Quem é o Psicólogo Clinico
Por: Flávia Ribeiro • 8/11/2020 • Resenha • 567 Palavras (3 Páginas) • 145 Visualizações
Resenha do texto, quem é o psicólogo clínico.
O autor Luiz Cláudio inicia o capítulo trazendo uma reflexão a respeito da atuação da clínica e seus estereótipos, exercidos tanto pelas representações sociais do psicólogo como a preferência dos estudantes. No qual ele levanta a hipótese de que toda essa questão possa ser um equívoco destinado a profissão ou apenas um modismo resultante de falta de conhecimento e preconceitos.
Dando continuidade ao raciocínio do autor, ele usa o termo desfazer
“confusões” a respeito do psicólogo clínico e da clínica psicológica. Onde o primeiro relata o lugar no qual o psicólogo atua, no qual o psicólogo clínico é restrito ao consultório particular. Depois relata sobre a atuação do psicólogo, sendo ele um profissional liberal e também sobre quais pacientes o psicólogo atende, sendo o clínico aquele que atende clientes particulares, sejam eles indivíduos um a um, grupo ou em família. “Essas confusões apesar de ser fortemente presente no imaginário de muita gente, são relativamente fáceis de serem desfeitos,
A outra confusão relatada pelo autor seria a de que a psicologia básica se opõe a aplicada sendo que como relata o autor ao analisar a história da matriz psicológica que esse argumento não se sustenta pois não havia conhecimento básico suficiente antes de Freud dar início a clínica e a psicanálise. Ainda a ideia errônea que se deve isolar áreas de atuação da psicologia como se fosse algo distinto, este mesmo argumento que deriva daquele que define a psicologia clínica pela área de atuação.
Além disso, a forma de classificação nas áreas de conhecimento da Psicologia onde haveria uma oposição entre a psicologia social e a psicologia clínica, no qual é feito pelos próprios departamentos da psicologia no qual o autor cita os departamentos psicológicos da PUC-SP como exemplo, como se o clínico e os demais psicólogos não se interessassem por todos os outros demais métodos. Pois a clínica é um intervenção, porém é um equívoco pensar que ela é mera aplicação de conhecimentos básicos, limitar a clínica como uma mera área de atuação separada.
Ao se falar sobre os lugares da clínica psicológica é preciso entender a sua triagem histórica, os prestígio da área clínica, pelo olhar cultural se dá pelo fato de que a clínica ao contrário das outras áreas da escuta aos excluídos, e quando as outras áreas desenvolvem a escuta utiliza-se dos conhecimentos do método clínico.
Por fim, é relatado no texto que a clínica pode ser definida através de sua ética, além de trazer a vertente do pensamento do psicólogo como uma escuta de que nosso tempo necessita, para ouvir a si mesmo naquilo que lhe falta palavras. O autor utiliza-se de uma linguagem bastante rebuscada no decorrer do texto, o que é preciso ler e reler algumas vezes para compreender sua intenção, tornando-se uma leitura mais cansativa e por muitas vezes não entendida da sua melhor forma. Porém, a reflexão que o autor trás em todo capítulo é de fato muito importante, pois tem um teor questionativo, o que leva os estudantes a repensarem seus paradigmas com relação às áreas de atuação da psicologia.
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