Psicologia Da Educação
Casos: Psicologia Da Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: chupisco • 5/12/2014 • 3.852 Palavras (16 Páginas) • 246 Visualizações
INTRODUÇÃO
Atualmente enfrentamos alguns problemas como corrupção, falta de saúde e educação de qualidade, fome, miséria, egocentrismo, entre outros, que atormentam a população brasileira. A sociologia vem, nesse sentido, oportunizar reflexões e direcionar perguntas a fim de que não tenhamos um conformismo e despertarmos para o querer de uma sociedade mais justa.
O intuito deste trabalho é trazer a tona questões sociais ligadas à educação, porém não há como se referir a educação sem antes mencionar política, pois a educação é derivada condutas políticas de um país.
No decorrer irei citar dois importantes sociólogos, Emile Durkheim e Max Weber, o primeiro foi o pai da sociologia da educação e trouxe em sua bagagem literária alguns pontos fortes que merecem reflexão. Pontos marcantes também foram abordados por Weber e que também merecem destaque.
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DESENVOLVIMENTO
Emile Durkheim, sociólogo francês, que foi o precursor da sociologia da educação, traz em sua literatura que o indivíduo é que nasce da sociedade, e não a sociedade que nasce do indivíduo. O traço marcante da obra desse auto é referente à sociedade sobre o indivíduo que tem pelo menos dois sentidos.
O primeiro refere-se à ênfase na histórica das sociedades em que os indivíduos se assemelham uns aos outros e estão, por assim dizer, perdidos do todo, com relação àquelas sociedades cujos membros adquiriram ao mesmo tempo consciência da sua responsabilidade e da capacidade que têm de exprimi-la.
A segunda vertente baseia-se em uma prioridade lógica de explicação dos fenômenos sociais. Se a solidariedade mecânica precedeu a solidariedade orgânica, não se pode, com efeito, explicar os fenômenos da diferenciação social e da solidariedade orgânica a partir dos indivíduos. A consciência da individualidade não pode existir antes da solidariedade orgânica e da divisão do trabalho. A busca racional do aumento da produção não pode explicar a diferenciação social, pois esta pressupõe tal diferenciação social.
Educação, segundo o ponto de vista de Durkhein, é a relação derivada da influência das coisas sobre os homens e é diversa daquela que provém dos próprios homens; e a ação dos membros de uma geração sobre os outros, difere da que os adultos exercem sobre as crianças e os adolescentes. Tomando como referência os princípios da solidariedade orgânica baseada nas diferenças entre os homens, tal qual afirmamos anteriormente, Durkheim entende em “Educação e Sociologia” que nem todos os homens são feitos para refletir; será preciso que sempre haja homens de sensibilidade e homens de ação. Os homens não podem dedicar, todos, ao mesmo gênero da vida; existem diferentes funções a preencher. É preciso construir uma harmonia para o trabalho.
Segundo uma concepção durkheimiana a constituição do indivíduo é derivada da assimilação de normas, sejam elas religiosas, morais, éticas e de princípios, que delimitam a vida em sociedade de um indivíduo, tal construção é feita, em sua maioria, pela escola, pela educação.
Durkheim afirma que para definir a educação será preciso considerar os sistemas educativos que existem, ou tenham existido, compará-los e aprender deles os caracteres comuns. Para que haja educação é necessário que haja uma geração de adultos e de jovens, crianças e adolescentes, em que uma ação seja exercida da primeira sobre a segunda. Não há povo em que não exista certo número de idéias, sentimentos e práticas que a educação deve inculcar nas crianças, independente da categoria social a que pertençam. Toda e qualquer educação, seja a dos ricos ou a dos pobres, tem objetivo de fixar ideias nas cabeças dos educandos. Resulta destes fatos que cada sociedade faz do homem certo ideal, tanto do ponto de vista intelectual, quando do físico e moral, um ideal que de certo ponto é o mesmo para todos os homens. Esse ideal, ao mesmo tempo uno e diverso, é que constitui a parte básica da educação.
A educação assegura a diversidade, permitindo especializações. A especialização do trabalho provoca nas crianças sobre um primeiro fundo de idéias e de sentimentos comuns. Com efeito, a educação é para a sociedade o meio pela qual ela prepara, no íntimo das crianças, as condições essenciais da própria existência.
A educação, entendida por Durkheim, é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social, tendo por objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certo número de talentos físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente se destine.
Durkheim em “A Educação Moral” aponta que as crianças não fariam senão reproduzir um traço das sociedades primitivas. Como os selvagens, as crianças estão sob o domínio das paixões que as torna impotentes à contenção. É preciso constituir através da educação os estágios originais que não estão formados nas crianças. A criança pertence ao domínio das paixões e habita entre os selvagens. Entre ela e os adultos normais há o fosso da mais radical dicotomia e polarização. Há que sufocar e cortar a sua curiosidade, sua mobilidade, vivacidade e imaginação. Há que instigar a obediência que o dispositivo pedagógico transformará em espírito de disciplina. Suas tendências serão vigiadas, medidas, avaliadas, instigadas e fortalecidas aos moldes do adulto civilizado.
Disciplinar não é poupar forças do educador e nem estimular na criança o desejo de instituir-se, a disciplina tem em sua base a função de atuar como um instrumento moral. A moralidade da classe depende da firmeza do mestre, e uma classe indisciplinada é um perigo moral porque a efervescência é coletiva. A complacência com a fraqueza infantil esquece que as crianças são as primeiras a sentirem-se bem com uma boa disciplina porque, como os povos, são felizes quando se sentem bem governadas.
Durkheim afirma em “A Educação Moral” que a ausência de disciplina produz confusão e sofrimento de não saber o que é o bem, nem o que é o mal; o que se deve fazer e o que não se deve; o que é lícito e o que é ilícito. Em uma classe bem disciplinada não há nem confusão, nem o sofrimento, mas a saúde e o bom humor. Cada aluno está em seu lugar e sente-se bem onde está.
A educação satisfaz, antes de tudo, a necessidades sociais. Durkheim afirma
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