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Resenha do filme: Daens um grito de justiça

Por:   •  6/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  898 Palavras (4 Páginas)  •  2.119 Visualizações

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Daens Um grito de justiça

O filme se passa no final do século XIX, na cidade de Aalst, na Bélgica, e retrata a vida da classe trabalhadora no início da Revolução Industrial e do padre Adolf Daens onde se iniciam as primeiras rebeliões dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Nessa época ainda não existiam leis que garantissem os direitos trabalhistas e o papel da igreja com sua doutrina social “Rerum Novarum” não tinha como premissa uma doutrina social.

A história começa a mudar naquela pequena cidade flamenga com a chegada do padre Daens que é designado para assumir a igreja local.

O socialismo começava a incitar o povo em busca de mudanças e à luta de classes.

A igreja preocupava-se em manter o prestígio do povo e temia a chegada do socialismo, que reduziria o seu poder, se alia aos donos das fábricas e a burguesia em geral, deixando que o padre Daens travasse uma luta solitária sem qualquer apoio do clero.

Um fio de esperança e de justiça para as futuras gerações eram alimentadas através da luta do padre Daens.

Ao chegar em Aalst o padre Deans se depara com a morte de uma menina, Nini, estigmatizada pela sociedade porque se prostituia para se alimentar. Indignado com as circunstâncias da morte da garota, escreve uma matéria para o Jornal Operário – impresso na gráfica do seu irmão, que representava o Partido Católico.

Os trabalhadores eram escravizados, principalmente as mulheres e crianças que mesmo cumprindo uma jornada de trabalho de 14 até16 horas diárias, tinham seus salários reduzidos com o pretexto de não possuírem força física suficiente.

A mortalidade ocorria em grande escala. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade.

O Padre Deans começa então a denunciar as péssimas condições de trabalho na fábrica de tecelagem de Aalst, semeando entre os trabalhadores uma nova consciência para lutar em defesa dos seus interesses enquanto classe social. O que vai de encontro aos interesses da burguesia local que começa a conspirar para transferir o padre para outra cidade.

Com as denúncias do padre chega a Aalst uma comissão para investigar as condições de trabalho na fábrica de tecelagem, porém, nada encontra pois as crianças foram escondidas para não serem vistas e Nette, uma operária, que queria denunciar a verdade à comissão é impedida de faze-lo pelo chefe da fábrica.

Após a saída da comissão as crianças voltam ao trabalho e um menino sofre um acidente fatal nas máquinas de tecelagem. As operárias, lideradas por Nette, querem levar o corpo do menino para a comissão, que ainda se encontrava na cidade, e são impedidas pela polícia, que reprime o movimento com violência. O massacre só não é maior porque o padre Deans enfrenta os policiais e manda-os embora.

O padre Deans faz sermões na missa em defesa dos operários, a burguesia se retira. Mais uma vez o dono da fábrica conspira para tomar a batina do padre Deans pressionando o Monsenhor que proíbe o padre Deans de voltar a fazer sermões.

Começam a estourar greves em várias cidades da Bélgica.

O parlamento aprova o Sufrágio Universal na Bulgária.

O padre Deans é candidato a deputado e se elege com o apoio dos socialistas apesar da tentativa de fraude da classe dominante.

Deans é expulso da igreja por sua atuação sempre em defesa

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