Resumo do Capitulo 1 ao 4 do Livro Psicologia Jurídica
Por: Luara Vinhas • 18/11/2019 • Resenha • 2.326 Palavras (10 Páginas) • 634 Visualizações
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Universidade Católica do Salvador
LUARA LOURENÇO VINHAS
RESUMO DO 1º AO 4º CAPÍTULO DO LIVRO PSICOLOGIA JURÍDICA
SALVADOR
2019
- CAPÍTULO 1
A psicologia faz parte do mundo do “ser”, diferente do que afirmou Hans Kelsen, o qual dizia que o direito está inserido no mundo do “dever-ser”. Na psicanálise, o homem não “é”, mas “torna-se” capaz de se submeter às normas do que deve ser ou normas jurídicas. Nesta mesma visão, temos que o ser humano “ascende” à condição de sujeito e, posteriormente, torna-se apto à submissão às normas jurídicas. Desde o início das relações humanas, crer-se que a convivência em grupo foi fundamental, e gerando, então, a necessidade de possuir normas que regulassem o convívio. A psicologia é uma disciplina formada por um grande mosaico de linhas teóricas, desde aquelas que contemplam o enfoque das ciências biológicas e sua expressão do comportamento até aquelas chamadas de psicodinâmicas que privilegiam o enfoque do “mundo interno”.
A psicologia é o estudo dos processos mentais, especialmente os incoscientes, que se expressam nas mais diversas formas de comportamento. A psicologia é um estudo antigo com história curta, desde a Grécia antiga que já se tratava de psicologia. Foi com Aristóteles que veio a visão sistematizada nas diferenças entre razão, percepção e sensação, considerado assim o primeiro tratado de psicologia. Hipócrates foi outro grande colaborador. Conhecido na história como o “pai da medicina”, seus estudos ajudaram a agregar conhecimento com as questões biológicas, estudadas também pela psicologia.
Um importante debate que surgiu na antiguidade, diz respeito à questão da origem das capacidades humanas e ao fato delas serem inatas ou adquiridas com a experiência. A concepção nativista afirma que os seres humanos vêm ao mundo com um suprimento inato de conhecimento e entendimento da realidade. Já na concepção empirista, o conhecimento é adquirido pela experiência e pelas interações com o mundo.
Até meados do século XIX, a psicologia não havia qualquer forma de assistência específica aos doentes mentais. Estes eram tratados como doentes e moravam nas ruas ou encarcerados em prisões. Somente no final do século XIX que começou a ser aplicado o método científico às questões que intrigaram os filófosos durante séculos. Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia. Desenvolveu a concepção do paralelismo psicofísico. De acordo com essa teoria, os fenômenos mentais correspondem aos fenômenos orgânicos. Criou-se então o método introspectocionismo.
Titchner, dividiu a consciência em 3 elementos básicos: sensações físicas, sentimentos e imagens. Para ele, a psicologia consistia em investigar esses elementos e mostrar o modo como eles podem ser integrados e combinados. Sua abordagem ficou conhecida como estruturalismo. William James, defendeu que as associações mentais permitem que nos beneficiemos de nossas experiências anteriores. Agimos guiados pelo hábito. A medida que repetimos uma ação fica mais fácil de executá-la. Freud revolucionou o status cuo da psicologia. Criou a psicanálise. Sustentava que os seres humanos não são tão racionais quanto imaginam e que o chamado livre-arbítrio, tão importante para Wundt, é uma grande ilusão. Seríamos, então, motivados por pulsões incoscientes que não estão disponíveis na dimensão racional e consciente da nossa mente. Já no início da década de 1920, uma nova geração de psicólogos se rebelou contra essa abordagem. John Watson, acreditava que a psicologia era o estudo de comportamentos observáveis, mensuráveis e nada mais. Uma criança nada mais era, para ele, do que uma tábua rasa sobre a qual suas experiências poderiam escrever praticamente qualquer coisa. Skinner, assim como Watson, acreditava que os psicólogos deveriam estudar apenas o comportamento observável e mensurável.
A “revolução cognitiva” refere-se a uma mudança geral de um enfoque limitado aos processos mentais. O Cognitivismo é o estudo de nossos processos mentais no sentido mais amplo: pensar, sentir, aprender, recordar, tomar decisões, julgar. Em relação a Gestalt, os psicólogos que adotavam tal método, tinham como foco de estudo a percepção e acreditavam que as experiências perceptivas dependiam dos padrões formados pelos estímulos e da organização da experiência.
A psicolinguística, vertente da década de 1950, é o estudo das conexões entre o hyperlink e a mente, que começou a se destacar como uma disciplina autônoma nos anos 50. Analisa qualquer processo que diz respeito a comunicação humana, mediante o uso da linguagem.
Quanto a Psicologia Jurídica, ela pode ser definida como sendo o estudo do comportamento de pessoas e grupos em um ambiente juridicamente regulamentado. Tem por objetivo explicar a essência do fenômeno jurídico, ou seja, a fundamentação psicológica do direito, uma vez que o direito está repleto de conteúdos psicológicos. A psicologia jurídica serve de ciência auxiliar para o direito, ajudando a identificar a imputabilidade de um agressor, por exemplo. A origem da psicologia jurídica está atrelada a medicina, junto a psiquiatria, tendo um papel fundamental nos dias atuais em que, diferente do que se entendia na idade média por exemplo, pessoas com distúrbios mentais devem ser tratadas como doentes além de medir a imputabilidade do indivíduo. A psicologia e a psiquiatria são áreas que tratam sob enfoques e fundamentos diversos, fenômenos de uma mesma natureza. A psicologia jurídica, que surge atrelada à psiquiatria, estendeu sua teoria e prática para além do estudo da loucura
- CAPÍTULO 2
Neste capítulo são abordados tópicos necessários para a compreensão da abordagem do indivíduo, da sociedade e do direito junto a um entrelaçamento com a psicologia. Esses tópicos são o conceito de subjetividade e suas formas de expressão, o de responsabilidade social e o de doença mental.
A psicologia aborda o seu objeto a partir de diferentes perspectivas, sendo elas a psicologia comportamental, a do funcionamento do inconsciente e a da forma de como os seres humanos aprendem o mundo, todos essas formas de analisar são caminhos diferentes para se deter sobre o mesmo objeto que é a subjetividade. Como abordado no texto, a relação que há entre a psicologia e a organização social está ligada em perceber a subjetividade adaptada daquela que não se adapta dentro do contexto social. Pessoas com diferentes sanidades mentais têm uma adaptação diferente dentro da sociedade. É importante lembrar que não se pode utilizar exclusivamente o critério de adequação social para avaliar a sanidade mental da pessoa.
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