Psicologia Do Delito
Ensaios: Psicologia Do Delito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 342436 • 16/9/2013 • 1.671 Palavras (7 Páginas) • 639 Visualizações
Psicologia do Delito
Delito ® psicólogos procuram compreender os delitos (suas motivações) e não definí-los apenas ® ato complexo e multifacetado
• Trabalho psicológico do jurista ® estudar todos os fatores determinantes da reação pessoal ao ambiente
• Delitos aparentemente iguais e determinados por circunstâncias semelhantes podem ter significados distintos ® e conseqüentemente devem ter julgamentos distintos
• O delito do ponto de vista psicológico ® conseqüência do conflito de forças e fatores que o determinaram
Que fatores são esses?
1. A constituição corporal ® o fator morfológico determina em muito o tipo de reação pessoal ® Ex: homem alto e forte e homem pequeno e fraco ® pode envolver sentimento de superioridade/inferioridade
2. Temperamento ® primitiva tendência de reação ante os estímulos ambientais
Ex: Temperamento astênico= “sangue de barata”
Temperamento hipertireóideo= “sangue quente”
® Temperamento é diferente de caráter como veremos mais à frente ® um indivíduo pode ter temperamento astênico e em função disso, ter caráter mais rancoroso
3. Inteligência ® uma pessoa inteligente tem mais recursos para lidar com a adaptação
® Como já vimos, o pensamento abstrato se relaciona diretamente com o juízo moral
4. Caráter ® Diz respeito a conduta externa de um indivíduo, ou melhor, transição entre fatores endógenos e os fatores exógenos integrantes da personalidade ® resultante do jogo de forças
Endógenos ® conduta animal
Exógenos ® completa submissão ao meio
5. Experiência anterior de situações análogas (hábitos) ® se o indivíduo foi reforçado ou punido em seus atos anteriores, isso levará a tendências comportamentais
® Pessoas inteligentes podem evitar punições e, com isso, vemos alta correlação inteligência/reincidência
6. Constelação ® Influência da vivência imediatamente antecedente à ação ® o estado de ânimo anterior depende de estímulos exteriores e interiores ® Ex: efeito de crowding e calor
7. Situação externa atual ® é o estímulo desencadeante da reação pessoal ® podemos ter situações típicas para o delito onde a maioria das pessoas responderia do mesmo modo ® temos que ter um modelo bastante completo da situação
8. Tipo médio da reação coletiva em vigência ® é o comportamento padrão/médio das pessoas diante da mesma situação ® pois a conduta individual reflete em muito a conduta social (existe influência recíproca entre indivíduo e meio) ® Ex: reação machista
9. Modo de percepção subjetiva da situação ® as impressões do protagonista diante da situação ® suas percepções ® seus motivos ® deixar o indivíduo fazer um relato espontâneo (sem interrupções que levam à racionalização) e após, contrapor com a versão oficial dos fatos e dados materiais
Fases Intra-Psíquicas da Ação Delitosa
São elas ® intelecção (ou gnósia), desejo, deliberação (ou dúvida), decisão/realização
1. Intelecção ® surge a “idéia” do delito (pensamento da finalidade já existe)
2. Desejo ® o indivíduo começa a gostar da idéia
3. Deliberação ® surgem antíteses e conseqüentes oscilações e dúvida ® começa a ser desenhado o delinqüente em potencial ® o propósito surge (“vou fazer”) ® pode ser que o processo pare neste ponto e a ação não seja levada adiante
4. Decisão/realização ® ação em marcha ® passagem do propósito ao delito propriamente dito
A fronteira entre o propósito e o delito é de fundamental importância para a Psicologia Jurídica
® Tal passagem não está condicionada apenas pela oportunidade
® Obviamente existem ameaças envolvidas (e possíveis sofrimentos maiores do que o delito visa evitar)
® Podem, nesta fase, ser reativadas as antíteses da fase deliberativa
Os direitos dos criminosos são levados mais em conta quanto maior é a violência com que recorrem as últimas fases do processo delitógeno ® Pois sendo assim, evidencia-se a impossibilidade de censuras éticas e, conseqüentemente, se conduz o processo à ajudas corretivas (e não à sanções punitivas)
Motivação e Delito
Psicologia do Delito ® essencialmente uma psicologia do afeto e da conação (fase entre os sentimentos atrativos e repulsivos e a ação explícita)
® Indivíduo ao nascer não tem limites (portanto tem todas as tendências
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