Quero Ter Uma Fazenda De Abelhas
Trabalho Universitário: Quero Ter Uma Fazenda De Abelhas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 28/11/2014 • 5.630 Palavras (23 Páginas) • 849 Visualizações
Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Roberto Simões
Diretor-Presidente
Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho
Diretor Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
José Claudio Silva dos Santos
Gerente da Unidade de Capacitação Empresarial
Mirela Malvestiti
Coordenação
Luciana Rodrigues Macedo
Autor
Lauri Tadeu Corrêa Martins
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
www.staffart.com.br
Apresentação
1. Apresentação
Produção de mel
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender? O mel é um alimento natural de fácil digestão e muito importante para o equilíbrio do processo biológico do corpo humano, porque contém, em proporções equilibradas: fermentos, vitaminas, minerais, ácidos e aminoácidos, semelhantes a hormônios, substâncias, bactericidas e aromáticas.
A criação racional de abelhas vem obtendo grande destaque no âmbito do agronegócio brasileiro desde os anos 80, não só por suas propriedades como alimento, mas também pela mudança cultural da população que busca melhorar a sua qualidade de vida com uma alimentação saudável. Estas condições proporcionaram o aumento não só do consumo de mel mais a procura por outros produtos apícolas e, consequentemente, sua valorização, possibilitando ao apicultor melhor remuneração. Com isso, o mercado para os produtos da colmeia se expandiu no Brasil e a produção de mel, que era uma tradição quase que exclusiva das regiões Sul e Sudeste, passou a ter destaque também nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A consolidação da boa fase do negócio apícola ocorreu em 2001, com a abertura do mercado internacional para o mel brasileiro. Com isso, o apicultor passou a receber, em média, um valor três vezes maior do que recebia.
O negócio apícola apresenta ainda, como vantagem, baixo volume de investimento, pois não é preciso ser proprietário de terras para iniciar uma pequena produção. Essa possibilidade é potencializada pelas condições tropicais brasileiras e pela utilização das abelhas africanizadas. Portanto, a apicultura representa uma possibilidade real de negócios e inclusão social, mesmo para quem dispõe de poucos recursos.
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Mercado
A apicultura não exige dedicação exclusiva, permitindo aos apicultores desenvolverem outras atividades sem que isso prejudique na criação de abelhas. Isso possibilita ocupação aos membros da família e viabiliza a geração de renda, assegurando a diversificação da produção na pequena propriedade.
Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo
2. Mercado
A Produção de mel brasileira triplicou e as exportações deram um salto de mais de 9.000% em 10 anos. A apicultura nacional virou a página de uma história de produção incipiente e limitada ao consumo local. Hoje, o Brasil é o 11º produtor mundial e o 5º exportador. O mel brasileiro de exportação é cobiçado pelos principais mercados, por ser orgânico e de qualidade.
Graças ao seu clima tropical, ampla área territorial com vasta e variada vegetação, representada pelos seus seis principais biomas: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Pampa Gaúcho, Mata Atlântica e Cerrado, podemos produzir nos 365 dias do ano.
Segundo estudo do Banco do Nordeste do Brasil, “Principais Mercados Apícolas Mundiais e a Apicultura Brasileira”, a apicultura no país se iniciou com enxames trazidos pelos imigrantes com a colonização. Contudo, somente com a introdução de abelhas africanas, em meados de 1956, é que se deu a revolução da apicultura no Brasil, com o cruzamento das duas populações, produzindo um híbrido conhecido hoje de abelhas africanizadas, que são altamente resistentes a doenças, o que nos permite produzir um mel livre do uso de medicamentos.
Estas condições permitem que o Brasil se apoxime da líderança mundial de produção de mel. Projeções do MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, apontam para 2015 uma produção de 100.000 toneladas/ano, sendo 50% desta produção exportada, gerando empregos e divisas para país. Embora as estatísticas existentes sobre o setor sejam divergentes, segundo o MAPA, atualmente, a cadeia produtiva do mel no Brasil, envolve mais de 350 mil apicultores, além de gerar 1.000.000 de ocupações no campo e no setor industrial.
