressão do pensamento ao nível instintivo está mais afastada do consciente. Como manifestação instintiva, ao nível da zona de crescimento, as fantasias se expressam como incorporação e expulsão dos objetos pelo ânus (e pela uretra), assim como antes se fazia pela boca. Os objetos são comparados às fezes e à urina. Do ponto de vista afetivo, uma característica que vem da fase oral assume contornos mais nítidos. Os objetos – mãe e pai – são alvos de afetos de dois tipos – amor e agressão –dependendo da satisfação e da frustração sentida. Chama-se a isto de ambivalência afetiva. Mais tarde, os impulsos de amor e de agressão deixam de atuar separadamente. Em face dos objetos familiares os impulsos agressivos se subordinam aos do amor. Isto ocorre no final do desenvolvimento desta fase.
Fase Fálica: Que acontece no período de quatro a seis anos aproximadamente. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não têm pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo de castração). É neste momento que a menina tem medo de perder o seu pênis. Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.
Fase de Latência: O período que vai de seis a onze anos aproximadamente. Após a vivência do complexo de Édipo e com um superego já formado, a criança entra numa fase de latência que é caracterizada por uma diminuição da atividade sexual. Esta etapa começa por volta dos cinco anos e estende-se até a puberdade. A criança ao deparar-se com a impossibilidade de tornar efetiva a satisfação das pulsões sexuais é obrigada a renunciá-las e a voltar-se para objetos que não pertencem à sua estrutura familiar primária. A vergonha, o pudor, o nojo, a
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