Resenha do Documentário Industria Americana

Atividade:  Resenha do documentário “Indústria Americana”.

O documentário se inicia mostrando imagens da antiga empresa GM (General Motors) em Ohio, nos Estados Unidos, que tiveram seus trabalhos encerrados em 2008, deixando mais de dez mil pessoas desempregadas. Dois anos depois, em 2010, empresas chinesas começaram a fazer grandes investimentos no ramo de linhas de produção. Neste mesmo ano, o espaço onde havia a empresa GM foi reaberto, mas dessa vez pelos chineses, para uma empresa de fabricação de vidros automotivos, a Fuyao Glass America.

Há comparações entre os funcionários, pois alguns demonstravam gratidão em ter um emprego depois de anos de desemprego (muitos desses foram até despejados de suas casas), e outros que reclamam por melhorias no trabalho, sendo muitos desses contratados, antigos funcionários da GM, alegando até que na antiga empresa ganhavam o dobro de salário. Também havia manipulação para que esses funcionários não quisessem lutar pelos seus direitos, afinal, a empresa não queria que houvesse sindicato, tendo, inclusive, uma empresa anti sindicalização (ramo que está em crescimento) contratada pela Fuyao (por um milhão de dólares) para direcioná-los a não aderir ao sindicato trabalhista, pois, segundo o dono da empresa, o sindicato só atrapalharia o desempenho e produção, não havendo agilidade necessária para entregar maiores quantidades de material produzido pela empresa. Isso acarretou, depois de um tempo, manifestações de muitos funcionários e, consequentemente, a demissão da maioria deles, pois a empresa não aceitava o pedido desses funcionários.

Outra comparação entre os funcionários é a diferença nítida entre os americanos e os chineses, e a forma como os chineses eram tratados pelos líderes, pois os mesmos eram os queridinhos, por mais que os americanos fossem a maioria, havendo conflitos dentro da empresa. Uma cena que define bem essa diferença, é a que um chinês diz: “eles (americanos) se preocupam em fazer dinheiro, nós nos preocupamos em fazer vidro”.

Havia grande dificuldade de comunicação, necessitando sempre da presença de um tradutor para possibilitar esse diálogo. Além da diferença linguística, há um choque cultural bem aparente, pois são dois países com costumes e regras bem distintas, assim como suas opiniões e ponto de vista.

Os chineses ficavam nos Estados Unidos sem suas famílias, vendo-os de uma a duas vezes por ano.

Houve um momento em que foi anunciado que o salário teria aumento de dois dólares por hora, alegrando os funcionários, porém, logo em seguida lhes foi informado no aumento da carga horário de trabalho para que houvesse maior produtividade, algo que não os agradou. Essa decisão, a longo prazo, gerou grande desmotivação nesses funcionários, pois não sentiam ter reconhecimento em seu trabalho.

Há uma cena que mostra alguns funcionários separando cacos de vidros por cores sem as proteções necessárias para a realização daquela tarefa, o que para os chineses é visto com normalidade, mas que podem acarretar muito acidentes, como já aconteciam dentro da empresa.

Uma frase/mensagem impactante no final do documentário é a que dizia que os funcionários, até 2030, precisariam mudar sua área profissional por conta da automação, pois muitos funcionários possivelmente serão substituídos por máquinas, gerando assim muitas demissões na área do trabalho mecânico.

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