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Localização
Há uma expectativa de aumento do consumo de mel no mercado interno nos próximos anos. Esta expectativa origina-se do baixo consumo “per capita” atual e o aumento de renda da população brasileira observado nos últimos anos, já que o mel é cosiderado um produto caro pela população de baixa renda. Hoje o brasileiro consome cerca de 120 g/ pessoa ao ano, consumo considerado baixo se comparado a alguns paises da Europa, como a Alemanha e a Suíça, onde se calcula um consumo de 1.500 g/pessoa ao ano
Em relação ao mercado externo, nossas exportações deram um novo impulso à partir de 2008. Isto ocorreu, após a remoção de barreiras impostas pela União Europeia a importação do mel brasileiro e a aceitação de nossas certificações, comprovando a qualidade do mel produzido no país, que é isento de defensivos e produto de floradas de matas nativa, totalmente orgânico, algo praticamente único no mundo.
Para conhecer um pouco mais sobre o mercado de comercialização do mel brasileiro, leia a cartilha APICULTURA: UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO SUSTENTÁVEL, preparada pelo Sebrae – BA e disponível em http://www.biblioteca.sebrae.com.br/b ds/BDS.nsf/E3CA0B10F1061D878325766300685F92/$File/NT00042B86.pdf. Acesso em 16 jun 2011.
3. Localização
A localização de uma empresa produtora de mel deve atender aos requisitos das portarias MAPA, 368/97 e 006/85 que classifica os estabelecimentos produtores em Unidade de Extração dos Produtos das Abelhas (UEPA), chamadas popularmente de “casas de mel” e Entreposto dos Produtos das Abelhas (EPA). Outra questão importante é a escolha do local de instalação das colméias, que também trataremos a seguir.
Localização da Casa do Mel (UEPA) / Entreposto (EPA) e sede da Empresa
Recomendamos a leitura das seguintes portarias emitidas pelo MAPA
- Portaria MAPA 368/97 disponível em http://www.cn3.com.
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Localização
br/arquivos/pdfs/32_portaria_n_326_de_3 0_de_julho_de_1997.pdf. acesso em 14 jun 2011; e
- Portaria MAPA 006/85 disponível em http://www.cidasc.sc.gov.br/html/servico_animal/In specao%20Animal/ORIENTA%C7%D5ES%20SOBRE%20ROTULAGEM/MEL%20E% 20DERIVADOS/PORTARIA %20MAPA%2006_85_inspe%E7%E3o%20mel.pdf. acesso em 14 jun 2011
Localização das Colméias
Segundo a Embrapa, dentre os vários aspectos que devem ser levados em conta quando se pretende instalar um colmeial, a disponibilidade de recursos florais é, sem dúvida, a mais importante. A flora apícola é caracterizada pelas espécies vegetais que possam fornecer néctar e/ou pólen, produtos essenciais para a manutenção das colônias e para a produção de mel. O conjunto dessas espécies é denominado "pasto apícola ou pastagem apícola".
Além da importância da flora apícola em torno do apiário, outros fatores são fundamentais para uma produção otimizada, de qualidade e para a facilidade no manejo. Dentre os pontos a serem considerados destacamos:
Acesso
O local do apiário deve ser de fácil acesso, dispondo de acesso a veículos o mais próximo possível das colméias, o que facilita acentuadamente o manejo, o transporte da produção e, eventualmente, das colméias.
Topografia
O terreno do apiário deve ser plano, com frente limpa, evitando-se áreas elevadas (topo de morros, etc.), em virtude da ação negativa dos ventos fortes. Terrenos em
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Localização
manejo das colméias, principalmente durante a colheita do mel.
Proteção contra os ventos
A proteção contra ventos fortes é fundamental para uma melhor produtividade do apiário, pois regiões descampadas, castigadas pela ação de ventos fortes, dificultam o vôo, causando desgaste energético adicional para as operárias.
Perímetro de Segurança
O apiário deve estar localizado a uma distância mínima de 400 metros de currais, casas, escolas, estradas movimentadas, aviários e outros, evitando-se situações que possam levar perigo às pessoas e animais. Outra questão a ser considerada é a distância mínima de 3 km em relação a engenhos, sorveterias, fábricas de doces, aterros sanitários, depósitos de lixo, matadouros, etc., para que não ocorra contaminação do mel por produtos indesejáveis.
Identificação
É aconselhável que o apiário disponha de uma placa de identificação e aviso em relação à presença de abelhas na área. Essa placa deve estar em lugar visível, escrita de forma legível e de preferência a uma distância segura em relação às colméias.
