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REFLEXAO CRITICA

Por:   •  20/9/2015  •  Resenha  •  600 Palavras (3 Páginas)  •  429 Visualizações

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REFLEXÃO CRÍTICA DO LIVRO EU NUNCA LHE PROMETI UM JARDIM DE ROSAS

O livro “Eu nunca lhe prometi um jardim de rosas” traz o relato de uma

  Adolescente Deborah, de 16 anos, que vai ser internada em um hospital psiquiátrico, com o diagnóstico de esquizofrenia.

Esquizofrenia é um transtorno mental que tem como característica a desintegração dos processos de pensamento e a capacidade de resposta emocional. É a cisão do mundo interno e externo, causa muito sofrimento, uma extrema dificuldade em lidar com a realidade.

  Tem como características, alterações na percepção ou expressão da realidade e pensamentos negativos, geralmente as crises são acompanhadas de delírios, alucinações e até mesmo a perda da consciência, altera toda a estrutura vivencial do indivíduo que, muitas vezes, age como alguém que fica preso as suas fantasias e desconsidera a razão.

Percebe-se que a família da adolescente teve forte participação no desenvolvimento da doença desencadeada pela adolescente, um avô autoritário e orgulhoso que não a permitia expressar seus sentimentos, o ambiente escolar e os amigos que a hostilizavam por ser de origem judia, levando-se em conta as mudanças típicas da fase de adolescência.

A leitura do livro me fez compreender o quanto o ser humano é frágil, se faz necessário um comprometimento do profissional com o paciente, como um ser biopsicossocial, um envolvimento profundo com o ser humano em sofrimento, levando em conta toda sua historicidade, entre nós e o paciente apenas uma linha tênue separa o normal do patológico.

Nosso compromisso enquanto profissionais é o de recuperar seus aspectos humanos, acolher, fortalecer o ego trabalho este realizado pela psiquiatra proporcionando a adolescente demonstrar afeto e carinho pela mesma.

 Esclareceu-me as fases da doença até então para mim desconhecidos, e a possibilidade de um acompanhamento fora de hospital psiquiátrico, a formação, conhecimento, do psicólogo é de fundamental importância, para que seu trabalho alcance o momento esperando por ele e de certa forma do paciente que até então não se dá conta de seu estado sendo que voltado para seu mundo interior.

        Senti uma grande emoção quando a adolescente foi levada para ser internada e na primeira entrevista quis parecer “normal” e em seguida demonstrou toda sua fragilidade diante de uma crise, sua permanência no hospital e os enlaces que este fato representou para a mesma, seu envolvimento com o trabalho realizado pela psiquiatra, e o seu retorno ao mundo externo, fato este que ocorreu quando a adolescente pediu para voltar para seu lar, a sensação é de liberdade, vitória, reciprocidade.

Refleti sobre as internações que eram feitas em manicômios para segregar os “doentes” da sociedade. Não havia controle de saúde mental. A loucura era uma questão particular onde a as famílias eram responsáveis pelos membros portadores de doença mental.

Graças ao movimento de luta antimanicomial, acontecido em 18 de maio de 1987, a Reforma Sanitária Brasileira que deu origem ao SUS e a Reforma Psiquiátrica, definida pela lei 10216 de 2001(Lei Paulo Delgado), foram abolidos os “depósitos de loucos” e os procedimentos agressivos como o eletrochoque.

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