Psicologia Institucional
Por: joycemreis • 13/5/2017 • Trabalho acadêmico • 929 Palavras (4 Páginas) • 554 Visualizações
Bethania Reis do Marco RA 004201500173
Bruna Tays da Fonseca Consul RA 004201501682
Joyce Martins dos Reis RA004201500690
Rodrigo RA
Questão nº 1
A partir da compreensão e dos conceitos da Psicologia Institucional, como podemos compreender as atitudes e os sintomas vividos pelo Sr. Brice e seus subordinados?
Podemos perceber no sr. Brice no início da intervenção uma postura defensiva que utiliza do recurso da extrema racionalização para camuflar sua subjetividade permeada de medos e inseguranças com a nova distribuição de cargos e serviços.
Por conta de seu sucesso num passado não muito distante, dentro da empresa, ele sente-se parte integrante dela a ponto de confundir-se com ela.
Porém quando a empresa e seus produtos começam a não ter tanto sucesso, ele não faz o esforço de se perceber co-reponsável por esse processo e acha um facilitador na atribuição da culpa aos gerentes. Pois a sua segurança anterior que se sente ameaçada com a existência dos novos cargos dos 3 novos gerentes.
Esse mal-estar é também manifesto de maneira física em forma de insônia, obsessões e úlceras no estômago. E é sabido que as causas não físicas dos males do estômago podem estar ligadas ao sentimento de rejeição, originário da dificuldade em lidar (ou “digerir”) as novas situações, dificuldades com novos modos de trabalho, com mudanças no ambiente, com pessoas específicas e circunstâncias não aceitas ou não compreendidas. Todos esses elementos podem ser vistos como fatores ameaçadores ou que no mínimo levam a uma nova adequação, aceitação para a busca de solução.
Na sequência disso ele entende que o seu controle de tudo, poderia ajudar no sucesso da empresa. Essa necessidade de controle externo de toda a situação da empresa é utilizada de modo a esconder, como uma “muleta” o descontrole de sua construção interna.
Mas como o avanço das intervenções e abordagens clínicas, o Sr. Brice consegue não mais se esquivar de si mesmo e assim consegue externar suas subjetividades, seus medos e angústias separa isso do contexto externo, refreando suas atitudes de passar (ou até mesmo culpabilizar) os gerentes por todos os insucessos da empresa na situação atual.
Um grande ponto de mudança observado foi a descentralização dos trabalhos e uma maior confiança na delegação de atividades que poderiam ser distribuídas entre a equipe. A partir do momento em que o Sr. Brice tem os insights, ele consegue ter mais facilidade para fazer também um distanciamento físico da empresa, permitindo a si mesmo um período de férias fora do período de férias coletivas da empresa.
Os subordinados do Sr. Brice que foram promovidos à gerência tinha grande experiência na área técnica. No entanto para os novos cargos havia a necessidade de um treinamento específico. A falta disso levou os gerentes a uma confusão com relação às suas próprias aptidões atrelado a isso estava o extremo controle do seu superior direto e com isso a falta de autonomia. Além disso eles se tornariam superiores aos seus colegas de trabalho, sem terem tido tempo, experiência e treinamento para lidar com toda a situação humana, fora todos os compromissos novos inerentes ao cargo.
Isso tudo os levou a um processo de autodesvalorização, de perda do sentido de seus papéis e missões. A promoção os leva a perceber uma possível desqualificação para o cargo, o que gera neles um conflito pois a própria promoção subjetivamente os fez acreditar em uma alta qualificação (que eles não conseguem reconhecer em si mesmos no dia a dia).
Porém com o progresso das intervenções esses três gerentes percebem que seu mal estar dentro da empresa e com seus novos cargos não decorre de sua possível incompetência e sim de toda uma (des)estrutura organizacional e do peso colocado sobre eles de dar conta de uma “perfeição” inalcançável, peso este imposto pelas inseguranças do Sr. Brice.
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