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Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação

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Por:   •  30/9/2014  •  Resenha  •  2.407 Palavras (10 Páginas)  •  539 Visualizações

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Fichamento

Psicologia das Habilidades Sociais: Terapia e Educação

De acordo com Caballo (1993), examinou noventa estudos realizados entre 1970 a 1986, verificando que os componentes das habilidades mais estudados foram: contato visual (78% dos estudos), latência da resposta (48%), volume da voz (43%), sorriso e tempo da fala (37%), solicitações de mudança de comportamento (36%) e gestos (34%). Este autor propõe um sistema de análise da dimensão pessoal em classe e subclasses que incluem componentes comportamentais, cognitivos e fisiológicos.

Um exame detalhado desses componentes evidencia a dificuldade de se obter critérios de classificação que atendam satisfatoriamente aos requisitos da coerência interna. Alguns componentes são classificados pelo conteúdo e outros pela topografia. Por outro lado, alguns componentes diferem bastante entre si quanto à abrangência/especificidade. É o caso de auto revelação, quando comparada com perguntas, ou ainda de pedidos de participação em atividades em relação ao conteúdo de enfretamento.

É possível organizar um rol dos componentes da dimensão pessoal das habilidades sociais utilizando-se os critérios: a) da mútua exclusão, b) semelhança em termos de abrangência/especificidade; e c) da natureza funcional ou topográfica dos comportamentos. Essa relação apresenta três classes mais amplas de componentes: os comportamentais, os cognitivos-afetivos e os fisiológicos e uma classe adicional de outros componentes que não poderiam ser incluídos nas anteriores.

Os componentes comportamentais das habilidades sociais referem-se à aspectos diretamente observáveis, subdivididos em verbais de conteúdo, verbais de forma e não verbais. Nos verbais de conteúdo procurou-se manter um nível semelhante de extensão, incluindo-se pedir feedback e dar feedback, componentes pouco referidos na literatura da área, com raras exceções e sobre serão feitas considerações.A subclasse verbais de forma mantém os principais componentes descritos na literatura e recebe essa denominação porque envolve, de fato, a topografia da fala.

• Componentes verbais

A conversação verbal, cotidiana ou não, possui signos que regulam o intercâmbio verbal e possibilitam a compreensão do que se fala. Embora o verbal possa ocorrer ou deixar de ocorrer numa interação social face a face, o não verbal está presente e tem um grande peso na comunicação. Pesquisas mostram que na comunicação apenas 35% do significado é verbal, contrapondo-se a 65% de não verbal.

• Fazer perguntas

Estudos verificaram que a maioria dos participantes de um grupo tinha dificuldade em obter informações e as suas condições de vida de alteraram para melhor quando aprenderam à fazer perguntas, explicitando claramente o que desejavam saber e insistindo em seus direitos de obter informações.

• Solicitar mudança de comportamento

È um recurso educativo com o qual as pessoas têm experiência ao longo da vida desde as primeiras fases do desenvolvimento. Conforme Bower e Bower (1977, p176), a solicitação de mudança de comportamento deve à descrição do comportamento que se pretende suprimir, a expressão de desagrado que ele causa, a especificação do comportamento que seria indicado e as possíveis consequências da mudança.

• Lidar com críticas

Pessoas com baixa auto estima, sentimentos negativos de auto eficácia e estilo atribucional derrotista podem apresentar maior dificuldade para lidar com críticas. A crítica verdadeira pode ser expressa de forma inadequada pelo seu conteúdo, forma e ocasião.

• Dar / receber feedback

A solicitação de feedback permite à pessoa regular seu padrão de comportamento ajustando-o, se necessário, às demandas da interação. A tendência a dar e pedir feedback tem sido estudada na Psicologia Social como importante características dos estilos interpessoais, popularizados como representações da “Janela de Johari”, os quais poderiam ser resolvidos com um melhor equilíbrio entre essas duas tendências.

• Componentes verbais de forma na comunicação

Referem-se à topografia verbal do desempenho interpessoal, o interesse recai mais sobre os aspectos formais da fala ( o “como” ) do que sobre o seu conteúdo ( o que se pretende transmitir ).

• Latência e duração da fala

A latência de resposta é uma expressão popularizada pela Análise Experimental do Comportamento, adotada em várias abordagens clínicas, e seu significado refere-se ao tempo decorrido entre a apresentação de um estímulo e a resposta do interlocutor.

A duração da fala representa o tempo em que um dos interlocutores falando sem conceder ao outro a oportunidade de uso da palavra.

• Regulação da fala

As pessoas tendem a regular a comunicação verbal conforme o conteúdo da mensagem, o contexto e o interlocutor.

• Transtornos da fala

São vários os transtornos da fala que podem trazer problemas nas interações sociais. Alguns desses transtornos, como por exemplo a tartamudez excessiva, necessitam de atendimento individualizado e podem requerer mais de uma especialidade de atendimento. Os transtornos mais comuns de fala em relação às habilidades sociais são; as repetições, as vacilações, os silêncios, o emprego de chavões e a prolixidade ou detalhismo.

• Comunicação não verbal

A comunicação não verbal ocorre quando se utilizam recursos do próprio corpo, excluindo-se a vocalização. O chamado comportamento não verbal está sempre presente nas relações face a face, existindo ou não intercâmbio verbal. O estudo do comportamento não verbal tem sua história na Psicologia, a começar por Wundt (1973), com os seus estudos classificatórios dos gestos.

• Funções da comunicação não verbal

Argyle (167/1994) supõe três tipos de função para a comunicação não verbal: a necessidade de se comunicar atitudes e emoções, o apoio não verbal para a comunicação verbal e a substituição da linguagem verbal pela não verbal.

-Substituição da linguagem: frequentemente as pessoas substituem a linguagem por comportamentos não verbais, especialmente nos casos em que estes são mais expressivos do que à fala.

- Regulação da comunicação: em geral a comunicação interpessoal

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