Reflexão Sobre o Vídeo Perigo de Uma Historia Unica
Por: lexi97 • 5/5/2020 • Trabalho acadêmico • 501 Palavras (3 Páginas) • 366 Visualizações
Psicologia do Cotidiano – 2020
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Duração: 2 horas
Reflexão sobre o vídeo “O perigo de uma história única”
O vídeo em questão se trata de uma palestra da escritora e ativista nigeriana, Chimamanda Ngozi Adichie, sobre os efeitos do discurso hegemônico na nossa percepção do mundo. Ela conta diversas histórias pessoais que representam e ilustram seu argumento.
As suas primeiras experiências com literatura foram por meio de livros estrangeiros, particularmente britânicos e estadunidenses, e foi apenas quando entrou em contato com autores africanos que sua concepção mudou e ela percebeu que poderia escrever sobre coisas com as quais se identificava, e que isso a resgatou de supor apenas uma maneira de se fazer literatura.
Ela relata também a respeito de sua surpresa ao visitar a família de seu empregado doméstico, Fide, sobre a qual sabia apenas que eram muito pobres. Ao entrar em contato com a vivência deles, ela passa a compreender que eram pessoas inteiras e complexas, como ela, e que o fato de obter apenas uma narrativa acerca de suas vidas havia ocasionado sua cristalização enquanto pobres e obstruído qualquer outro sentimento por eles que não a pena.
Quando ela tinha 19 anos, foi estudar em uma universidade nos Estados Unidos, e sua colega de quarto ficou extremamente espantada que Chimamanda, assim como ela, falava inglês, escutava Mariah Carey e sabia usar um fogão. Paralelamente à história de Fide, a colega de quarto conhecia apenas uma narrativa sobre a África, a qual suscitava uma posição arrogante e paternalista de piedade da parte dela.
Ela expõe a “tradição” de retratar a África como um lugar de negatividade homogênea, sem que se considere a diversidade e complexidade de seus povos, nos 54 países que compreendem seu território.
Ao viajar para o México, em um contexto de tensão internacional quanto ao tema da imigração, ela percebe que também havia sido influenciada pela ação do discurso hegemônico que circulava nos Estados Unidos a respeito dos mexicanos.
Ela aponta que as estruturas de poder no mundo definem as histórias que serão amplamente disponibilizadas e divulgadas como verdadeiras e que definirão quais perspectivas serão naturalizadas e quais serão suprimidas e forçadas às margens da sociedade. Ela diz que uma história única cria esteriótipos e diminui a experiência de uma pessoa - ou a história de um povo -, provocando sua desumanização, pois ela se torna sinônimo daquela narrativa.
Concluindo o vídeo, Chimamanda destaca que histórias são capazes de expropriar e depreciar uma população, mas que também podem a dignificar e empoderar. Igualmente, quando rejeita-se o discurso dominante, e percebe-se que nunca há apenas uma história sobre um lugar, pode-se conquistar certa harmonia e humanidade compartilhada.
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