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Reestruturação produtiva - resumo

Por:   •  31/1/2016  •  Resenha  •  360 Palavras (2 Páginas)  •  389 Visualizações

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REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: FORMA ATUAL DA LUTA DE CLASSES

Marx, ao examinar o capitalismo, mostrou como as relações de desigualdade estrutural entre pessoas aparecem como meras relações entre coisas. O fetichismo da mercadoria (personificação das mercadorias e objetivação das pessoas) demonstra como a relação mercantil oculta a presença das classes e sua organização/desigualdade estrutural.

O capitalismo constituiu-se como o “horizonte ideológico da sociedade” e o fez através do processo de fetichização próprio às relações mercantis. Os trabalhadores foram e estão sendo permanentemente transformados em sujeitos abstratos de uma cidadania e de uma institucionalidade que os negam. Após décadas, houve crises e revoluções que requisitaram mudanças nos cenários econômico, social e trabalhista.

A reestruturação produtiva refere-se aos sucessivos processos de transformação nas empresas e indústrias, caracterizados pela desregulamentação e flexibilização do trabalho, fruto da acumulação flexível e das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial.

Surgiu na década de 1970, em função da grande crise do capitalismo e da queda do paradigma fordismo/taylorismo em meio ao processo de produção e acumulação industrial. Então, no plano econômico, ocorreu a retomada do modelo liberal pautado na predominância máxima do setor privado e a mínima intervenção do Estado na economia, sendo chamado de Neoliberalismo. No plano administrativo, incidiu a implementação do Toyotismo (acumulação flexível) como modo de produção.

O Toyotismo pregava a flexibilização das funções, portanto o trabalhador especializado, que se focava em apenas uma parte da produção, foi substituído pelo trabalhador que tinha conhecimento de mais de uma área da produção, chegando a realizar diversas tarefas ao mesmo tempo.

A produção passou a se concentrar a partir da demanda do mercado, sem a acumulação de bens e produtos industrializados. Com isso, novas exigências emergiram, como a máxima eficiência e a maior velocidade possível no processo de fabricação.

O chamado de Estado de bem-estar social, que pautava a indústria pela máxima produtividade e o comércio pelo máximo consumo, foi substituído pelo Estado neoliberal, que pregava a produção de acordo com a demanda e a demanda não necessariamente elevada, mas sempre superior à oferta. 

A reestruturação produtiva foi uma necessidade que foi além das lutas de classe, em que foi preciso liquidar as antigas identidades de classe e as vigentes relações de trabalho.

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