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Resenha Terapia Cognitiva

Por:   •  31/5/2021  •  Resenha  •  916 Palavras (4 Páginas)  •  294 Visualizações

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Princípios fundamentais terapia cognitiva

O que preocupa o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos

Epitectus

O modelo adotado é o de Aeron Beck, um psiquiatra com formação psicanalítica tradicional que desenvolveu e cunhou o termo terapia cognitiva no início dos anos 60, na Filadélfia onde ainda trabalhava. A expressão terapia cognitivo comportamental é na verdade um termo genérico que abrange uma variedade de mais de 20 abordagens dentro do modelo cognitivo e cognitivo comportamental (Mahoney Lyddon 1988).

Todas as terapias cognitivo comportamentais derivam de um modelo cognitivo prototípico e compartilham alguns pressupostos básicos mesmo quando apresentam diferentes abordagens conceituais e estratégicas nos diversos transtornos. Três proposições fundamentais define as características que estão no clube das terapias cognitivo comportamentais (Dobson, 2001).

  1. A atividade cognitiva influencia o comportamento
  2. A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada
  3. O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva

O desenvolvimento da terapia cognitiva se deu em um momento histórico em que as abordagens mais dominantes eram a psicanálise, o behaviorismo, e em menor escala o humanismo (Dobson, Backs-Dermott, Dozois, 2000). Algumas características diferenciam a escola cognitiva do seu método terapêutico.

Modelo cognitivo de psicopatologia

A terapia cognitiva baseia-se na premissa de que a inter-relação entre cognição, emoção e comportamento está implicada no funcionamento normal do ser humano e em especial na psicopatologia. Segundo Beck (1976), “quando o indivíduo é capaz de preencher o espaço faltante entre um evento ativador, as consequências emocionais e comportamentais, então suas reações se tornam compreensíveis”. Ou seja, as distorções cognitivas podem levar o indivíduo a conclusões e equivocadas mesmo quando sua percepção da situação está acurada, a terapia cognitiva em si tem um objetivo de corrigir as distorções do pensamento. É preciso observar a interação recíproca de pensamentos, sentimentos, comportamentos, fisiologia e ambiente. Deste modo, podemos entender que a terapia cognitiva não se dá em um modelo linear, assim as emoções podem influenciar os processos cognitivos bem como os comportamentos.

A terapia identifica e trabalha 3 níveis de cognição, a saber pensamentos automáticos, pressupostos subjacentes, e crenças nucleares. Todos nós temos crenças, pressupostos e pensamentos automáticos, tanto positivos, quanto negativos, mas normalmente quando falamos nesses conceitos estamos nos referindo aos disfuncionais.

As crenças nucleares são as nossas ideias e conceitos mais enraizados, e fundamentais acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo. São crenças incondicionais, independentes da situação que se apresente, o indivíduo irá pensar do mesmo modo sempre. Elas vão se construindo e formando desde experiência de aprendizado mais permissivos e vão se fortalecendo ao longo da vida e moldando a percepção e interpretação da realidade e dos eventos.

Esquemas são estruturas, crenças são o conteúdo dos esquemas. A ideia de esquema foi introduzida por Bartlett a cerca de 80 anos e expandida por Piaget nos anos de 1930, e usada extensivamente pela psicologia cognitiva e social nos anos de 1970. Esquemas são estruturas cognitivas com conteúdo, crenças estruturas mentais, as mesmas contêm armazenadas as representações de significados fundamentais para orientar a seleção codificação organização e armazenamento te informações e tudo aparato cognitivo pessoal além do mais, esquemas tem uma estrutura interna que consiste em ordenar novas informações que entram no sistema cognitivo.

Pressupostos subjacentes são construções comitivas disfuncionais estão subjacentes aos pensamentos automáticos. são regras padrões normas premissas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta. também são chamados de pressupostos condicionais crenças subjacentes ou crenças intermediárias (J. Beck 1995). Trata se de crenças normalmente identificadas na forma condicional desde que determinadas certas regras normas e atitudes sejam cumpridas. São usualmente expressas na forma de afirmações do tipo “tenho que”, “devo”, “preciso”.

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