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Resenha do Livro: Cartas a um Jovem Psicoterapeuta

Por:   •  8/3/2017  •  Resenha  •  430 Palavras (2 Páginas)  •  2.860 Visualizações

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  1. RESUMO – CARTAS A UM JOVEM TERAPEUTA: reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos


          No livro, o autor Contardo Calligaris aborda temas sobre a prática do psicoterapeuta. A abordagem se baseia na própria vivência do autor como aplicador e recebedor de terapia. O texto é um diálogo entre Calligaris e o leitor, pois o mesmo utiliza uma forma clara para falar sobre o assunto.

No decorrer da leitura temos lições e uma breve noção do que é necessário para ser um bom terapeuta. Inicialmente, o autor fala de traços do caráter para que possamos nos tornar bons profissionais. 

Segundo Contardo não devemos esperar nenhum tipo de reconhecimento ou retribuição de nossos pacientes, pois o terapeuta para ele pode ser comparado a um medicamento que, após resolver o problema, pode deixar de ser usado.

Para o autor não devemos pensar na psicoterapia como algo em que o paciente se deva se apoiar negativamente a ponto de se tornar uma dependência.  
Nas cartas, Calligaris aponta a necessidade do psicoterapeuta possuir simpatia, interesse por pessoas, gostar de falar, porém gostar ser um bom ouvinte. O profissional deve ainda ter interesse e respeito pelas infindáveis vivências humanas suspendendo conceitos e preconceitos. O autor ainda orienta o terapeuta a encaminhar o paciente outro profissional caso não consiga escutá-lo. 

Contardo fala da importância do aspirante a terapeuta em buscar o auto entendimento através tratamento psicoterápico, bem como evitar lançar mão de moralismo respeitando assim, a individualidade do sujeito lembrando-se de quê o mesmo é um ser único. 

No livro os temas são abordados de forma esclarecedora como a transferência, paixão entre profissional e paciente e até mesmo como ter mais clientes, bem como formas e valores de pagamento e cursos de especialização.

Um tema importante apontado por Calligaris é o setting. Ele sugere que isso seja visto conforme as necessidades de conforto para o terapeuta e paciente, seja sentado ou deitado o que deve ter prioridade é a troca de palavras e as relações por elas estabelecidas. 

Em relação ao tempo de duração das sessões, a escolha deve ser conforme a necessidade do paciente e a capacidade de escuta do terapeuta. Isso também vale para a questão do pagamento. 

O livro Cartas a um jovem terapeuta nos apresenta de forma objetiva as dificuldades, as alegrias e os problemas que a psicoterapia nos traz como profissional da área. Permite-nos elucidar questões simples que surgem durante nossa formação e também após a mesma.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALLIGARIS, Contardo. Cartas a um jovem terapeuta: reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

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