RESUMO DO CAPITULO; RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANALISE
Por: Patricia Benedetti • 28/2/2019 • Resenha • 699 Palavras (3 Páginas) • 402 Visualizações
RESUMO DO CAPITULO: RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANÁLISE.
O primeiro problema que o analista que esta tratando mais de um paciente por dia enfrenta é a árdua tarefa de se lembrar de todos os nomes, datas, lembranças e produtos patológicos que cada paciente comunica no decurso de meses e anos de tratamento.
A técnica para lidar com esse grande numero de informações consiste simplesmente em não dirigir o reparo para algo especifico e em manter a mesma atenção uniformemente suspensa em face de tudo o que se executa. Desta forma evitamos um perigo que é inseparável do exercício da atenção deliberada. Pois assim que alguém concentra deliberadamente atenção, começa a selecionar o matérias que lhe é apresentado. Ao efetuar a seleção estará arriscando a nunca descobrir nada além do que já sabe; e se seguir as inclinações, certamente falsificará o que possa perceber. Não se deve esquecer que o que se escuta, na maioria, são coisas cujo significado só é identificado posteriormente.
A regra para o médico pode ser assim expressa: ele deve conter todas as influências conscientes da sua capacidade de prestar atenção e abandonar-se inteiramente à memoria inconsciente. Em outros termos: ele deve simplesmente escutar e não se preocupar se esta se lembrando de alguma coisa.
O que se consegue desta maneira será suficientemente para todas as exigências durante o tratamento. Os elementos que já formam um texto coerente ficarão a disposição consciente para o médico. O resto, ainda desconexo, parece a principio estar submerso no inconsciente, mas vem rapidamente a lembrança quando o paciente apresenta algo novo que possa se relacionar.
Não posso aconselhar a tomada de notas integrais, durante as seções analíticas. As mesmas considerações que foram apresentadas com referência à atenção, aplicam-se também aqui. Enquanto se escreve faz-se uma seleção do material que esta sendo apresentado.
A conduta correta para um analista reside em oscilar, de acordo com sua necessidade, de uma atitude mental para outra, em evitar especulações ou meditação sobre os casos, enquanto eles estão em análise, e somente submeter o material obtido a um processo sintético de pensamento após a análise ter sido concluída.
O sentimento mais perigoso para um psicanalista é a ambição terapêutica de alcançar, mediante este método novo e muito discutido, algo que produza efeito convincente sobre outras pessoas. Isto não apenas o colocará num estado de espirito desfavorável para o trabalho, mas irá torna-lo importante contra certas resistências do paciente, cujo restabelecimento, como sabemos, depende primordialmente da ação reciproca de forças nele. A justificativa para exigir essa frieza emocional no analista é que ela cria condições mais vantajosas para ambas as partes: para o médico , uma proteção desejável para sua própria vida emocional, e, para o paciente, o maior auxilio que lhe podemos dar hoje.
O paciente deve relatar tudo que sua auto-observação possa detectar, e impedir todas as objeções logicas e afetivas que procuram individualiza-lo a fazer uma seleção dentre elas.
Todos que deseja efetuar análise em outras pessoas terão primeiramente de ser analisados por alguém com conhecimento técnico. Todo aquele que tome o trabalho a sério deve escolher este curso,
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