Relatorio praticas sociais e subjetividade
Por: Nathália Monteiro • 25/9/2019 • Relatório de pesquisa • 340 Palavras (2 Páginas) • 512 Visualizações
Práticas Sociais e Subjetividade
Nome: Nathália Monteiro Soares
Local de Observação: Praça Pública
Horário: início 10h – término 12h
Data da observação: 20/08/2019
Em uma de minhas idas à rodoviária Tietê, ao aguardar a chegada de um amigo que estava vindo à São Paulo, enquanto o espero decido dar um passeio pela redondeza para distrair-me e, talvez encontrar alguma cena que me desperte interesse em observá-la.
Ainda dentro da rodoviária, observando um viaduto que estava em minha frente, encostei-me em um dos pilares que estavam próximos de mim para observar uma mulher organizando seus pertences debaixo deste viaduto. Aquela cena me fez refletir e manteve minha atenção por horas. Ver a realidade que temos tão presente ali de perto e, poder olhar com mais atenção, não só passar como se não importasse ou já fizesse parte do cenário das ruas, resultou nesta observação.
Ela juntava seus poucos pertences em um carrinho de supermercado, coberto com sacolas plásticas para proteção do mesmo. Pessoas passavam perto e ela lhes pedia esmolas, algumas pessoas ajudavam e outras ignoravam esse pedido. Após organizar tudo que tinha ali, ela saiu e ao retornar trouxe consigo um marmitex. Sentou-se na calçada e começou a comer, parou um cachorro ao seu lado e ela repartia sua comida com o mesmo dando-lhe pedaços de alimento.
Após alguns minutos passados, iniciou-se uma chuva acompanhada de um frio muito forte. A vi saindo da calçada e pegando um cobertor para si e, outro para o cachorro que agora estava deitada ao lado de seu carrinho. Ela o enrolou no cobertor e o abraçou consigo em seu colo, protegendo-o da chuva e frio. Ambos ficaram embaixo do viaduto, via ela acariciando o animal e conversando com o mesmo.
Emociona ver alguém que não possui nada material, ajudar outro ser. Enquanto muitos que podem, não o fazem. Simplesmente fingem não ver a realidade de tantos nas ruas. É uma cena tão rotineira que as vezes parece fazer parte já do cenário. Deixando de causar impacto quando não se há um olhar mais atento e caridoso para com este fenômeno.
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