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Psicologia E Religião

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Por:   •  5/9/2014  •  2.607 Palavras (11 Páginas)  •  294 Visualizações

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Trabalho tem como objetivo de estabelecer uma articulação entre psicologia e a religião e entender como se dá o pensamento religioso no comportamento humano. A religião é uma abordagem baseada em fé, convicções e crenças que, em suma, prega a ligação do ser humano com o divino e outros aspectos místicos, e busca o equilíbrio entre o homem, como ser moral, e sua espiritualidade, através da interação entre as exigências e necessidades de ambos, gerando comportamentos e hábitos diferenciados. Desde os tempos mais remotos, o homem sempre sentiu necessidade e intuição de acreditar em algo maior e, de certo modo, explicar os motivos de suas falhas através dos deuses ou de um único Deus. De acordo com Alves (2002), a religião vem da necessidade de significar os símbolos existentes na cultura humana, dar nomes às coisas e diferenciar coisas de pouca importância das coisas de suma importância que implicam seu destino, sua vida e sua morte.Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia,Sociologia ou qualquer outra ciência social, de um agrupamento humano em qualquer época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. As religiões são então um fenômeno inerente à cultura humana, assim como as artes e técnicas. Hoje em dia, apesar de todo o avanço científico, o fenômeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previsões que anteviram seu fim. A grande maioria da humanidade pratica alguma crença religiosa direta ou indiretamente e a religião continua a promover diversos movimentos humanos, e mantendo estatutos políticos e sociais.

Desse modo, nosso trabalho se divide em duas etapas: descrever o que é religião e apresentar o que os principais expoentes da psicologia falam sobre o assunto.

Encontrar uma definição para a religião é não é uma tarefa fácil. Tillich (1957), afirmou que ser religioso significa perguntar sobre o significado da vida e estar aberto para essas respostas. A ação entre Psicologia e Religião, foi exposta o que autores da Psicanálise e da teoria analítica junguiana tinham a acrescentar sobre o assunto. É confirmada a hipótese de que há uma articulação entre psicologia e religião, pois é comprovado que a religião está enraizada no comportamento humano e a psicologia atua na psique e no comportamento do mesmo. O QUE É RELIGIÃO

A religião é um movimento externo ao indivíduo, diferente de sua espiritualidade que são movimentos internos no mesmo. A religião age no indivíduo com intuito de provocar uma forma de exercer essa espiritualidade. De acordo com Valério (2009), a palavra religião origina-se do latim "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino, englobando qualquer forma de aspecto místico e religioso, elaborando doutrinas e formas de pensamento que tem como característica a crença no mundo espiritual por intermédio da fé e convicções. Por intermédio da religião, o ser humano acredita em divindades, ou uma força que rege a tudo, demonstrando uma necessidade inerente ao comportamento humano. A religião também sempre esteve vinculada, de certa forma, ao processo de evolução social do homem, assim como a política. A história da humanidade é marcada pelo estabelecimento dos diversos sistemas de crenças através dos movimentos políticos e religiosos. Isso demonstra a capacidade humana de se adaptar, sempre introduzindo novos ideais. Para a autora “a religião é considerada não só um fenômeno psicológico, mas também um fenômeno sociológico e histórico, sendo esta uma das expressões mais antigas da alma humana.” (SILVA, 2009). Para Costa (2008), a religião não se interessa apenas com assuntos teológicos e questões da fé, pois se aprofunda como instituição, deixando de ser só um ideal. Com profunda influência no comportamento humano, a religião se modificou e se adaptou junto com o sistema de poder vigente, e com ela surgiram valores éticos e morais, crenças, mitos, lendas e isto causou um impacto profundo de como se vê a realidade, como a mesma é percebida. A referida autora afirma que a religião em seu sentido etimológico, é uma forma do indivíduo estabelecer, dentro dos rituais, um contato com uma divindade: “Em si, ela não é o essencial e, sim, o impulso que o indivíduo tem de se ligar a Deus. A religião acaba sendo importante na medida em que facilita essa ligação.” (COSTA, 2008,). As religiões e a evolução humana são fatos interligados, tanto, que para melhor entender sua evolução pode buscar suas origens cronologicamente, comparando as primeiras religiões e as atuais, observando as evoluções tanto do homem quanto à sua crença. (VALÉRIO, 2009)

ARTICULAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA E RELIGIÃOA psicologia e a religião são interpretadas distintamente. A primeira por ser ciência, a segunda por ser uma experiência voltada ao espírito humano e sua ligação com o divino. A psicologia no seu sentido etimológico é um estudo da alma, enquanto a religião uma religação com um ser supremo (Deus). Há uma articulação entre as duas, visto que, a religião é explorada pelas diversas abordagens dos grandes expoentes da Psicologia. – Psicologia unindo Deus e o ser humano. Para Fromm (1962), não há cultura seja ela do passado e provavelmente no futuro que não tenha a religião como parte integrante. “Entendo por religião qualquer sistema de pensamento e ação seguido por um grupo, e capaz de conferir ao indivíduo uma linha de orientação e um objeto de devoção”. (FROMM, 1962).A necessidade de um sistema de orientação e de um objeto de devoção é inerente ao ser humano. Assim, o homem se torna livre para escolher o tipo de religião que deseja seguir ou não, lembrando que cultivar a razão é um tipo de devoção também. De acordo com Freud (2006e), a formação da religião surgiu de uma necessidade de defesa contra as forças da natureza, como todas as outras realizações da civilização. No indivíduo, ela surge da fraqueza e o desamparo. Esse desamparo é inicialmente o complexo paterno em função do desamparo da criança, e posteriormente, o desamparo do adulto que a continua, ou seja, uma forma que a humanidade encontrou para lidar com as suas angústias, seus medos e suas incapacidades.

Na teoria psicanalítica, há três estruturas no aparelho psíquico: Id, ego e superego, sendo que as três instâncias possui núcleo inconsciente e somente o ego é pré-consciente e consciente. As exigências por obtenção de satisfação do Id e do superego têm como mediador o ego, pois este tem contato com a realidade. Sendo então que, o superego (resultado das introjeções e projeções ao longo da vida do indivíduo), dentro de novos estudos, tem se mostrado equivalente ao Id, em seu poder de desejo e pressão sobre o ego: “Com isso, uma aquisição cultural teria a mesma força que a herança

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