Resumo Aaron Beck
Por: kriziaehg • 24/9/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 2.210 Palavras (9 Páginas) • 424 Visualizações
Resumo Aaron Beck
Marcos importantes da vida de Beck
- - Aaron Temkin Beck – psiquiatra e psicólogo Norte-americano, pai da terapia cognitiva e professor emérito do departamento de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia. Nasceu em 18 de Julho de 1921 em Rhode Island nos EUA; Encontra-se com 100 anos. Filho de judeus imigrantes da Rússia, filho mais novo entre 4 crianças, demonstrava-se uma criança extrovertida até certo acontecimento traumático;
- - Na infância aos 8 anos Beck teve um adoecimento quase fatal causado por uma infecção em uma fratura no braço, após o episódio tornou-se mais introspectivo e estudioso. Acredita-se que por essa razão a medicina não foi a primeira formação de Beck na Universidade, posteriormente foi de encontro com a medicina em busca de superar sua evitação de contato, desde infância, com a área médica.
- - Estudou na Brown University graduando-se em 1942 nas áreas de Inglês e Ciência Política;
- - Estudou na Yale Medical School, formando-se em Medicina.
1952-(aos 31 anos), publicou seu primeiro artigo, um estudo de caso sobre o tratamento do delírio esquizofrênico (Beck, 1952).
1956-completou sua pós-graduação em psicanalise (aos 35 anos). Como psicanalista atuante com objetivo de validar as teorias psicanalíticas diante da comunidade médica, realizou experimentos e concluiu o contrário do que pretendia provar. Investigou através dos sonhos de pacientes deprimidos a premissa psicanalítica de que a depressão era resultante de uma hostilidade voltada contra si mesmo. Descobriu que os sonhos dos deprimidos tinham poucos temas de hostilidade e mais temas relacionados ao fracasso, privação e perda, identificou também que esses mesmos temas eram similares aos pensamentos deles acordados.
Ao escutar seus pacientes observou duas vertentes de pensamento: a associação livre e pensamentos rápidos de qualificação sobre si mesmos. Começou então a ajudar seus pacientes a identificar, avaliar e responder aos pensamentos irrealistas e desadaptativos e percebeu uma melhora rápida. Ensinou sua descoberta aos residentes psiquiátricos na Univertsity of Pensylvania que também descobriram que os pacientes respondiam bem.
Os filhos de Beck nasceram em 1952, 1954, 1956 e 1959. Foram os anos que Beck menos produziu escritos.
1977- O residente-chefe médico John Rush propôs uma pesquisa científica para demonstrar a eficácia de terapia cognitiva. O ensaio com paciente deprimidos, publicado em 1977, constatou que a terapia cognitiva era tão efetiva quanto a imipramina, um antidepressivo comum.
1994 - Beck Institute - É uma organização sem fins lucrativos, criada por Aaron Beck e sua filha Judith Beck. Sua sede fica na Filadélfia, no estado da Pensilvânia nos Estados Unidos. Sua missão é ensinar e espalhar os conceitos da Terapia Cognitivo-Comportamental por todo o mundo, para melhorar a vida das pessoas. Eles possuem workshops presenciais em sua sede, mas fazem também em outras cidades e países do mundo. Fazem também treinamentos para empresas. Contam com um time de 23 pessoas para tocar as atividades do Beck Institute. Conseguiram expandir sua missão, e atualmente contam também com capacitações online. Atualmente, a presidente e líder do Instituto é Judith Beck.
2006 - Prêmio Lasker-DeBakey de Pesquisa Médico-Clínica; é concedido pela Fundação Lasker, para pesquisas sobre o entendimento diagnose, prevenção, tratamento e cura de doenças.
2021– O centenário de Beck, casado com Phyllis Whitman e tem quatro filhos e oito netos. Sua filha, Dra. Judith Beck, colaborou em sua pesquisa.
Beck não só apresentou-nos uma nova forma de psicoterapia; foi também um pioneiro no desenvolvimento de um sistema empiricamente válido de psicoterapia (Padesky e Beck, 2003).
Beck tinha pouco menos de 40 publicações por volta dos 50 anos. Essa meta está ao alcance de muitas pessoas. Para quem chega ao meio da carreira profissional do autor, o rastreamento etário é mais intimidador: entre os 50 e os 80 anos, Beck publicou 370 artigos e livros. Em sua nona década ele havia publicado mais 60 artigos e 2 livros, sobre ansiedade, esquizofrenia, abuso de substâncias, raiva em relacionamentos, dor aguda...
Inventário de Depressão de Beck
Existem três versões da escala: a BDI (Inventário de Depressão de Beck) original, publicada em 1961. Sua revisão foi feita em 1978, dando origem a BDI-1A. E a mais recente e atualizada das três é a BDI-II, publicada em 1996. No Satepsi - Data aprovação 26/11/2010. Prazo dos estudos de normatização 26/11/2025. Ela foi reestruturada para abordar os critérios que foram alterados na quarta edição do DSM. O BDI é um questionário de 21 questões de múltipla escolha que avaliam a gravidade do quadro depressivo no paciente. Sendo atualmente, um dos testes mais utilizados para o diagnóstico da doença. Ele mede tanto aspectos cognitivos, como humor deprimido, quanto aspectos somáticos, como perda de apetite ou dores. É um questionário realizado pelo paciente, que deve responder às alternativas que melhor refletem como ele se sentiu durante a última semana, incluindo o dia da realização. Para avaliar a gravidade do quadro depressivo do paciente, são utilizadas as pontuações de 0 a 3 para cada questão. Ao fim, soma-se os pontos das alternativas assinaladas, tendo o seguinte ranking para o BDI-II:
• Depressão mínima: 0 a 13 pontos
• Depressão leve: 14 a 19 pontos
• Depressão moderada: 20 a 28 pontos
• Depressão severa: 29 a 63 pontos
Limitações da Escala
Sofre com o problema de que o paciente está se autoavaliando. Nesse ponto, a forma como o instrumento é apresentado e preenchido influência no resultado final. A realização do teste em frente a outras pessoas, por exemplo, pode gerar uma pressão social e mudar algumas das respostas, em comparação caso fosse feito de forma isolada.
Inventário de Ansiedade de Beck ou Escala de Ansiedade de Beck (BAI)
No mesmo modelo do inventário de depressão, o Inventário de Ansiedade de Beck é questionário dado ao paciente contendo 21 questões para que ele seja avaliado em relação ao seu quadro de ansiedade.
A escala leva em conta tanto sintomas físicos da ansiedade, como sudorese e dificuldade para respirar, quanto sintomas psicológicos, como nervosismo e medo.
É um instrumento muito utilizado para fazer o diagnóstico de ansiedade nos pacientes. Mas assim como a escala de depressão, possui alguns limitantes e não é tida como o único método de avaliação. São apresentadas questões com 4 opções de respostas, que procuram entender como o indivíduo tem se sentido na última semana.
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