Água
A presença de água é fundamental para a manutenção dos enxames, principalmente em regiões de clima quente, uma vez que a água é usada para auxiliar na termorregulação (em casos extremos, uma colméia pode chegar a consumir 20 litros d'água por semana). Deve-se fornecer para as abelhas fonte de água pura a uma distância de, no mínimo, 100 metros, (para que não haja contaminação pelos próprios dejetos das abelhas, uma vez que elas só os liberam fora da colméia) e no máximo de 500 metros (evitando-se gasto energético acentuado para a sua coleta). Caso o local não disponha de fonte natural (rios, nascentes, etc.), deve-se instalar um bebedouro artificial, tomando-se o cuidado de manter a água sempre limpa.
Sombreamento
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Localização
O apicultor deve procurar instalar seu apiário em área sombreada, mas não úmida em demasia, de forma a evitar os efeitos nocivos das altas temperaturas em relação à qualidade do mel e propiciar o desenvolvimento normal das crias. O sombreamento também pode contribuir para minimizar os efeitos do calor excessivo no apicultor, durante seu trabalho no apiário. O sombreamento pode ser natural (sombra de árvores) ou artificial (coberturas artificiais construídas a partir de diversos materiais, dos mais rústicos aos mais resistentes).
Suporte das Colméias
As colméias devem ser instaladas em suportes, denominados cavaletes, com a finalidade de se evitar o contato direto com o solo, protegendo-as da umidade do terreno e facilitar o manejo. Esses cavaletes devem ser individuais, a fim de que, durante o manejo, não se perturbe a colméia ao lado, em virtude da característica mais defensiva de nossas abelhas.
Esses suportes podem ser feitos de madeira ou metal e devem apresentar proteção contra formigas e cupins. Existem várias soluções para esse tipo de proteção, como pequenas bacias para a colocação de graxa, óleo, etc., funis invertidos, entre outros.
Disposição das Colméias
O alvado (entrada da colméia) deve estar, de preferência, voltado para o sol nascente, estimulando as abelhas a iniciarem mais cedo suas atividades. Entretanto, essa recomendação pode ser sobreposta ao analisarem-se a direção do vento (ventos fortes podem dificultar o pouso e conseqüentemente a entrada das abelhas na colméia), e a distribuição das linhas de vôo (deve-se evitar que a saída das abelhas de uma colméia interfira na outra).
As colméias podem ser dispostas sob várias formas (em linha reta, fileiras paralelas, semicírculo, etc.). Para maiores informações leia a cartilha Sebrae: Localização e Instalação de Apiário. Disponível em http://www.biblioteca.sebrae.com.br/b ds/BDS.nsf/71B3FC39BFDF9A818325727D004AC5E9/$File/NT0003503E.pdf. Acesso em 14 jun 2011.
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Exigências Legais e Específicas
4. Exigências Legais e Específicas
Empresário Rural
O empreendedor que desejar montar um apiário poderá explorar o negócio como empresário rural. Empresário rural é aquele que exerce atividade agrária, seja ela agrícola, pecuária, agro-industrial ou extrativa. O Decreto 73.626/74, que regulamenta a Lei 5889/73, afirma em seu artigo 2º, § 4º, incisos I e II, que a agroindústria compreende o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização, e também o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos produtos in natura.
Assim, para a matéria-prima, o “mel de abelha” oriundo das UEPA´s ou “casas de mel”, considerado pelo MAPA, como o estabelecimento destinado à extração do mel das melgueiras que vem do campo, decantação, acondicionamento, rotulagem, estocagem, envase do mel (em baldes ou tambores) e comercialização exclusivamente a granel dos produtos das abelhas, nos termos do Decreto 73.626/74, o empreendedor poderá atuar como Empresário Rural, devendo sua localização e construção física do estabelecimento atender as determinações estabelecidas pelo MAPA, através da portaria 368/97 e da portaria 006/85.
Nesta condição, o empresário rural deverá verificar junto a Secretaria de Fazenda local os requisitos necessários para sua inscrição e do estabelecimento no Cadastro Geral de Contribuintes de Tributos Estaduais – CGC de seu estado, requisito necessário para emissão de Nota Fiscal, dentre outras obrigações acessórias.
