Reflexões sobre o filme “A Outra Terra”
Por: Nidia Dias • 22/11/2018 • Resenha • 317 Palavras (2 Páginas) • 201 Visualizações
Estágio Básico II
Nídia Mayra Duarte Dias
Reflexões sobre o filme “A Outra Terra”
O filme trata de maneira bastante enigmática sobre o que aconteceria caso descobríssemos que há uma outra Terra perto de nós e se houvesse a possibilidade de irmos para lá. No decorrer da trama não surge respostas, apenas perguntas e é assim que permaneço quando o filme acaba. “O que eu faria se me conhecesse em outro planeta?” “Seria meu amigo?” “Conhecer outros de nós seria nossa destruição ou redenção?” “Essa é realmente uma possibilidade?”. Mas as perguntas que mais me inquietaram foram: “Por que não temos a capacidade de ser gentil conosco? Por que se odiar e se repreender é mais fácil que se amar e se perdoar?”. Na cena em que Rhoda e John discutem sobre o que fariam se eles se conhecessem, as possibilidades são “bater”, desejar “mais sorte da próxima vez”, porque é doloroso ser a si mesmo, é um fardo, é um “azar”. Outra cena, e talvez a que retrata mais esse ponto, é a visita que Rhoda faz para um amigo já idoso, que também é faxineiro, após descobrir que ele, após ter se cegado, também havia se ensurdecido. Eu entendo que ele tenha feito isso porque é muito difícil conviver consigo mesmo, com a culpa e com o desamor que nos endereçamos. Ela escreve “forgive” (perdão) em sua mão e ele chora, porque se perdoar é difícil a ponto de nem pensarmos como uma opção. No fim, como aparece numa das reflexões do filme, não importa muito se há um “outro eu” materializado em outro lugar, nós lidamos com ele o tempo inteiro, nós pensamos com nós mesmo sobre nossas possibilidades, nossos erros e talvez, em escala menor, sobre nossos acertos. É preciso investir nesse eu que nos ama, ser gentil com outros, mas também com nós mesmo, se perdoar.
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