Psicologia Da Saúde
Trabalho Universitário: Psicologia Da Saúde. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Monick18 • 17/3/2015 • 1.082 Palavras (5 Páginas) • 190 Visualizações
Monick Pessoa de Farias Rodrigues – 2014123682 – PSI 111.3
A priori, entende-se o conceito de psicologia da saúde como subcampo da psicologia que visa a promoção da saúde e o tratamento e prevenção da doença assim como a compreensão da doença com um fenômeno coletivo. O processo de saúde/doença visto como representações de um conhecimento social busca promover a educação e melhoria dos serviços de saúde junto com as políticas públicas. Seu maior propósito é o planejamento de programas para ajudar as pessoas a melhoras seus hábitos e sua qualidade de vida, promovendo mudanças de comportamentos que comprometem a saúde.
O campo da Psicologia da Saúde abrange questões da saúde que relacionam o indivíduo e o social, configurando uma área especifica da Psicologia Social. Questiona-se também a contraposição do saber psicológico, voltado para saúde/doença e a práticas psicológicas com objetivo de reflexão.
As áreas que abrandem a temática da saúde são vastas, como a Sociologia da Saúde, Antropologia da Saúde e até mesmo a Economia da Saúde, cada uma delas com sua atuação bem definida. Porém a Psicologia teve um processo tardio e ainda busca definir o seu campo de atuação, deixando de lado os enfoques centrados no indivíduo abstrato abordado na Psicologia Clínica.
Por mais que a Psicologia não tenha uma atuação bem definida, ela, diferente das outras disciplinas, tem real aplicação prática na área da saúde como campo de saber, bem como está intimamente relacionada com as transformações que ocorrem com a inserção do psicólogo na saúde.
Até recentemente a Psicologia se resumia em dois aspectos: em primeiro lugar, a psicologia mantinha seu foco em clínicas particulares, com atendimentos individualizados e sua clientela eram basicamente pessoas de um elevado nível social, ou seja, não havia a inserção dos serviços públicos de saúde. Sua segunda dimensão eram atividades voltadas aos hospitais e ambulatórios de saúde mental, que, até recentemente, era subordinada apenas a Psiquiatria, enfatizando o uso de medicações e internação.
O trabalho com as clinicas-escola foi uma das alternativas de inserção do psicólogo, trabalhando com uma população menos privilegiada de uma comunidade, o que contribuiu bastante para reflexões sobre o conceito de saúde mental. O trabalho conjunto do psicólogo com outros profissionais da área de saúde em hospitais e consultórios contribuiu para o aperfeiçoamento de técnicas de diagnósticos e intervenções, visando o desenvolvimento de técnicas comportamentais. O papel do psicólogo na equipe geralmente é como um facilitador no processo de tratamento, preparando o paciente para cirurgias e outras intervenções como dando apoio emocional e representando um agente passivo de modo geral.
Levando em consideração inserção do psicólogo e a constituição da psicologia da saúde como um campo de saber, a Coordenadoria de Saúde Mental criou equipes de saúde mental integradas por um psiquiatra, um assistente social, e um psicólogo que passaram a atuar em centros de saúde do Estado. Constituindo-se assim uma rede de serviços integrados com atuações nos níveis primário, secundário e terciário.
Porém a constituição dessas equipes não se deu tão simples assim. Houve resistências por parte dos demais profissionais, pois eles não compreendiam o papel dos demais membros das equipes. Também faltava o embasamento teórico-prático para a compreensão da suas novas atuações, pois fugia da sua atuação tradicional. Muitos profissionais relatavam que não sabiam o que estavam fazendo e como estavam sozinhos, sem a ajuda de um assistente de saúde, por exemplo, se sentiam perdidos no processo, ou seja, não sabiam com atuar.
Em países como a Inglaterra e Cuba, a inserção do psicólogo nos serviços de saúde também são exemplos de como ela se constituiu como um campo específico de saber. Na Inglaterra os psicólogos dos serviços de saúde são voltados ao atendimento primário. Enquanto Cuba integra a prática psicológica aos serviços de saúde em todos os níveis de atenção (primário, secundário e terciário), visando não apenas as práticas assistenciais, mas também nas áreas de pesquisas e formação de recursos humanos. Em 1968 o psicólogo foi integrado, pela primeira vez, à equipe de saúde pelo Plano
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