Da Equiparação do Empresário Rural e Urbano e Registro da Empresa
O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, seja pessoa física ou jurídica, pode, nos termos do Art. 971 do Código Civil, requerer a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, ficando equiparado ao empresário. Empresário, nos termos da lei civil, é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços (Art. 966
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Exigências Legais e Específicas
do Código Civil).
O empreendedor que desejar produzir mel com a instalação de um Entreposto (EPA), estabelecimento destinado ao recebimento, extração, seleção, classificação, beneficiamento, manipulação, industrialização, conservação, estoque, embalagem, acondicionamento, fracionamento, rotulagem, expedição e comercialização de produtos das abelhas e/ou fabricação de derivados, deverá requerer sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis. Para inscrição do empreendimento no Registro Público das Empresas Mercantis e demais inscrições o empreendedor poderá consultar o Guia prático para o registro de empresas do Sebrae. Disponível em http://www.sebrae.c om.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/registre- empresa/formalize/integr a_bia?ident_unico=14 Acesso em 14 jun 2011.
As EPAs e UEPAs devem possuir certificação sanitária, e a garantia da aplicação das Boas Práticas Apícolas (BPA) pelo apicultor, de forma a assegurar a rastreabilidade do produto, que são os procedimentos adotados na produção, coleta e extração, que vão permitir identificar a origem do mel que chega ao entreposto, além de estar em conformidade com as demais leis e regulamentos aplicáveis ao setor.
Responsabilidade Técnica
Quando se tratar de manejo sanitário e controle higiênico, sanitário e tecnológico de mel e/ou derivados o responsável técnico deverá ser obrigatoriamente o médico veterinário.
RESOLUÇÃO do CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária nº 582, 11/12/91 - Dispõe sobre Responsabilidade Profissional (técnica), e dá outras providências.
RESOLUÇÃO do CFMV nº 683, 16/03/2001 - Institui a regulamentação para concessão de “Anotação de Responsabilidade Técnica” no âmbito de serviços inerentes à profissão de Médico Veterinário.
Outras Leis Federais Aplicáveis ao Setor
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Exigências Legais e Específicas
Lei federal:
- Lei n. 1.283, de 18 de dezembro de 1950, dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal e estabelece que estejam sujeitos à fiscalização os animais destinados à matança, seus produtos, subprodutos e matérias primas, fazendo a fiscalização nas propriedades rurais; o mel, a cera de abelha e seus derivados são produtos sujeitos obrigatoriamente a fiscalização prévia.
- Lei nº 8.078/90 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
- Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política agrícola. Fixa os fundamentos, define os objetivos e as competências institucionais, prevê os recursos e estabelece as ações e instrumentos da política agrícola, relativamente às atividades agropecuárias, agroindustriais e de planejamento das atividades pesqueira e florestal.
Decretos
Decreto Nº 30691, de 29 de março de 1952. Regulamento da inspeção industrial e sanitária de Produtos de origem animal - RIISPOA
Decreto Nº 5.741, de 30 de Março de 2006
Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências.
Decreto Nº 7.216, de 17 de Junho de 2010
Dá nova redação e acresce dispositivos ao Regulamento dos arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, aprovado pelo Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, e dá outras providências.
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Exigências Legais e Específicas
Portarias
Portaria nº 293, de 01 de Dezembro de 2006
Cria a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos Apícolas, em conformidade com decisão do Plenário do Conselho do Agronegócio em Reunião Ordinária de 8 de abril de 2003.
Portaria nº 9, de 18 De Fevereiro de 2003
Institui o Comitê Científico Consultivo em Sanidade Apícola - CCCSA, que terá por finalidade oferecer subsídios técnico-científicos ao Departamento de Defesa Animal - DDA, para elaboração de normas e procedimentos relacionados à sanidade do plantel apícola brasileiro e à importação de abelhas e produtos apícolas.
Portaria nº 6, de 25 de Julho de 1985
Aprova as Normas Higiênico-Sanitárias e Tecnológicas para Mel, Cera de Abelhas e Derivados
Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico; "Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos".
Resoluções
Resolução nº 001/2010, de 10 de Abril de 2010
Regulamenta o Cadastro Nacional de Apicultor com vistas à emissão da Carteira Nacional de Apicultor.
