Relatorio experimento

Resumo

O presente trabalho pretende apresentar a verificação do comportamento que foi emitido pelo sujeito experimentado através do esquema de reforçamento. Os experimentos foram feitos na Universidade Salvador – UNIFACS ministrados por alunos de psicologia do 1º semestre e foi orientado pela professora Luciana Assis, teve como intuito a  observação do comportamento dos sujeitos, através de esquemas de reforçamento durante uma sessão, onde os sujeitos deveriam ser reforçados a falar pronomes especifico ao formar uma frase.

Sumario

1. Introdução

 Analise do comportamento - este termo pode ser usado de diversas formas; uma simples conclusão tirada após algumas olhadas no colega, namorado, ou qualquer pessoa próxima já pode ser considerada uma analise do comportamento, isso se dá pelo fato do termo analise poder ser interpretada de varias formas na gramática (morfológica léxica e sintética).

Na psicologia o termo analise de comportamento é um programa de pesquisa que se propõe estudar os fenômenos psicológicos e o comportamento humano interagindo com o organismo/ambiente, foi conceituado por B. F. Skinner através de seus fundamentos filosóficos do behaviorismo radical. Segundo Gaeta, o behaviorismo radical “Insere-se como uma proposta alternativa dentro do quadro maior do movimento behaviorista do século XX, iniciado em 1913, com a publicação do manifesto "A Psicologia Como o Behaviorista a Vê", de John B. Watson”. O behaviorismo radical adota três posições filosóficas, admite o estudo de fenômenos como atividade de uma ciência comportamental, adota um critério instrumental de verdade que respalda sua visão de ciência e considera a interpretação e a especulação como recursos validos desta ciência (Gaeta) .

Outra parte importante na analise do comportamento é a analise experimental do comportamento, que estuda as formas de coleta, mensuração e analise de dados através das pesquisas e de alguns conceitos revistos e analisados.

1.1 Conceitos relevantes

Reflexo condicionado – ele surge quase que acidentalmente por Pavlov e hoje e dia é fácil notar que é uma pratica constante. Este tipo de reflexo consiste em alterar o comportamento de um individuo através de pareamentos feitos previamente, ao contrario do reflexo incondicionado, que é controlado filogeneticamente, já que nascemos com ele. Foi a partir desta descoberta que Skinner começou a sua pesquisa, e pode ampliar sua forma de entendimento do comportamento humano.

Reforçamento - O reforço tem como objetivo aumentar a probabilidade de um comportamento ocorrer ou diminuir sua frequência. Ele demonstra que a aprendizagem humana é consequência dos reforços, que podem ser positivos ou negativos. Sendo que o primeiro pretende aumentar a emissão da resposta e o segundo visa eliminar a resposta emitida. Segundo Carvalho e Pereira (2012), os reforços são “eventos que ocorrem tronando uma reação mais frequente aumentando a possibilidade de repetir”.

Esquemas de Reforço – o esquema de reforço é o ato de reforçar resposta afim de que o comportamento seja mantido ou extinto; pode ser continuo, onde todas as respostas emitidas são reforçadas; intermitente, onde  é reforçada apenas algumas respostas , obedecendo alguns critérios para que isso aconteça. O reforço intermitente ainda se divide em dois grupos; o esquema de razão, que pode ser fixa(a quantidade de resposta não varia de um reforçador a outro) ou variável(a quantidade de respostas exigidas para a apresentação do reforçador não é fixa), e o esquema de intervalo que pode ser fixo(período exigido entre a apresentação do último reforçador e a disponibilidade do próximo reforçador é sempre o mesmo) ou variável (os intervalos entre o último reforçador e a próxima disponibilidade não são os mesmos).

Contracondicionamento - consiste no emparelhamento de estímulos que eliciam respostas contrarias a aquelas produzidas pelo estimulo condicionado.

Um experimento realizado por Adriana Lima, Joseane Santos e Taíse Carvalho em Aracaju 2012, denominado ‘Treino de Bebedouros’, que tinha o objetivo de associar um estimulo neutro com a associação de estimulo reforçador obteve o resultado esperando, mostrando mais uma vez que o esquema de reforçamento sempre traz resultados positivos. De acordo com Lima, Santos e Carvalho (2012):

“De acordo com os dados apresentados durante esse exercício, foi possível concluir que o

sujeito conseguiu cumprir a meta de associar o som do bebedouro (estímulo neutro) à

obtenção de água (reforço). Durante o exercício foi observado também que o sujeito subiu na barra três vezes e pressionou-a de baixo para cima quatro vezes.”

1. Método

2.1 Participantes

Foram utilizadas 38 alunos de psicologia da UNIFACS do 1º semestre, de sexo e idade variados para a realização deste trabalho. Houve a divisão em dois grupos sendo que 19 foram reforçados com elogios para falar o pronome “EU”, e 19 foram reforçados com elogios para falar o pronome “NÓS”.

2.2 Local, material e instrumentos

O experimento foi feito numa pequena sala, com espaço apenas para os experimentadores e para o sujeito cada um de uma vez, para que não houvesse intervenções e alterações na hora do relatório.

2.3 Procedimento

1. Resultados

3.1 Resultados Individuais por sujeito

Os  resultados individuais coletados dos sujeitos serão analisados afim de  que haja uma comparação e assim uma comprovação ou não da eficácia do experimento.

O sujeito S1 apresentou como resultado da linha de base à utilização frequente do pronome “EU” (50%) e pouquíssima utilização do pronome “ VÓS” (5%). Após o reforçamento a utilização do pronome “NÓS” aumentou em 55%. Este resultado pode ser observado na figura 1 e nos leva a entender que  o uso do reforço, neste caso o elogio, aumenta sim a probabilidade do sujeito emitir determinada resposta.

Tabela 1: porcentagem de respostas do uso de cada pronome na Linha de Base e na Fase de Reforçamento do sujeito S1.

FASES	EU	TU	ELE/A	NÓS	VÓS	ELES/AS	ERROS
Linha de Base	50	10	15	10	5	10	0
Reforçamento	20	3	7	55	0	15	0

*número de vezes, em porcentagem, que o sujeito utilizou os diferentes pronomes.

[pic 1]

Figura 1: porcentagem de respostas do uso de cada pronome na Linha da Base e na Fase de Reforçamento d sujeito S1.

O sujeito S2 apresentou como resultado da linha de base à utilização frequente do pronome “EU” (35%) e não utilizou o pronome “ ELES/AS” (0%). Após o reforçamento a utilização do pronome “NÓS” aumentou em 32%.  O sujeito S2 utilizou um contrarreforço, sendo assim foi muito difícil o reforçamento surtir efeito, mas no final houve um pequeno aumento na utilização da palavra elogiada.na figura 2 pode-se visualizar este resultado.