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Psicologia Na Educação

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Por:   •  30/9/2014  •  3.370 Palavras (14 Páginas)  •  220 Visualizações

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Introdução

A preocupação central do presente trabalho é discutir como a Psicologia tem servido e pode servir à educação, considerando que, no conjunto das ciências que fundamentam o ensino, ela é vista por muitos como a principal subsidiária, uma ciência auxiliar que teria acabado por assenhorear-se da Pedagogia. A meta principal, aqui, será buscar entender como se dá a transposição dos conhecimentos de um determinado corpo científico para os limites da sala de aula, para o que serão analisadas algumas correntes de pensamento da Psicologia.

Sigmund Freud

As teorias Psicanalíticas tiveram início com os estudos de Sigmund Freud e repercutiram em todos os campos do conhecimento psicológico. Contudo, ao contrário das demais teorias em Psicologia, a Psicanálise não surgiu na psicologia acadêmica, mas sim na clínica médica. Essas teorias revolucionaram a concepção e o tratamento de problemas emocionais, como também o campo de estudo do comportamento, visto terem surgido num período em que o objeto de estudo da Psicologia consistia na análise da consciência e em que o comportamento humano era estudado a partir de uma visão mecanicista e positivista.

A primeira teoria psicanalítica de Freud é sobre o aparelho psíquico. Ele dividiu o conteúdo mental em partes, com as seguintes denominações:

CONSCIENTE- Tudo aquilo que conhecemos: as percepções do mundo, lembranças, sentimentos, etc.;

INCONSCIENTE- Maior conteúdo da vida mental, lugar teórico dos impulsos instintivos e das representações reprimidas;

PRÉ-CONSCIENTE- Sistema psíquico que serve de intermediário entre o inconsciente e o consciente, onde se encontram as representações que podem se tornar conscientes e que tem por função selecionar atos motores e vias de pensamento para a consciência.

Freud classificou os instintos de duas formas:

INSTINTOS DE VIDA- Instintos que servem para a autoconservação (fome, sede, fuga a dor), como também, para a preservação da espécie (sexo);

INSTINTOS DE MORTE- Instintos que estão relacionados ao desejo de morrer.

Freud atribuiu grande importância à sexualidade. Esse é um dos grandes aspectos que caracteriza sua teoria. Para ele, o impulso básico e fundamental para o ajustamento da personalidade é a libido.

A segunda teoria de Freud é sobre a personalidade. Segundo ele, a personalidade é composta de três sistemas (ID, EGO e SUPEREGO), sendo o comportamento resultante da interação entre eles.

O ID se constitui no reservatório de energia psíquica, é onde se localizam os impulsos de vida e de morte. Corresponde ao inconsciente na primeira teoria e, é regido pelo princípio do prazer.

O EGO é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do ID, as exigências da realidade e as ordens do SUPEREGO. É regido pelos princípios da realidade e do prazer e, tem por funções básicas: percepção, memória, sentimentos e pensamentos.

O SUPEREGO surge a partir das internalizações das proibições, dos limites e da autoridade; suas funções são os ideais e a moral; seu conteúdo refere-se às exigências sociais e culturais. O superego é o último sistema a se desenvolver no indivíduo.

(Sigmund Freud)

Em suma, podemos afirmar que Freud tratava de seus pacientes tentando trazer à consciência tudo aquilo que estava inconsciente.

Usando como fonte milhares de horas de cuidadosa audição e análise (assim como auto-observação), Freud formulava hipóteses ou intuições a respeito da personalidade. Procurava testar suas ideias à medida que tratava as pessoas. Comparando suas hipóteses com observações posteriores Freud procurava explicar cada fato, não importando quão trivial parecesse. Insistia em que todos os detalhes se ajustam perfeitamente entre si. Procedendo desta maneira, formulou teorias abrangentes sobre a personalidade normal e anormal, teorias essas que continuou a revisar através de toda a sua vida, à medida que as observações clínicas se confirmavam.

Os seguidores de Freud sustentavam as seguintes teses gerais:

• Os psicólogos devem estudar as leis e os determinantes da personalidade (normal e anormal) e elaborar métodos de tratamento para as desordens da personalidade.

• Os motivos inconscientes, as lembranças, os medos, os conflitos e as frustrações são aspectos muito importantes da personalidade. Trazer esses fenômenos à consciência é uma terapia crucial para as desordens da personalidade.

• A personalidade é formada durante a primeira infância. A exploração das lembranças dos primeiros cinco anos de vida é essencial ao tratamento.

• A forma mais apropriada de estudar a personalidade é dentro do contexto de um relacionamento íntimo e prolongado entre o paciente e o terapeuta. Durante o curso dessa associação, os pacientes relatam pensamentos, sentimentos, lembranças, fantasias e sonhos (introspecção informal), enquanto o terapeuta analisa e interpreta o material e observa o comportamento do paciente.

A teoria psicanalítica criou uma revolução na concepção e tratamento dos problemas emocionais e gerou interesse entre os psicólogos acadêmicos pela motivação inconsciente, a personalidade, o comportamento anormal e o desenvolvimento infantil. As ideias psicanalistas encontram-se muito vivas atualmente, apesar das grandes modificações que enfrentaram.

Jean Piaget

Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação. Aos onze anos percebeu um melro albino em uma praça de sua cidade. A observação deste pássaro gerou seu primeiro trabalho científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.

Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento

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