Resumo Para Análise Experimental do Comportamento
Por: Hugo Costa • 3/12/2020 • Exam • 2.560 Palavras (11 Páginas) • 162 Visualizações
Estímulo aversivo condicional:
- Estímulo adquire propriedades aversivas após ser emparelhado com um outro estímulo aversivo. Esse estímulo funciona como punidor e eliciador de respostas respondentes de medo, taquicardia, dilatação da pupila. Esse valor punidor eliciará também alguns operantes.
Punição:
- A resposta é punida e não os organismos.
- É a segunda forma do comportamento deixar de ocorrer.
- Eventos aversivos são produzidos a partir das respostas ou reforçadores positivos são retirados, o que leva à supressão do comportamento.
- Positiva:
A resposta produz eventos aversivos, o que diminui a probabilidade dela voltar a ocorrer.
Exemplo: Jogar bola dentro de casa (resposta) e apanhar da mãe (evento aversivo), há uma redução na resposta de jogar bola dentro de casa.
- Negativa:
A resposta diminui porque tem como consequência a retirada de reforçadores positivos do ambiente.
Exemplo: Cometer um crime (resposta) tem como consequência a perda da liberdade (reforçador positivo).
- Na punição negativa um reforçador disponível é perdido, enquanto na extinção o reforçador não está disponível.
- Punição ajuda a evitar que a resposta que ainda não foi emitida ocorra.
Efeitos colaterais da punição:
- Elicia respostas emocionais colaterais e há uma supressão condicionada, isto é, há uma supressão de operantes, produzindo uma desorganização temporária do repertório operante.
EXEMPLO: Em dias de prova, um aluno sabe a matéria, mas não consegue responder as questões por cauda de uma desorganização operante (“dá branco”), isto é supressão condicionada pois os estímulos aversivos (cadeiras alinhadas, silêncio, prova) suprimem o comportamento de responder todas as questões (reforço porque ratificaria que o aluno sabe a matéria que o esforço do estudo concederá a ele uma nota boa).
EXEMPLO 2: Em uma festa um menino está brincando e sem querer estou um balão perto de sua mãe, que se assusta. A mãe bate no menino, o que fará com que, provavelmente, o menino deixe de estourar os balões e, além disso, deixe de brincar, isto é, realizar um outro comportamento que, embora não tem relação com a punição, ocorreu próximo a esse.
- Não é a ansiedade e nem o medo que causam supressão condicionada, mas sim a punição, evento que também produziu essas respostas respondentes condicionadas.
- Quando o estimulo aversivo precede um estimulo positivo, ele torna um sinalizador de reforço e, portanto, um reforçador condicionado.
Exemplo: O pai bate no filho (punição positiva) e sente-se culpado, por isso presenteia a criança (reforço positivo). Em futuras ocasiões, o filho pode provocar o pai até apanhar, para que, depois disso, ele ganhe um novo presente.
- Diminuição da variabilidade de comportamento, diferente da extinção.
- Aumento na frequência dos comportamentos negativamente reforçados, isto é, que evitam a punição, como fuga e esquiva.
EXEMPLO: A criança que come chocolate quando o pai diz que não é pra comer desperta a ira do pai (punição) e passa a comer escondida (fuga).
- Estabelecimento de estímulos aversivos condicionais
- Efeito supressivo temporário da punição (o que faz ela funcionar):
- Quanto maior a intensidade, frequência ou duração do estímulo aversivo, maior a supressão.
- Evento aversivo deve ser intenso e imediato
- Se toda resposta for punida maior a chance de supressão do que se só algumas forem.
- Quanto maior a motivação ou fortalecimento anterior dessa resposta, mais difícil é a supressão.
- Importância do tempo entre resposta e consequência, assim como no reforço.
- O estímulo aversivo deve ser o mais intenso possível desde o início, logo, a intensidade não deve ser aumentada gradativamente.
- Punição não deve ser apresentada junto com o reforçador positivo para que não ocorra discriminação (Choque sinalizar comida)
- Respostas alternativas devem estar disponíveis
- Apresentação de time out ou aumento do custo da resposta de forma a diminuir o grau de motivação
- Se a frequência do reforço negativo da resposta punida diminui, a punição tende a ser mais eficaz.
- Não pode haver possibilidade de fuga
Fuga:
Comportamento que interrompe ou elimina o estímulo aversivo, restringe a variabilidade e favorece a construção de aversivos condicionais. Fuga seria como uma “remediação”, pois o estimulo aversivo já está presente no ambiente e esse comportamento irá retirá-lo (reforço negativo)
EXEMPLO: Um adolescente usa um creme para retirar uma espinha. Nesse caso o creme é uma fuga, pois o estimulo aversivo (espinha) já está presente e o creme tem como objetivo retirá-la (interromper o estimulo aversivo)
Esquiva:
Evita ou atrasa a punição. A consequência da esquiva é a não ocorrência de uma estimulo aversivo, portanto, na esquiva, o estimulo aversivo não está presente no ambiente. Ela pode ser sinalizada ou não sinalizada (regras, costumes, ansiedade). A esquiva é uma forma de “prevenção”.
EXEMPLO: Arrumar o quarto logo que acordamos para evitar ficar de castigo (estimulo aversivo). É esquiva porque o castigo ainda não está acontecendo.
Diferença de padrões humanos e não humanos:
- Humanos emitem altas taxas de resposta em padrões regulares que promovem menos contato com estímulos aversivos.
- Em animais as taxas de resposta são mais baixas e sensíveis as mudanças no esquema de reforço, o que não ocorre em humanos.
- Padrões humanos só mudam quando mudam as contingencias e esse mudança é sinalizada. Essas mudanças ocorrem por causa das altas taxas de resposta.
Controle do comportamento:
- As causas controlam o comportamento, assim como as consequências
- Coerção é uma subcategoria do controle, exercido por reforço negativo ou punição.
Discriminação:
- Envolve a relação resposta – consequência e reposta – estímulos
- Reforçamento diferencial: somente algumas respostas, isto é, aquelas que são emitidas na presença de estímulos específicos, são reforçadas.
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