Resenha do texto "A prática psicológica na proteção social básica do SUAS"

O artigo “A prática psicológica na proteção social básica do SUAS” objetivou analisar a atuação do psicólogo nos CRAS’s destacando suas ações. Essa instituição é a sede da Proteção Social Básica e agrega diversos programas desse nível de atenção. Os profissionais do CRAS são quem atuam frente às situações de vulnerabilidade em que se encontram as famílias de uma determinada região.

A Constituição de 1988 foi um marco desse movimento e apresentou avanços na garantia dos direitos sociais como nunca antes vistos no país. O Estado é responsabilizado pela proteção social dos cidadãos, com destaque para os destituídos de direitos. A criação do SUAS estabelece âmbitos de trabalho cujos alvos são famílias que padecem da questão social. Há um difícil manejo para o psicólogo, pois o trabalho é com pessoas cujos problemas são mais concretos e grande parte da intervenção é fora da clínica tradicional. As condições de realizar o trabalho acabam sendo precárias na maioria dos casos. Caberia ao psicólogo trabalhar não apenas com a subjetividade do sujeito, mas também com práticas de intervenção social.

Os profissionais de assistência social ainda são orientados ao atendimento em equipes com famílias, porém não são preparados para tal ofício, além das condições de trabalho não serem satisfatórias, o que prejudica sua eficiência. Apesar do profissional de psicologia estar muito mais envolvido em atividades nos CRAS’s, é comum que ainda tenha o atendimento individual como referência de trabalho, devido à falta de clareza em relação ao seu campo de atuação. Ainda assim percebe-se como muitos ainda se arriscam em atuações distintas da tradicional. Tendo isso em vista, é preciso entender que é papel de ambos, psicólogos e assistentes sociais, dissipar com esse método de trabalho.