SÍNTESE DOS TEXTOS NEUROSE E PSICOSE E A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE
Por: Eulália Páscoa • 15/8/2018 • Resenha • 705 Palavras (3 Páginas) • 1.209 Visualizações
SÍNTESE DOS TEXTOS "NEUROSE E PSICOSE" E "A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE".
A proposta principal dos textos: “neurose e psicose” e “a perda da realidade na neurose e na psicose” é destacar as diferenças e semelhanças que estas estruturas possuem. Com base em Freud (1923) a neurose esta intrinsecamente ligada ao mecanismo de defesa chamado recalque, o autor salienta que o recalque é um mecanismo onde o sujeito busca como uma espécie de “refugio” a fim de tamponar os desejos censurados, ou seja, supõe que o sujeito neurótico passa por um “crivo”, algo do tipo que lhe trará uma divergência de que determinado desejo ou tal conduta não venha a ser aprovado pelo mundo externo.
Deste modo, o sujeito passa a recalcar esses desejos que de alguma forma foram tachados como desaprovados. Freud (1923) ressalta que estes desejos que foram aprisionados no inconsciente procuram formas de se exteriorizar, então, é neste momento que surge o que Freud vai nomear de retorno do recalcado, havendo desse modo uma manifestação dos sintomas neuróticos.
Freud (1923) atribui que na psicopatologia neurótica existe um conflito com o mundo interno, conflito este principalmente entre o ego e id. Freud esclarece em seus escritos que ocorre uma “falha” do ego em conseguir lidar com esses desejos reprimidos. Ainda com base no autor pode-se destacar que ocorre um escapamento fragmentado desses desejos contidos, escapamento fragmentado no sentido de que partes dessa repressão conseguem por meio da não suportação do ego em conseguir lidar com esses desejos advindos do id, desejos estes que conseguem desviar-se do recalque e retornar até a consciência, dessa maneira, o retorno do desejo reprimido aparece em forma de sintomas.
Em contrapartida, Freud (1923) evidencia que na psicose há um grande conflito entre o ego o mundo externo e que geralmente o ego é regido pelo mundo externo. De acordo com o texto na psicose o mundo exterior passa por um cancelamento da percepção, ou seja, o sujeito passa a reconstruir inconscientemente uma realidade baseada pelo delírio, dessa maneira, o psicótico constrói uma realidade paralela que é a realidade da psicose, em outras palavras, o psicótico se desliga do mundo.
Segundo Freud (1923) a neurose e a psicose se diferenciam, mas, por outro lado também se assemelham por ambas estarem relacionadas a uma falha no funcionamento ego, falha esta que se efetiva através dos conflitos que o ego tem que lidar com as instâncias que querem reger o sujeito dificultando assim o desenvolvimento das funções do ego.
De acordo com Freud (1924) “o fator mais importante na neurose é a influência da realidade, enquanto na psicose a predominância será da influência do id. Na psicose a perda da realidade está necessariamente presente”. (FREUD, 1924, pág. 229). Ainda com base em Freud (1924) percebe-se que o psicótico se afasta da realidade e que para ele lidar com algumas realidades que lhe é imposta é extremamente doloroso e o único meio que o ego encontra para conviver com esta realidade é o afastamento da realidade que é proporcionado através da psicose.
Segundo Freud (1924) “ao surgir uma psicose acontece algo semelhante ao que acontece na neurose, porém em instâncias distintas da mente”. (FREUD, 1924, pág. 230). O autor ainda enfatiza que o afastamento
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