Instruções Normativas
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Exigências Legais e Específicas
Instrução Normativa 16
Institui o Programa Nacional de Sanidade Apícola -PNSAp, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Instrução Normativa nº 64, de 19 de dezembro de 2008, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Aprova o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal
Instrução Normativa nº 3, de 19 de Janeiro de 2001
Aprova os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Apitoxina, Cera de Abelha, Geléia Real, Geléia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de Própolis.
Resoluções da Anvisa:
Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
- Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 - Aprova Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 26 de dezembro de 2003.
- Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 Aprova Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 26 de dezembro de 2003.
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Estrutura
5. Estrutura
Nos termos da Portaria nº 6, de 25 de Julho de 1985 do MAPA as EPAs e UEPAs deverão, possuir estruturas física adequadas ao seu funcionamento. Para conhecer estes requisitos recomendamos ao empreendedor a leitura da referida portaria.
Colmeial
Segundo a Embrapa existem dois tipos de Colmeial: Fixos e Migratório.
Fixo
Um colmeial fixo é caracterizado pela permanência das colméias durante todo o ano em um local previamente escolhido, onde as abelhas irão explorar as fontes florais disponíveis em seu raio de ação (máximo de 3 km para uma coleta produtiva). Como as abelhas não são deslocadas, permanecendo no colmeial durante todo o ano, a escolha do local assume importância fundamental na manutenção das colméias e produtividade do colmeial. Algumas diretrizes devem ser seguidas para que se possa garantir a segurança em relação a pessoas e animais, em função da presença de abelhas. É recomendável que o colmeial seja cercado, podendo-se utilizar mourões de madeira e arame farpado, ou materiais que estejam disponíveis no local, como bambus, madeiras, etc. Esses materiais alternativos podem reduzir o custo de instalação da cerca, apesar de não terem a mesma durabilidade de uma cerca com arame.
Migratório
Esse tipo de colmeial deve atender à maioria das características de um colmeial fixo, entretanto, é usado na prática da apicultura migratória, em que as abelhas são deslocadas ao longo do ano para locais com recursos florais abundantes. Como a necessidade de deslocamento é freqüente, a maioria dos apicultores prefere não cercar esses colmeiais, o que acarretaria um aumento dos custos (já consideráveis em uma apicultura migratória) e de mão-de-obra para a instalação das cercas.
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Pessoal
Outra característica que o difere do colmeial fixo está baseada nos tipos de cavaletes utilizados. Pela necessidade de praticidade no transporte das colmeias e do restante do material, os cavaletes utilizados devem ser desmontáveis ou dobráveis diminuindo, dessa forma, o volume de carga a ser transportada e o tempo gasto na sua montagem e desmontagem. Alguns apicultores ainda preferem a simples utilização de tijolos e caibros de madeira, para a construção de um suporte para as colmeias. Apesar de esses cavaletes serem de fácil instalação, existem algumas desvantagens com relação ao manejo no caso de as colmeias serem dispostas em um mesmo suporte e pela falta de proteção contra formigas e cupins. A situação menos recomendável é aquela em que as colmeias são dispostas em contato direto com o solo, sem a utilização de qualquer suporte, acarretando prejuízos tanto para o enxame como para a vida útil das caixas.
6. Pessoal
A apicultura não exige dedicação exclusiva, permitindo aos apicultores desenvolverem outras atividades sem que isso prejudique na criação de abelhas. Isso possibilita ocupação aos membros da família e viabiliza a geração de renda, assegurando a diversificação da produção na pequena propriedade.
Contudo os empreendimentos de maior porte e que exploram a atividade de forma regular (EPA / UEPA), necessitam de uma equipe fixa de empregados que poderá variar com o número de colméias e regularidade das colheitas / extrações do produto, volume de produção, etc. Estimamos que uma Casa do Mel (UEPA) necessite de cerca de 2 colaboradores fixos.
Os empregados deverão observar hábitos higiênicos e possuir carteira de saúde sempre atualizada, devendo ser afastados dos trabalhos aqueles acometidos de enfermidades infecto-contagiosas ou portadores de ferimentos que prejudiquem a execução normal de suas tarefas.
No ambiente da Casa do Mel é necessário o uso de uniformes constituídos de calça e avental ou macacão; gorro, boné, touca ou capacete e botas ou sapatos impermeáveis, todos em cor branca. Permite-se o uso de macacões azuis ou cinzas para os empregados que trabalham na seção de beneficiamento da cera de abelhas e pr6polis e seções auxiliares, tais como caldeira e sala de máquinas.
