RESENHA DO TEXTO BASE: VlVIDAÇÃO E SITUAÇÃO LIMITE: A EXPERIÊNCIA ENTRE O VIVER E O MORRER NO COTIDIANO DO HOSPITAL
Por: jennifersalvador • 17/6/2018 • Resenha • 691 Palavras (3 Páginas) • 414 Visualizações
RESENHA DO TEXTO BASE
VlVIDAÇÃO E SITUAÇÃO LIMITE: A EXPERIÊNCIA ENTRE O VIVER E O MORRER NO COTIDIANO DO HOSPITAL
O presente texto é um relato das experiências vividas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do hospital da Restauração em Recife (PE), a partir deste, foi possível observar através de mecanismos da metodologia fenomenológica existencial o sofrimento dos pacientes em tratamento, seus recursos psicológicos diante do trauma sofrido e como suporta e enfrenta o desafio junto à equipe de saúde.
Partindo de um ponto histórico, pode se ter uma visão diante da atribuição que se dá em relação a doença, onde o médico é colocado como responsável por propiciar aos pacientes condições favoráveis a cura. Existe ainda, os que acreditam em uma perspectiva dualista entre corpo e mente, ou seja, a ideia de que corpo e mente trabalham separadamente, o médico seria responsável pela cura do corpo físico e profissionais como psicólogos e psiquiatras como cuidadores da mente.
No decorrer do tempo, a ideia dualista de mente e corpo “separados” é modificado, tendo em vista que atualmente existe uma integração de conhecimento e saber em relação ao corpo e doença, trabalhando de forma grupal e interdisciplinar com vários profissionais de saúde, quebrando a barreira da dualidade e dando espaço para uma visão dinâmica, abrindo olhares para o significado de “estar no mundo” para o sujeito. Dessa forma, a psicologia vem rompendo paradigmas existentes, deixando de atuar de uma maneira tradicional, e começa a se inserir em campos hospitalares, associado a equipes interdisciplinares.
Nesse novo campo hospitalar, a psicologia atua e utiliza o modelo biopsicossocial, envolve o ser humano em sua singularidade e complexidade, atentando para a demanda que parte do sofrimento do paciente, prioriza o sofrimento humano em crise, onde suas ações têm caráter preventivo na vida do paciente.
Como função na instituição hospitalar, o psicólogo atua de acordo com a demanda do paciente, suas ações será, intervenções metodológicas a cerca da demanda, levando em conta que não se trata de uma psicoterapia e sim um atendimento de atenção psicológica, que atende a demanda do paciente, da família e dos profissionais de saúde.
Dentro de um hospital a visão tradicional de saúde mental é derrubada, o sofrimento, a morte para uma pessoa em tratamento é uma possibilidade real, dessa forma o olhar deve ser ampliado para o sofrimento do sujeito em questão, o profissional desloca-se do lugar de suposto saber, e dá espaço para o profissional que acolhe, cuida, um profissional que tende a utilizar de seus recursos para fazer o paciente lutar em busca de uma possível recuperação.
Para alguns pacientes confrontar sua situação atual de tratamento pode provocar ainda mais angustia, principalmente quando depara-se com algum tipo de perigo, diante desse fato a atenção psicológica pode ter caráter urgente, propondo novas estratégias, novo sentido para o paciente continuar a luta pelo tratamento, dar novo sentido para cura da enfermidade em que encontra-se. Para isso, o profissional utiliza mecanismos de auxílio, levar em conta e entender as experiências do paciente que procura respostas alternadas e criativas para os acontecimentos.
Através da escuta e do acolhimento
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