TDA E O AMBIENTE ESCOLAR
Por: Luuh1234 • 25/11/2015 • Trabalho acadêmico • 893 Palavras (4 Páginas) • 291 Visualizações
TDA E O AMBIENTE ESCOLAR
Devido ao fato de não conseguirem manter a atenção e concentração por tempo suficiente e com a intensidade adequada, crianças com TDA tem, frequentemente, dificuldades em aprender e memorizar. Com o turbilhão de acontecimentos e coisas para fazer em sua mente, a criança TDA apresenta dificuldade para manter a concentração, trazendo problemas para reter informações e concluir tarefas. Por causa de estímulos exteriores que as atraem, normalmente não terminam as tarefas que começam. Isso acontece não porque não possa, não queira ou porque seja pouco capacitada, mas devido à consequência de sua hiperatividade/impulsividade física e/ou mental.
Em virtude à estreita convivência dos professores com seus alunos, esses profissionais podem efetuar importantes observações sobre o comportamento e relações interpessoais dos estudantes assumindo o papel de colaboradores no processo de avaliação do transtorno, já que os sintomas do TDA apresentam-se mais visivelmente na escola, levantando hipóteses e encaminhando-os a profissionais habilitados que possam realizar um diagnóstico preciso.
Para que isso ocorra, o profissional precisa ter conhecimento das principais características que fundamentam o comportamento de uma pessoa com Transtorno de Déficit de Atenção, que se encontram no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais cuja sigla é DSM-lV (Diagnóstic and Statistical Manual of Mental Disorders) da Associação Norte Americana de Psiquiatria, ou seja, conhecer esse manual para que possa fazer um pré-diagnóstico para coseguinte encaminhar a um psicólogo e psiquiatra.
Muitas vezes a criança com TDA é vista com negatividade na sala de aula, por isso é de extrema importância esclarecer que, como os sintomas do TDA são mãos visíveis na escola, os educadores, ao perceber essa problemática devem se preocupar em encontrar condições apropriadas para o desenvolvimento da criança. Para que os alunos TDAs sintam-se bem acolhidos e incluídos no espaço da sala de aula e da escola, os profissionais da educação precisam estabelecer com eles uma relação de empatia e, mesmo que seja difícil, por em prática sua capacidade de ouvir, refletir e demonstrar afetividade, confiança e respeito.
Após a criança ser diagnosticada de fato com TDA por profissionais habilitados, é necessário que os pais informem a escola, principalmente se esta já havia levantado anteriormente hipóteses diagnósticas sobre o transtorno com relação à criança, e forneçam o parecer médico da criança.
O ideal é entregar esse relatório ao coordenador pedagógico com um pedido para que ele seja partilhado com os outros profissionais da escola, professores da criança, psicopedagogo, orientador educacional e outro profissionais especializados que atuem na instituição, para que de forma multidisciplinar possam oferecer serviços de apoio ao aluno.
Phelan (2005) fala sobre como o pessoal de apoio da escola pode oferecer ajuda fornecendo informações sobro como administrar o comportamento da criança em casa aos pais, introduzindo programas de gerenciamento eficazes à criança em sala de aula, trabalhando diretamente com a criança melhorando suas habilidades educacionais, sociais e seu relacionamento com os colegas, oferecendo ajuda psicológica para a criança que está com baixa autoestima.
O tempo e os esforços necessários para atender uma criança com TDA podem ser administráveis e possíveis, proporcionando à criança a orientação necessária e o apoio devido para que se sinta incluída no processo de ensino-aprendizagem. Russel Barkley (1998) propõe então alguns princípios que podem ser aplicados para ajudar nessa orientação: crianças com TDA precisam de um retorno imediato e frequente de suas ações e necessitam ser lembradas sobre qual é o plano.
O retorno imediato e frequente seria elogiar o comportamento positivo e estabelecer consequências para o comportamento negativo o mais rápido possível, apenas alguns segundos depois de ocorrido a ação, e dar lembretes amigáveis ou outros tipos de mensagens com maior frequência para permanecerem concentradas na tarefa, pois assim as crianças com TDA aprendem melhor, já que o TDA envolve o problema de manter a motivação, especialmente quando o feedback e o reforço são esparsos e a criança vê a tarefa como tediosa. Lembrar a criança qual é o plano significa ajudar a criança com TDA há estruturar seu tempo com a rotina. Instruções verbais sobre a programação antes de começar uma atividade também são úteis.
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