Psicologia Da Educação

Psicologia da Educação

Etapa 1 – Passo 2

Teoria Psicanalítica

Sigmund Freud (1856-1939) chocou o mundo no início do século XX com a ideia de que acontecimentos vivenciados na infância são determinantes para que ocorram distúrbios da personalidade na idade adulta, ou seja, mostrou a importância dos primeiros anos de vida na formação da personalidade, na saúde mental e na adaptação social ou no desenvolvimento de doenças. Sua teoria pressupõe que ”processos inconscientes permeiam” as várias etapas da vida, onde a personalidade e formada pelo desenvolvimento da sexualidade.

Freud diz também que existem fases psicossexuais do desenvolvimento:

Fase oral: é pela boca que a criança sente prazer, por onde a criança explora o mundo.

Fase anal: a libido passa de oral para anal.

Fase fálica: a criança passa a ter interesse pelos órgãos genitais.

Período de latência: a libido está projetada para fora do corpo.

Fase genital: o sujeito já atingiu o desenvolvimento de adulto normal, com as adaptações biológicas e psicológicas já realizadas.

Freud desenvolveu o modelo topológico: inconsciente, pré-consciente e consciente.

Consciente: fenômenos que podem ser percebidos conscientemente pelo indivíduo

Pré-consciente: fenômenos que não estão conscientes, mas podem vir a tornar-se.

Inconsciente: fenômenos que não são conscientes e só sendo trabalho podem tornar-se.

Estruturas dinâmicas da personalidade: id, ego e superego.

Id: é formado pelos prazeres, instintos, impulsos orgânicos, desejos inconscientes e é predominado pelo princípio de prazer.

Ego: é predominado pelo princípio da realidade, retarda a possibilidade de prazer, visa a harmonia entre o Id e o superego.

Superego: predominado pelos valores da sociedade, é a porção moral da mente humana.

Behaviorismo:

Segundo John Watson 1878-1958, os psicólogos precisavam utilizar métodos objetivos e estudar comportamentos observáveis.

O behaviorismo surgiu em oposição ao mentalismo e a introspecção, é concreto, com pesquisas comportamentais.

No fim do século passado, a ciência de modo geral começou a colocar uma forte ênfase na obtenção de dados ditos objetivos, em medidas, em definições claras, em demonstração e experimentação.

Esta influência teve repercussão na psicologia no começo do século XX, com a proposta behaviorista feita por Watson em 1924.

“Por que não fazemos daquilo que podemos observar, o corpo de estudo da psicologia?” Desta forma, Watson propôs: uma oposição ao mentalismo, o estudo do comportamento, a adesão ao evolucionismo biológico, a realização de teste de hipótese de preferência com grupo de controle, objetividade na coleta de dados, realizar experimentação, etc.

Watson buscou uma psicologia sem alma, sem mente, sem traços subjetivos, buscando estudar apenas o comportamento em si.

Neste contexto, a “caixa de Skinner” foi um instrumento para experiências com animais e foi através deste experimento que o psicólogo pode descrever os tipos de reforços (positivo negativo e punição). Essa experiência foi usada na modelagem de comportamentos e foi através da mesma que se pode notar a obtenção de novos comportamentos através do reforço e, ainda, que comportamentos indesejados foram extintos com o não reforçamento do comportamento. Fica evidenciada a relação entre a aprendizagem e controle dos estímulos do meio ambiente dentro desta perspectiva abordada. Isto é, a aprendizagem é vista como um produto da organização dos estímulos por parte do professor. Assim, o professor tem a função de planejar de modo rigoroso cada aula, organizar e controlar os estímulos do ambiente e, ainda, empregar a escala de reforço com a finalidade de que o aluno obtenha comportamentos adequados e que condizem com o ambiente escolar.

Após expor os principais pontos da corrente behaviorista, podemos notar que a concepção da mesma acerca da aprendizagem é ambientalista, ou melhor, tanto o desenvolvimento quanto a aprendizagem são determinado pelo meio ambiente, e por isso dá-se grande importância aos estímulos encontrados neste ambiente.

Em suma, podemos dizer que o behaviorismo é o conjunto de teorias psicológicas que usam o comportamento humano como objeto adequado de estudo, mas o sentido deste termo foi se modificando desde Watson. Então o behaviorismo passou a se dedicar ao estudo das interações entre os indivíduos e o meio ambiente.

Gestalt:

A mais coerente história da psicologia, segundo seus estudiosos, entre eles Ernst March (1838), MaxWestheimer (1880) e outros.

A psicologia de Gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo, o todo é diferente das partes.

Estas têm suas leis, que coordenam seus elementos, assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou ideia. Desta forma o psicólogo Chirstian Von Ehrenfels, lançou em 1890 as futuras pesquisas sobre a psicologia Gestalt, com duas características da forma: as sensíveis, inerentes ao objeto e as formas que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossas ideias e nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção.

Gestalt vê o indivíduo como um todo, de uma forma holística.

Gestalt explica como algo acontece com base no conhecimento do indivíduo, sob a ótica deste indivíduo.

Construtivismo

Esse movimento foi instaurado na Rússia em 1914. É uma das teorias empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve, entre o indivíduo e o meio que vive.

A teoria construtivista diz que o conhecimento ocorre a partir da interação do sujeito com o meio, onde se dá um processo interativo em que a espontaneidade tem um papel importante. A idéia é que o ser humano não