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Resenha : Idosos no Brasil - Vivências, desafios e expectativas na terceira idade.

Por:   •  5/5/2018  •  Resenha  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  1.064 Visualizações

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Livro: NERI, A. L. Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007.

Texto: Imagem e auto-imagem: da homogeneidade da velhice para a heterogeneidade das vivências. Ruth Gelebrter da Costa Lopes

O texto é decorrente de uma pesquisa e traz reflexões a acerca da imagem e da autoimagem atribuídas ao idoso, ressaltando a heterogeneidade provinda de questões socioculturais que se opõe a uma homogeneidade demonstrada pelo campo da gerontologia. Quando se fala da imagem, não somente se fala da em objetividade e em suas funções corporais, mas também diz muito da realidade subjetiva, que segundo a autora, o corpo ao passar por várias situações de vida, conta uma história, inscrevendo-a na própria imagem.

Os dados utilizados para a discussão presente nesse texto foram coletados na pesquisa IDOSOS NO BRASIL - VIVÊNCIAS, DESAFIOS E EXPECTATIVAS NA TERCEIRA IDADE realizada pelo SESC. A reflexão apresentada se baseia no item “Percepções da velhice e autoimagem da pessoa idosa”. O texto está dividido em três subitens, “Sensações diante da velhice cronológica”, “Visão homogeneizadora em transformação” e “Modelos em transformação, repercussões em cadeia”.

Segundo a pesquisa feita com dois seguimentos, da terceira idade (60 anos e mais) e de jovens e adultos (16 a 59 anos), obteve-se que os jovens e adultos veem os idosos como incapazes ou inúteis e até ultrapassados, já os idosos sentem que os mais jovens tem desprezo e desrespeito por eles. Segundo Mercadante (2007), os idosos se colocam em um modelo de padrões homogêneos, em que o velho se coloca em oposição ao jovem. É atribuído ao idoso o lugar de marginalizado da velhice, pois supõe-se que já viveram e realizaram os potenciais evolutivos.

O envelhecimento populacional gera a necessidade de reorganizar a administração atual, seja na esfera familiar, seja na governamental, como uma questão de responsabilidade social, de maneira que possa se atender adequadamente este segmento. Segundo Ruth, a positividade de ser velho precisa ser resgatada e está ligada ao seu reconhecimento pela sociedade atual, portanto a livre circulação das ideias por meio da palavra e da imagem pode possibilitar que isso ocorra. É ai que o Estado precisa de ações capazes de dar aos idosos, apoio e instrumentos para frequentar o espaço público.

Por intermédio do Estatuto do Idoso, avança-se para uma nova e melhor situação para esse segmento, pois, conforme artigo 3º, estabelece que nenhum idoso poderá ser vítima de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Entretanto, é comum a violência destinada a este segmento, tratando-se de um olhar que discrimina e segrega, de maneira que desconsidera a imensa diversidade e possibilidades de viver a velhice.

Segundo Birman (1995), há outro aspecto que deve ser levado em consideração nos tempos atuais, que é o modelo restrito de família, em que a reprodução se delineia em uma única geração. Portanto, tal quebra da família nuclear, exige que a abertura de novos arranjos sociais e revisão das instituições de longa permanência e das condições da ética do individualismo.

A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (Unesco, 2002) recomenda o respeito a diversidade das formas

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