Saúde Ambiental

Uso de Agrotóxicos Traz Problemas Ambientais

Jéssica Caroline de Oliveira

[pic 1]

        Na Chapada do Apodi, no Ceará, agricultores trabalham em um sistema modelo de controle de pragas e doenças das lavouras. Antes do plantio, as sementes são tratadas com venenos e o reforço de inseticidas, pois caso o contrário, pode-se ocorrer perda de 70% da produção por conta de fungos.

Há um fungo chamado “ferrugem”, cujo seu controle é feito com a aplicação de fungicidas, que vão para um pulverizador junto com a água residencial. Já as embalagens vazias, passam por uma tríplice lavagem.

Esses agrotóxicos são extremamente perigosos, tanto que, é necessário que os técnicos agrícolas utilizem o EPI (Equipamento de Proteção Individual) durante todo o processo. Também é necessário uma estrutura própria, como depósitos, salas para as embalagens vazias e para o tratamento das sementes, lavanderias para os EPI’s e banheiros químicos para os funcionários.

Muitas dessas pulverizações, como as de bananeiras, são aéreas, o que gera polêmica na população, pois não pulverizam apenas as áreas agrícolas, mas também as comunidades vizinhas, espalhando veneno em casas e pessoas que passam pelas ruas.

Mesmo com todos os cuidados adotados pelos agricultores, foi comprovado por estudos da Universidade Federal do Ceará um segundo problema, a contaminação da água dos canais de irrigação e dos poços profundos da região. Foram analisadas 24 amostras em triplicata, obtendo a presença de resíduos de agrotóxicos em todas. Algumas delas continham resíduos de vários tipos de agrotóxicos. O estudo não analisou se o índice de avaliação estava dentro dos limites legais. Os pesquisadores afirmam que esse limite considera apenas um produto isoladamente, mas não leva em conta o efeito da ingestão de resíduos de vários produtos ao mesmo tempo.

Só na tomada de água que é consumida por moradores da comunidade de Tomé, foram encontrados fungicidas e algicidas.

Fonte: Globo Rural