Psicologia Grupal

RELATÓRIO DE DINÂMICA DE GRUPO

“CAIXA SURPRESA”

INTRODUÇÃO

Esta dinâmica tem como objetivo refletir sobre o medo e a resistencia que os indivíduos tem de enfrentar novos desafios na vida, principalmente no trabalho. A maioria das pessoas tentam evitar e prorrogar situações de mudanças e que requerem iniciativa e geralmente acabam perdendo grandes oportunidades.

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Almeida (1973), a dinâmica de grupos funciona como um processo de democratização, pois leva os indivíduos a participarem e terem responsabilidades, além de desenvolverem o espírito de iniciativa. É também um veiculo de socialização à medida que possibilita a convivência.

Desde o nascimento, o indivíduo participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social (ZIMERMAN & OSÓRIO, 1997). Apesar disso, o grupo, no seu início, desencadeia resistencias. Nessa fase surge o medo, porque o grupo ainda é desconhecido, inexplorado e isso gera uma contradição: os membros querem e ao mesmo tempo não querem estar inseridos no grupo (PICHON-RIVIERE, 1985).

A motivação no trabalho, por exemplo, manifesta-se pela orientação do empregado para realizar com presteza e precisão as suas tarefas e persistir na sua execução até conseguir o resultado previsto ou esperado. Geralmente salientam-se tres componentes na motivação: o impulso, a direção e a persistência do comportamento

DESCRIÇÃO DA DINÂMICA

Para esta dinâmica será utilizada uma caixa “surpresa”, embrulhada para presente e um celular, para deixar uma música tocando.

Solicita-se que os participantes fiquem em pé e façam um circulo entre eles, de forma que fiquem olhando uns para os outros. Em seguida coloca-se uma musica para animar os participantes e determinar o momento de “parada” da caixa. Inicia-se entregando a caixa de presente nas mãos de um deles e pede-se para que passem a caixa de mão em mão, no sentido horário do círculo. A pessoa que estará conduzindo a musica ficará de costas para os participantes, de modo que não tenha influência sobre a escolha da pessoa que ficará com a caixa na mão, quando a musica parar.

O condutor explica a todos que dentro da caixa há um desafio a ser cumprido e que quem estiver com a caixa nas mãos quando a musica parar, terá que abri-lá, ler o desafio e realizá-lo. Entretanto, nas duas primeiras rodadas, os participantes que ficarem com a caixa na mão, terão a opção de não abrir a caixa e não querer realizar a tarefa; eles podem passar a vez e continuar a brincadeira. Porém, na terceira rodada da dinâmica, ou seja, o terceiro participante que ficar com a caixa nas mãos não terá escolha, terá que abrir e realizar o desafio. Dentro da caixa haverá um bombom, com um bilhete escrito “Coma o chocolate”.

DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO DO DIA DA APLICAÇÃO

Foi solicitado que os participantes ficassem em pé, formando um círculo entre eles. Uma das aplicadoras explicou como seria a dinâmica: as regras e os procedimentos que teriam que realizar. Utilizando um celular, colou-se a música; os participantes começaram a passar a caixa de mão em mão, tranquilamente. Alguns tinham mais pressa em passar, expressando sinais de ansiedade e medo; outros pareciam se divertir com a brincadeira. Na primeira “parada” da música a participante que ficou com a caixa nas mãos parecia um tanto nervosa, sorriu e disse “Ai meu Deus, e agora?” Uma das aplicadoras respondeu “Você pode escolher.....quer abrir a caixa e enfrentar o desafio que está aí dentro? Ou vai querer passar e continuar a brincadeira?” A participante ficou confusa e disse “Ai ai, eu posso passar né?” A aplicadora respondeu que sim. E a brincadeira continuou; mais uma vez a música começou a tocar e a caixa passava de mão em mão. Na segunda “parada”, a participante que ficou com a caixa parecia ansiosa, mas ao mesmo tempo animada. Uma das aplicadoras perguntou se ela gostaria de abrir. Rapidamente ela respondeu que sim; disse que estava com medo, mas também curiosa, por isso quis abrir. E assim o fez. Ao ler a mensagem “coma o chocolate” em voz alta, deu uma risada e disse “Eba, que delícia!”; e cumpriu o desafio, comendo o bombom.

Uma das aplicadoras