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Resenha do Texto O sentido dos sintomas

Por:   •  26/6/2019  •  Resenha  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  497 Visualizações

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Freud começa o texto fazendo uma crítica à psiquiatria e suas considerações quanto a forma que olham o sintoma, e as contrapõe às abordagens psicanalíticas. Comenta brevemente as descobertas de Breuer e Janet sobre o sentido que os sintomas têm e retrata que na psicanálise, as parapraxias e os sonhos também possuem um sentido e se relacionam com a vida de cada sujeito.

Nesse texto Freud trata apenas de exemplos de neurose obsessiva, pois afirma que diferente da histeria, apresentam mais explicitamente características da natureza da neurose, pois são particulares à vida e experiências de cada indivíduo. Existe na neurose obsessiva muito mais sintomas no âmbito mental do que nos fenômenos somáticos, por causa disso, é um assunto que é de muito interesse à psicanálise.

Para a psicanálise, a neurose obsessiva se manifesta quando o sujeito se ocupa de pensamentos que não são importantes, ou que não fazem nenhuma diferença no cotidiano de sua vida, de impulsos que lhe parecem estranhos e são o ponto de partida de intensa atividade cerebral, obrigando-o a fazer esses pensamentos ativos no âmbito mental, como se eles fossem de grande importância.

Os atos obsessivos em sua maioria são uma fuga à impulsos que o indivíduo percebe em si e os reprova, pois são graves, como o de praticar crimes, o que faz que o sujeito os desloque à ações que não lhes dá prazer, mas ao mesmo tempo é impossível ignorá-las. Essas ações à vista do paciente são banais, sem nenhum sentido e a maioria são parte de rituais do dia-a-dia. O que sustenta a ação na neurose obsessiva é uma energia que não se pode compará-la a qualquer outra, fazendo com que o indivíduo não consiga parar de fazer tais atos, mesmo querendo. Como já dito acima, ele consegue deslocar a obsessão, mas não removê-la.

Em seguida, para exemplificar toda a teoria, Freud dá dois exemplos de neuroses obsessivas. O primeiro, seria de uma mulher que corria de um quarto da sua casa a outro e lá havia uma mesa. Nele, tinha uma toalha com uma mancha vermelha. A mulher chamava a empregada para lhe mostrar a mancha vermelha na toalha e fazia o mesmo comportamento repetidas vezes. O significado desse ato foi um tanto descoberto pela própria paciente, ao se lembrar de um evento parecido na sua noite de núpcias no qual seu marido ficou impotente. Freud interpreta esse ato como uma representação da noite de núpcias, mas ela não estava reproduzindo apenas, estava consertando-a, livrando seu marido de comentários alheios sobre sua impotência, corrigindo-o e desculpando-o.

O segundo exemplo é de uma jovem que tinha um ritual minuciosamente preciso para dormir. Tratava-se de uma necessidade de um silêncio absoluto, caso contrário, não conseguia cair no sono. Para isso, exigia que a porta do quarto de seus pais ficassem entreaberta e outras coisas como a posição dos vasos de flores e especificações de sua coberta e travesseiro. Baseado nas associações de sua paciente, Freud considera que a explicação de seus atos estaria ligado a vida sexual dela, que estava intimamente ligada aos seus pais.

Freud destaca que os sintomas possuem um sentido e eles são intimamente ligados às experiências pessoais de cada paciente é por isso é preciso um longo processo de investigação para o psicanalista não interpretá-los de maneira equivocada.

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