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Equipamentos
Os uniformes deverão estar sempre limpos e serão de uso exclusivo no estabelecimento, não se permitindo a saída de funcionários trajando seus uniformes de trabalho.
O estabelecimento deve dispor de aventais e gorros para uso dos visitantes.
Não deve ser permitido o ingresso de pessoas desuniformizadas às dependências industriais.
Antes de ingressarem às seções de elaboração de produtos e à saída dos sanitários, deverá ser observada por parte dos funcionários a lavagem das mãos e antebraço com água e sabão inodoro, devendo, em seguida, ser enxugados com toalhas apropriadas.
7. Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos:
Mobiliário para a área administrativa:
- microcomputador completo;
- impressora;
- telefone;
- mesas;
- cadeiras;
Equipamentos Apicultor:
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Equipamentos
- fumegador;
- chapéu e véu, macacões, luvas de pvc e botas;
- Caixas de madeira / melgueiras.
Casa do Mel (UEPA)
-Garfo Desoperculador: Utilizado para a retirada dos opérculos dos favos;
-Mesa Desoperculadora: Utilizado na desoperculação dos favos de mel;
-Centrífuga: Retira o mel dos alvéolos por meio de movimento de rotação em torno de seu próprio eixo (força centrífuga);
-Peneiras: Filtra as sujeiras presentes no mel provenientes do processo de desoperculação e centrifugação;
-Baldes: Recebe o mel centrifugado e realiza o transporte do mel até o decantador;
-Decantador: Armazena o mel já centrifugado e filtrado, promovendo a separação das sujidades ainda presentes no mel.
Ou
Entreposto de mel (EPA)
-Mesa Coletora: Destinada ao recebimento do mel (em baldes ou latas), previamente centrifugado e decantado
- Homogeneizador: Homogeneiza o mel, com a finalidade de padronizar grandes quantidades do produto em relação à cor, aroma e sabor;
- Bomba de Sucção: Bombeia sob pressão o mel despejado na mesa coletora para o homogeneizador;
- Descristalizador: Reverte o processo natural de cristalização do mel;
Desumidificador: Retira o excesso de umidade do mel;
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Matéria Prima/Mercadoria
Decantador: Armazena o mel já centrifugado e filtrado, promovendo a separação das sujidades ainda presentes no mel.
Laboratório
- Kit equipamento para análise físico-química, HMF e Microbiologia
- Colorímetro;
- Refratômetro;
- Balança eletrônica de precisão;
- Phmetro portátil - medidor de PH
Outros
-Veiculo utilitário (usado)
8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho: Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa. Colméias
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Matéria Prima/Mercadoria
No Brasil, todas as abelhas encontradas na natureza são mestiças (polihíbrido chamado de abelha africanizada) entre as raças européias e a africana. A apicultura é a atividade de criação racional de abelhas do gênero Apis, com o intuito de obter produção dos diversos produtos que as abelhas podem nos fornecer, de forma sustentável.
As abelhas são insetos sociais, vivendo em colônias organizadas, onde os indivíduos possuem diferentes funções que são realizadas visando sempre a sobrevivência e manutenção do enxame. Chamamos de enxame, colônia ou família, o conjunto de abelhas que contém uma rainha e diversas operárias e zangões.
Organização das Colônias - Uma colônia é constituída de:
-Uma rainha;
-5.000 a 100.000 operárias;
-0 a 400 zangões;
-favos usados para postura e armazenamento do alimento.
A colméia é o local onde os enxames vivem e se desenvolvem. São caixas, geralmente de madeira, que podem ser construídas pelo próprio apicultor ou adquiridas no comércio.
O número de abelhas nos enxames depende das condições do ambiente e da existência de alimento, podendo-se encontrar enxames fortes (com grande número de abelhas) ou enxames
fracos (com poucas abelhas).
Quando o enxame se instala em determinado local, as abelhas produzem cera para a construção de favos. Os favos servem para armazenar o alimento e para o desenvolvimento das crias. Os favos são moldados pelas operárias de forma a possuírem pequenos compartimentos de seis lados, chamados alvéolos, onde fica estocado o alimento (mel e pólen) e onde a rainha deposita os ovos e as crias se desenvolvem até a transformação em abelhas adultas.
