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RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAS NO BRASIL 

Por:   •  26/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  305 Visualizações

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RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAS NO BRASIL 

(Revisão e conclusão)

Foi a Inglaterra que deu forma moderna à ideia econômica de mercado e de capitalismo. E com isso veio a prática de equacionar todos como iguais perante as leis.

A contradição gerada pelo negro livre numa sociedade que pregava uma igualdade de todos com todos foi o preconceito racial radical, sustentado não somente por costumes e atitudes veladas e muitas vezes secretas de brancos ou de mulatos, mas por uma série de leis que explicitamente impediam a competição econômica de negros e brancos como iguais num mercado de trabalhadores livres.

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adaptafacil.com.br

Violência policial e racial: O Brasil oficial tem nas polícias (civil e militar) o seu braço armado. A sociedade vê os pretos e pardos como pessoas inclinadas para o mal.

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http://mariafro.com/2012/02/05/no-pais-onde-a-imagem-dos-negros-e-negativada-em-cursos-policiais-mais-um-caso-de-racismo/

Com o fim do escravismo se ampliam as delegacias de vadiagem (polícia civil), criadas para inibir os que não trabalhavam. Ora, o desemprego estrutural dos negros se alarga. A máquina policial já foi feita e direcionada para reprimir os negros.

Em todo o país a atuação das PM tem sido um capítulo de horror para as populações preta e parda. O subcidadão não branco é o alvo principal de sua truculência

Segurança ou insegurança pública? A população mais pobre (negros e pardos, maioria), se encontra ensanduichada. De um lado, o crime organizado mais os criminosos comuns, e de outro, a própria polícia.

Dos mortos, na sua maioria inocentes, a quase totalidade é preta e parda. Os esquadrões de morte no Brasil mataram tanto ou mais negros que a polícia da África do Sul (durante o apartheid) e não sofremos nenhuma sanção por isso por parte da ONU, como se deu com aquele país.

Os meios de comunicação (rádio, revistas, jornais, propaganda, cinema, teatro, música popular, literatura e, sobretudo, TV) têm a visão da sociedade dominante e está a seu serviço.

Durante décadas, os modelos fotográficos eram olimpicamente europeus. As mulheres negras liam Capricho, Claudia e outras revistas femininas, sem jamais terem tido sua imagem retratada. Uma menina negra ou negro-mestiça, durante sua infância e adolescência, em todas as revistas que leu ou manuseou, só viu modelos brancas.

Sem contar os brinquedos: menininhas negras se empanturravam de bonecas – todas loiras. Qual ideal de beleza o negro poderia desenvolver nessas condições? Para onde ia sua autoestima e orgulho próprios?

É realmente absurdo quando alguém dispara: “uma revista ‘só’ para negros não é também racismo”? A revista não é “só” para negros, qualquer pessoa pode ir à banca comprar uma, assim como os negros durante quase toda a sua vida fizeram com as revistas que nunca os retrataram.

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http://www.ifd.com.br/blog/publicidade-e-propaganda/o-negro-na-propaganda/ 

Quando presidente do Conselho do Negro de São Paulo (1984-87), parte da gestão de Hélio dos Santos tratou de sensibilizar e influenciar as agências de propaganda para deixarem de veicular imagem de negros de forma negativa e estereotipada.

Durante uma semana, em 1996, a Folha de São Paulo acompanhou 115 horas de programação de TV e constatou que “a segregação se expressa não apenas na inferioridade numérica e no menor espaço de exposição que cabe a negros e mestiços, como também na maneira estereotipada como são apresentados – como esportistas, músicos ou empregadas domésticas”.

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http://www.youtube.com/watch?v=j33CFLiuWCw

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Lucimar Rosa Dias pesquisou em seu mestrado a criança na pré-escola. Constatou que crianças negras, especialmente as meninas, não se identificavam como negras. Ao selecionar fotografias que lhes eram exibidas, estas se supunham loiras.

Mais de uma geração de negros curtiram programas de TV em sua infância, desconectados, por inteiro da própria imagem física.

Xuxa, Eliana, Angélica foram as fadas da criançada. Esta opção nacional pelos loiros aponta as dificuldades que o país tem em relação a sua identidade.

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O caminho suave, como diversas outras cartilhas, reservavam aos negros os piores papéis: a empregada trapalhona que não sabe falar, o moleque, o malvado.

Pesquisa em Salvador (1980) mostrava nos livros didáticos: Enquanto a mãe branca era ilustrada 54 vezes, a negra surgia uma única vez. O pai branco comparecia 29 vezes, quase sempre executando funções relevantes; o pai negro na única vez que foi ilustrado, vinha como autêntico trapalhão.    

Hélio Santos escreve: “Não esqueço, ainda na adolescência, ao ler Helena de Machado de Assis, a grave dúvida que me assolou o espírito. Helena diz: «Orei a Deus porque infundiu aí no corpo vil do escravo tão nobre espírito de dedicação». Segundo o texto, a situação de escravo não era vil e sim o seu corpo. Corpo negro”.

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