Psicologia Juridica
Exames: Psicologia Juridica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jonasshakur2 • 4/6/2014 • 605 Palavras (3 Páginas) • 395 Visualizações
na história brasileira. A seguir, serão apresentados os
principais campos de atuação do psicólogo jurídico,
com uma sucinta descrição das tarefas desempenhadas
em cada setor. Objetiva-se, ainda, que o artigo possa ser
utilizado como referência bibliográfica para disciplinas
de Psicologia Jurídica, pois seu caráter introdutório foi
delineado com esse propósito.
A história da atuação de psicólogos brasileiros
na área da Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento
da profissão, na década de 1960. Tal inserção
deu-se de forma gradual e lenta, muitas vezes de
maneira informal, por meio de trabalhos voluntários.
Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando
estudos acerca de adultos criminosos e adolescentes
infratores da lei (Rovinski, 2002). O trabalho do
psicólogo junto ao sistema penitenciário existe, ainda
que não oficialmente, em alguns estados brasileiros há
pelo menos 40 anos. Contudo, foi a partir da promulgação
da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84)
Brasil (1984), que o psicólogo passou a ser reconhecido
legalmente pela instituição penitenciária (Fernandes,
1998).
Entretanto, a história revela que essa preocupação
com a avaliação do criminoso, principalmente
quando se trata de um doente mental delinquente, é
bem anterior à década de 1960 do século XX. Durante a
Antiguidade e a Idade Média a loucura era um fenômeno
bastante privado. Ao “louco” era permitido circular com
certa liberdade, e os atendimentos médicos restringiam-
-se a uns poucos abastados. A partir de meados do
século XVII, a loucura passou a ser caracterizada por
uma necessidade de exclusão dos doentes mentais.
Criaram-se estabelecimentos para internação em toda
a Europa, nos quais eram encerrados indivíduos que
ameaçassem a ordem da razão e da moral da sociedade
(Rovinski, 1998). A partir do século XVIII, na França, Pinel
realizou a revolução institucional, liberando os doentes
de suas cadeias e dando assistência médica a esses seres
segregados da vida em sociedade (Pavon, 1997).
Após esse período, os psicólogos clínicos começaram
a colaborar com os psiquiatras nos exames psicológicos
legais e em sistemas de justiça juvenil (Jesus,
2001). Com o advento da Psicanálise, a abordagem frente
à doença mental passou a valorizar o sujeito de forma
mais compreensiva e com um enfoque dinâmico. Como
consequência, o psicodiagnóstico ganhou força, deixando
de lado um enfoque eminentemente médico para
incluir aspectos psicológicos (Cunha, 1993). Os pacientes
passaram a ser classificados em duas grandes categorias:
de maior ou de menor severidade, ficando o psicodiagnóstico
a serviço do último grupo, inicialmente.
Desta forma, os pacientes menos severos eram encaminhados
aos psicólogos, para que esses profissionais
buscassem uma compreensão mais descritiva de sua
personalidade. Os pacientes de maior severidade,
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