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Matéria Prima/Mercadoria
Produtos
Diversos são os produtos oriundos da colméia, dentre eles podemos citar o mel, a própolis, o pólen, a cera, apitoxina, geléia real; além dos serviços de polinização:
Mel - É principal produto da colméia, em termos comerciais. Entende-se por mel, o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia.
Pólen apícola – É o elemento fecundante das flores. Compõe-se basicamente de proteínas, lipídios, açúcares, fibras, sais minerais, aminoácidos e vitaminas. O pólen é um estimulador biológico, e seu uso humano tem sido tanto para fins alimentícios, como medicinais, por ser um complexo alimentar.
Cera de Abelhas - Internamente na colméia é utilizada para a construção de toda a estrutura de armazenamento de alimento e reprodução. Como produto comercial, é utilizada pelas indústrias de cosmético, com vistas à produção de pomadas, cremes e loções; pela a indústria apícola, que consome cera alveolada; e pela indústria de velas.
Própolis - Vem sendo usada pelo homem desde os tempos mais remotos, para vários propósitos, e especialmente na medicina, por causa de suas propriedades antimicrobianas e terapêuticas, com ações anticancerígena, antioxidante, anestésica, atuando no sistema imunológico, além de possuir efeitos cicatrizantes e recuperadores do tecido humano, dentre outras propriedades.
Geléia Real - É composta da mistura das secreções das glândulas das abelhas operárias. Tem aumentado consideravelmente o consumo comercial da geléia real, como alimento e medicamento, sendo utilizado para o tratamento de arteriosclerose, estimulante do apetite, ativação das funções cerebrais, dentre outras.
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Organização do Processo Produtivo
Apitoxina - É o veneno produzido pela abelha Apis melífera. Sua aplicação se realiza através de ferroadas controladas, micro-injeções em determinadas regiões, dentre outros métodos. Sob a ótica financeira, a apitoxina é valiosa, porém pouco explorada.
Venda de Enxames - Povoar uma colméia significa obter enxames e situá-los em colméias racionais, para exploração de seus produtos.
Seleção de Rainhas - Como os enxames, a rainha selecionada passou a ser um produto comercializado como insumo da atividade apícola. Com um papel de destaque na colméia, a rainha, é a peça chave para a melhoria do desempenho produtivo da colônia, metade das informações genéticas de toda a família é de sua responsabilidade, por isso é que sem uma rainha de boa qualidade, é impossível à obtenção de uma boa produtividade.
Polinização de Plantações - Para a produção e obtenção de frutos comerciais em algumas culturas agrícolas como o melão e a maçã, dentre outros.
9. Organização do Processo Produtivo
Podemos dividir o processo de produção do mel nas seguintes principais atividades:
Coleta do Mel no Campo
- Manejo das colméias
- Coleta dos favos
- Transporte dos favos
Processamento na Casa do Mel (UEPA)
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Organização do Processo Produtivo
-Recepção das melgueiras
-Desoperculação
-Centrifugação
-Filtragem do mel
-Decantação
-Envase
-Armazenamento do produto acabado
- Expedição
Ou
Processamento no Entreposto do Mel (EPA)
- Recepção do mel
-Armazenamento do mel
- Higienização dos tambores
- Descristalização
- Filtragem
- Homogenização
- Decantação
- Envase/Rotulagem
- Armazenamento do produto acabado
- Recepção das embalagens
- Armazenamento da embalagem
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Automação
- Expedição
Administração e Vendas – Além das atividades de produção uma empresa deste segmento necessita estabelecer sistemas de controle e processo para as atividades Administrativas (Compras, Contas a Pagar, Recursos Humanos, etc.) e de Vendas de seus produtos (abertura de canais, gestão de vendas, controle de comissões, etc).
10. Automação
O SEBRAE oferece inteiramente grátis o Gestor de Atividades Apícolas – GESTAPI. Este é um programa que propicia um melhor gerenciamento da atividade apícola, por meio de ferramentas voltadas para a excelência em gestão de apiários. A metodologia do programa Gestapi oferece mecanismos que auxiliam diretamente no controle da produção do mel, modos de obtenção de custo fixo, variável e de projeção do preço de venda, facilitando dia a dia do produtor por meio da adoção de técnicas de gestão com foco na melhoria da produtividade. Para ter acesso ao GESTAPI acesse http://gestagro.to.sebrae .com.br. Acesso em 16 jun 2011.
Existem também no mercado outros aplicativos próprios para o gerenciamento de apiários (não gratuitos) com funcionalidades tais como:
-Gerenciar apiários fixos ou móveis;
-Obter informações periódicas sobre a situação das colméias;
-Controlar melhor a produtividade e o desenvolvimento dos enxames;
-Transferir colméias entre apiários mantendo seus históricos;
-Realizar estatísticas de produção por colmeia ou por apiário;
-Emitir diversos relatórios gerenciais e de manejo das colméias;
-Registrar e controlar o fornecimento de alimentação artificial;
-Avaliar a necessidade de alimentação através de gráficos de floração por apiário;
-Controlar as rainhas através da raça, idade, cor de marcação, qualidade de postura etc;
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Canais de Distribuição
-Verifica as distâncias entre apiários e analisar a concorrência da área de pastagem apícola;
-Controle de pragas e doenças, com registro das ocorrencias, métodos de correção dos problemas e quarentena.;
Neste tipo de atividade os principais aplicativos identificados são o APIDAE-PRO 2009 (www. Apidae.com.br) e o ApissoftBR (http://www.apissoft.com.br/).
Vale lembrar, que antes de se decidir pela aquisição de um software, o empreendedor deve avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal municipal e estadual, à facilidade de suporte e às atualizações oferecidas pelo fornecedor para o produto.
11. Canais de Distribuição
O empreendedor apícola de acordo com o tipo de empreendimento, pode utilizar diversos canais de comercialização/ intermediários, a depender do volume de produção, da certificação do produto, embalagem e rotulagem, da sua forma de produção individual ou coletiva, dentre outros aspectos.
Na cadeia produtiva agroindustrial apícola, o fluxo de mercadorias e transações, do produtor até o consumidor final, é realizada pelos intermediários, formado pelos atacadistas, varejistas, distribuidores, representantes, etc.
Com mercados cada vez mais amplos, a relação entre produtores e consumidores depende cada vez mais de intermediários, que atuam, tanto antes, quanto após o processamento. Alguns se restringem à participação local, e outros possuem atuação nacional e/ou internacional.
O aumento da demanda também tem ampliado significativamente o leque de intermediários, mais precisamente dos atacadistas (EPA´s, distribuidores, indústrias alimentícias, cosméticos, farmacêutica, etc e Entreposto dos Produtos das Abelhas) e dos varejistas, através de lojas físicas (lojas de produtos naturais, mercearias,
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Investimento
supermercados, etc.) e do comércio virtual (e-commerce).
Na escolha do canal de comercialização o empreendedor deve analisar as características do mercado, do produto e a estrutura da empresa (capacidade produtiva, recursos humanos e financeiros, logística, etc.). Outros aspectos a considerar são: freqüência de entrega; prazo entre o pedido e a entrega; disponibilidade de estoques; entregas de emergência, quando necessário; confiabilidade na entrega e regularidade fiscal, conforme descrito na Cartilha Sebrae BA - Apicultura: Uma Oportunidade de Negócio Sustentável. http://www.biblioteca.sebrae.com.br/b ds/BDS.nsf/E3CA0B10F1061D878325766300685F92/$File/NT00042B86.pdf.
Acesso em 16 jun 2011.
12. Investimento
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como:
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas etc.;
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, , honorários profissionais e outros;
- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, despesas de manutenção, reposição da matéria prima e outros.
Estimamos que para montar uma empresa produtora de mel sob a forma de Casa do Mel (UEPA), estabelecimento onde se manipula o mel e seus derivados, através do recebimento, extração, centrifugação, filtração, decantação, envase e estocagem, o empreendedor irá necessitar de cerca de R$ 80.000,00, para fazer frente a gastos tais como:
- Terreno e Instalações Prediais – R$ 25.000,00
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Capital de Giro
- Mobiliário para a área administrativa – R$ 2.300,00;
- Equipamentos – R$ 21.000,00;
- Veículo utilitário (usado) – R$ 20.000,00;
- Despesas de registro da empresa e dos produtos no MAPA, honorários profissionais, taxas etc.- R$ 4.500,00;
- Capital de giro – R$ 8.000,00.
Vale lembrar que estes valores são meras estimativas
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